terça-feira, 20 de agosto de 2013

20 de agosto - O Dia em que a Terra passou a operar no vermelho


A humanidade esgotou o orçamento da natureza para este ano, em 20 de agosto, quando o planeta passou a operar no vermelho. Os dados são da Global Footprint Network - GFN (Rede Global da Pegada Ecológica), instituição internacional parceira da rede WWF, que gera conhecimento sobre sustentabilidade e tem escritórios na Califórnia (EUA), Europa e Japão.

O Overshoot Day (Dia da Sobrecarga da Terra) é a data aproximada em que a demanda anual da humanidade sobre a natureza ultrapassa a capacidade de renovação possível.  Para chegar a essa data, a GFN faz o rastreamento do que a humanidade demanda em termos de recursos naturais (tal como alimentos, matérias primas e absorção de gás carbônico) - ou seja, a Pegada Ecológica - e compara com a capacidade de reposição desses recursos pela natureza e de absorção de resíduos.

Os dados demonstram que, em pouco mais de oito meses, utilizamos tudo o que a natureza consegue regenerar durante um ano. O restante ficou descoberto em nossa conta.  À medida que aumenta nosso consumo, cresce o débito ecológico, traduzido na redução de florestas, perda da biodiversidade, colapso dos recursos pesqueiros, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Tudo isso não apenas sobrecarrega a capacidade de recuperação e manutenção do meio ambiente, como também debilita nossa própria economia.

"O enfrentamento de tais restrições impacta diretamente as pessoas. As populações de baixa renda têm dificuldade em competir por recursos com o restante do mundo," afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network e co-criador da Pegada Ecológica, uma medida para contabilizar o uso de recursos naturais.

Hoje somos 7,2 bilhões de pessoas e, se a população ainda está crescendo, as tecnologias da informação e de transporte permitem multiplicar a economia mundial num ritmo ainda mais acelerado. Apesar disso, em muitos casos, as restrições legais e os cuidados ambientais são vistos como obstáculos ao crescimento econômico, ainda traduzido diretamente em desenvolvimento social e progresso.

Por isso, para a Global Footprint Network e Rede WWF, em lugar de dilapidar os recursos, é mais sábio tratá-los como uma fonte contínua de riqueza a ser usada de forma sustentável e estratégica, garantindo um futuro seguro para toda a humanidade.  "Para assegurar um futuro limpo e saudável para nossos filhos, é preciso preservar o capital natural que nos resta e cuidar melhor do planeta que chamamos de lar", afirma Jim Leape, Diretor Geral da Rede WWF.

Clique aqui para saber mais sobre a Pegada Ecológica.

Fonte: Ciclo Vivo

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Rio começa a multar quem joga lixo na rua





A Prefeitura do Rio começou a multar nesta terça-feira (20) as pessoas que sujarem a cidade. Pela manhã, ao menos 32 foram multadas por fiscais do programa Lixo Zero, no centro. A maioria por jogar bitucas de cigarro no chão.

No total, 180 equipes da prefeitura estarão nas ruas até o fim do mês para fiscalizar o centro e a zona sul. Hoje, apenas 58 equipes estão espalhadas pela região central. Na próxima semana, a iniciativa será ampliada para a zona sul.

Cada equipe é formada por um agente da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), um guarda municipal e um policial militar. Eles andam com uma impressora portátil para imprimir a multa. Caso alguém se recuse a fornecer dados de identificação, será conduzido à delegacia por contrariar o artigo 68 da lei de contravenções penais.

"Vamos seguir o exemplo da Lei Seca deixando que o cidadão ligue para casa no caso dele estar sem os documentos de identificação. Se ele souber o número de cabeça podemos conferir na hora através do site da Receita Federal se a numeração está certa", explicou Fernando Alves, coordenador operacional do programa Lixo Zero, à Folha.

A multa varia de R$ 157 a R$ 3.137. "Depende do volume do resíduo. Bituca de cigarro e latinha de refrigerante, por exemplo, é R$ 157. O motorista de caminhão que deixar entulhos caírem na rua recebe a multa máxima", explica Alves.

Crianças que sujarem o chão acompanhadas dos pais terão os responsáveis multados. A prefeitura também tenta fechar um acordo com a Polícia Federal para aplicar a multa ao turista que cometer a infração.

Após receber a multa, a pessoa deve imprimir o boleto no site da Comlurb para efetuar o pagamento até o dia 10 do mês seguinte. Quem não pagar a quantia pode ficar com o nome sujo no mercado.
Também é possível recorrer da decisão indo pessoalmente para a Ouvidoria da Comlurb. A lei, que tem o objetivo de conscientizar a população da importância de não jogar lixo nas ruas, praias, praças e demais áreas públicas, existe desde 2002, mas só era aplicada às empresas. A partir de hoje, ela passa a valer para todos na cidade.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Virada Ambiental 2013

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A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) realizará, de 16 a 18 de agosto, a 1ª Virada Ambiental da cidade de São Paulo. A iniciativa, que acontecerá nos parques municipais, tem o objetivo de incentivar a interação da sociedade, compartilhando ações para um estilo de vida mais saudável e sustentável.
As atividades promovidas, gratuitamente, durante a virada serão divididas por temáticas, como: educação ambiental, artes, esportes, astronomia, coleta seletiva e incentivo à arborização.
O público poderá conferir palestras sobre meio ambiente e diversas atividades ao ar livre nos parques da cidade, que buscam a conscientização, o conhecimento e a sensibilização ambiental. A programação completa da 1ª Virada Ambiental estará disponível na página Programação.

Parque Ibirapuera 

Durante a Virada Ambiental, o Parque Ibirapuera funcionará 24 horas promovendo atrações de educação ambiental, de saúde e de lazer. Dentre as atividades previstas estão: ciclorrota e trilhas noturnas e exposições, como o trabalho da ONG SOS Mata Atlântica.
Já o público infanto-juvenil poderá assistir ao espetáculo “O Segredo da Arca de Trancoso”, encenado pelo Grupo Vilavox de Salvador, que retrata a cultura popular e folclórica nordestina.

Seminário sobre Licenciamento Ambiental 

A abertura oficial da 1º Virada Ambiental de São Paulo acontecerá dia 16 de agosto durante o 1º Seminário sobre Licenciamento Ambiental, que será realizado na Escola Municipal de Astrofísica, localizada no Parque Ibirapuera.
Durante o seminário, serão ministradas palestras que visam esclarecer as aplicações das legislações ambientais no município de São Paulo. Acesse o site da SVMA para obter mais informações sobre o seminário: http://www.prefeitura.sp.gov.br/meio_ambiente
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Setor de medicamentos terá acordo para logística reversa

Proposta aprovada por consenso ainda pode receber ajustes durante 120 dias



Maranhão (E), Gaetani, do MMA e Márcia, da Anvisa: consenso obtido

Maranhão (E), Gaetani, do MMA e Márcia, da Anvisa: consenso obtido

Paulo de Araújo/MMA

SOPHIA GEBRIM

O Comitê Orientador para Implantação dos Sistemas de Logística Reversa (CORI) aprovou, na tarde desta quinta-feira (08/08), o edital para elaboração de acordo setorial para implantação de sistema de logística reversa de resíduos de medicamentos. O documento, discutido e elaborado com a participação da indústria e dos ministérios membros do CORI – Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura e Abastecimento e Fazenda – receberá sugestões por um período de 120 dias, de propostas para sistema de logística reversa que contemple todas as etapas do ciclo de vida dos medicamentos. O objetivo é garantir a destinação ambientalmente correta de medicamentos e suas respectivas embalagens, após o uso pelo consumidor.

Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Acordo setorial é um ato contratual, firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. 

ENVOLVIDOS

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, o edital para posterior acordo setorial passa, imprescindivelmente, por discussões entre indústria, governo federal e municípios. “A partir de um debate conjunto, o CORI ouvirá as necessidades e prioridades de todos os envolvidos no processo, com amplo diálogo e inclusão das entidades representativas do segmento”, disse. Para o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Gerardo Fontelles, o ganho das propostas previstas no edital é muito grande, tanto para a saúde da população brasileira quanto para o meio ambiente.

O edital estabelece algumas metas a serem cumpridas. A ideia é atingir, até o quinto ano após a assinatura do acordo setorial, 100% dos municípios com população superior a 100 mil habitantes, no qual a destinação final ambientalmente correta adequada deverá abranger 100% dos resíduos recebidos. Outra meta é alcançar até o quinto ano, também após a assinatura do documento, 5.522 pontos de coleta de medicamentos em todo o país. Nesse mesmo período, outro objetivo é recolher 3.79 kg de resíduos por mês, por ponto de coleta.

Para a secretária-executiva do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Márcia Amaral, como o acordo é bilateral, deve retratar a vontade de todos os envolvidos no processo. “Dessa forma, ouvimos a proposta da indústria que foi a base para a elaboração dessas metas, porém, mais pra frente queremos colocar maiores desafios nessas metas, de modo que seja garantido um maior conforto tanto para indústria quanto para a sociedade”, acrescentou.

O edital para elaboração de acordo setorial aprovado pelo CORI segue para publicação, nos próximos dias, no Diário Oficial da União (DOU). Por prazo de 120 dias, ficará aberto à sugestões de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de medicamentos. 

SAIBA MAIS

O CORI, instituído pelo Decreto 7.404, de 2010, tem como competência estabelecer a orientação estratégica da implementação de sistemas de logística reversa instituídos nos termos da Lei nº 12.305 de 2010. Cada ministério integrante do CORI indica representante para condução dos grupos de trabalho responsáveis pelas discussões dos sistemas de logística reversa de embalagens de óleos lubrificantes, produtos eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e de medicamentos. 


FONTE

Pra refletir...


se o transporte público fosse de qualidade...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Desmatamento na Amazônia está em alta, indica ONG

Mais um sistema de monitoramento indica que o desmatamento na Amazônia pode ter voltado a subir. A ONG Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) viu aumento de 103% no acumulado entre agosto de 2012 e junho de 2013, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Só em junho, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), feito via satélite, detectou 184 km² de desmatamento ou degradação, um aumento de 437% sobre o mesmo mês de 2012.
No fim do ano passado, o Brasil comemorou a mais baixa taxa de desmate desde que o monitoramento começou, em 1988. No entanto, os números preliminares mais recentes indicam uma tendência contrária.
Nos últimos meses, dados do governo também indicam uma tendência de aumento.
Números do sistema Deter,o sistema de monitoramento em tempo real do do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostraram uma alta significativa. Em maio de 2013, 465 km² foram possivelmente afetados --um aumento de 370% sobre maio de 2012.
"O aumento na tendência de desmatamento está detectado tanto nos dados do governo como nos do Imazon. Acho que não resta muita dúvida de que algo está acontecendo", diz Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon e um dos autores do estudo. "Não foi um aumento leve."
Ambos os dados ainda não são definitivos. O monitoramento feito por eles é prejudicado pela presença de nuvens, além de a resolução de imagem ser limitada.
Os números oficiais do desmatamento na Amazônia usados pelo governo são os do Prodes, também do Inpe, mas que faz uma detecção mais refinada e só é divulgado uma vez por ano.
"E está muito bom assim. É um número consolidado, reflete um ciclo. Desmatamento não é inflação para ser divulgado mês a mês", avalia Dalton Valeriano, coordenador do programa de monitoramento do Inpe.

Fonte: Folha.com

Chip de baixo custo pode deixar a água do mar própria para consumo


Uma parceria entre pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos EUA, e da Universidade de Marburg, na Alemanha, deu origem a um novo método de dessalinização da água do mar. Ao preencher um chip plástico com o líquido, é possível separar os sais por meio de uma pequena carga elétrica. Com a nova tecnologia, ficará mais fácil aumentar a oferta de água potável por meio de um dispositivo simples, portátil e com baixo custo de operação.

Durante as experiências, os cientistas expuseram o chip preenchido com água do mar a um campo elétrico, que separou os sais e outras propriedades encontradas no líquido. No estudo, foi aplicada apenas uma carga de três volts de eletricidade, fazendo com que as propriedades da água do mar ficassem retidas em uma parte da estrutura do chip. O dispositivo tem um microcanal com duas ramificações: quando estas partes se unem, um eletrodo neutraliza alguns dos íons de cloreto presentes na água, criando uma zona de redução de íons, cujo campo elétrico é maior que no restante do chip.

De acordo com os pesquisadores, o dispositivo consegue filtrar a água do mar a uma velocidade de um nano litro por vez – mas, como o método demanda baixos custos e quase nenhum impacto ambiental, a técnica torna-se viável para ser aplicada depois de seu aprimoramento. A equipe que criou o chip diz que, atualmente, o processo consegue retirar apenas 25% dos sais marinhos, mas afirma que esforços vêm sendo realizados para que o dispositivo consiga remover até 99% do sal, o suficiente para atingir o nível de água própria para consumo.

A escassez de água potável é um dos problemas ambientais mais preocupantes no planeta: segundo um estudo publicado em 2012, cerca de 800 milhões de pessoas não têm acesso ao recurso. Além disso, a ONU alerta que quase metade da população mundial pode sofrer com a falta de água potável até 2030, principalmente nos países em desenvolvimento, como a China e a índia, além das localidades extremamente carentes do continente africano.

Foto :Divulgação/The University of Texas in Austin
Fonte: Ciclo Vivo

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Cidades de SP são impedidas de transformar lixo em energia

Cidades não apresentaram documentação, mas pretendem instalar usina para substituir um aterro. Cidades não apresentaram documentação, mas pretendem instalar usina para substituir um aterro. 
Foto :Agência Brasil
As cidades paulistas de Mogi das Cruzes, Arujá, Biritiba Mirim, Guararema, Salesópolis e Suzano, lutam pela instalação de uma usina de queima de lixo como alternativa a um aterro sanitário, que seria construído em Mogi.  Entretanto, a instalação da usina ainda não foi aprovada. Assim, além de gerar energia limpa, a medida seria uma maneira mais eficiente e menos poluente do que o projeto do aterro de Mogi das Cruzes, criticado por ambientalistas e pela população local.
A solicitação de construção foi negada porque nenhum dos municípios apresentou a tempo o Plano Municipal de Gestão de Resíduos, diretriz fundamental para a construção da usina termelétrica, viabilizada para ser erguida em Mogi – município que preparou o documento, mas não pôde apresentá-lo às autoridades em função do recesso da Câmara Municipal.
A mesma situação ocorreu com Biritiba Mirim, que já possui o Plano de Gestão de Resíduos. Em nota, a prefeitura da cidade disse que o plano foi elaborado e concluído, e aguarda apenas o retorno do  recesso da Câmara Municipal para as devidas providências. As demais cidades não concluíram o Plano Municipal de Gestão de Resíduos, e enviariam o lixo produzido para o aterro de Mogi das Cruzes.
Na última quarta-feira (31), os integrantes do Movimento Aterro Não, Usina Sim organizaram uma reunião com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, pedindo esclarecimentos sobre a realização do projeto. "A presidente aguarda a elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Ela deixou bem claro que, por causa disso, o projeto para implantação da termoelétrica em Mogi não avançou”, afirmou ao G1 Sílvio Marques, que esteve na reunião.
Coordenado pela empresa Queiroz Galvão, o projeto de construção do aterro sanitário em Mogi das Cruzes teve início em 2003. A população local se mobilizou para evitar a construção do depósito de resíduos, chegando a criar uma lei de iniciativa popular. O projeto não recebeu licenciamento ambiental por causa de inviabilidade.