sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A crise de Fukushima deterá o avanço da energia nuclear?

Em artigo no Wall Street Journal, o colunista de negócios Alen Mattich afirma que mesmo se ocorrerem mortes por radiação em Fukushima, os números serão modestos se comparados às perdas provocadas pela mineração e pela indústria de carvão. Mattich também destaca que apenas uma usina foi danificada após o maior terremoto da história do Japão, e ainda assim, e apenas em seus sistemas de apoio. Entre as energias renováveis, a mais disseminada é a hidrelétrica em países com grandes cursos de água, mas as fontes solares e eólicas estão avançando de forma lenta e só poderiam substituir a energia nuclear, no mínimo, em uma geração, destaca o articulista.


O Japão continua em estado de alerta devido aos problemas na usina nuclear de Fukushima e ao risco de vazamento de radiação. Ontem, a Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou o nível de gravidade do desastre para 5 , o que significa que o acidente nuclear passa a ter “consequências de maior alcance” em vez de “consequências locais”. (nível 4).
Como comentamos há alguns dias, a situação reacendeu dúvidas sobre a segurança da energia nuclear e levou países como Alemanha, China e Venezuela a rever planos relacionados a esse tipo de energia.

No entanto, o desastre pode significar um divisor de águas no avanço da energia nuclear? Diante da tragédia, as reflexões sobre a viabilidade da energia nuclear tornam-se menos apaixonadas e mais pragmáticas.0

Na mesma linha, The Australian afirma que a crise japonesa pode ter algum impacto em países que ainda não têm centrais nucleares, mas onde já houver planos e projetos, só haverá um atraso – inclusive no Japão.

Em tom similar, mas não tão favorável à indústria nuclear, o conhecido jornalista ambiental inglês George Monbiot defende no jornal The Guardian que, apesar dos riscos e problemas, a energia nuclear ainda é melhor que o carvão (principal fonte de emissões de gases que causam o aquecimento global).

"Temo a indústria nuclear como qualquer outro ecologista: todas as experiências demonstraram que, na maioria dos países, as empresas que a controlam são oportunistas cujo negócio nasceu como um subproduto das armas nucleares", afirma. "Mas apesar da força dos argumentos do movimento antinuclear, não podemos deixar que o sentimentalismo histórico nos impeça de ter uma visão mais ampla. Mesmo quando as usinas nucleares vão terrivelmente mal, provocam muito menos danos ao planeta e às pessoas do que as usinas de carvão operando normalmente".

Monbiot acrescenta que, na luta contra a mudança climática, descartar o uso da energia nuclear (que não gera emissões) não é uma opção, e defende regras claras sobre a origem e destino dos materiais e resíduos radioativos, assim como uma lista de “fornecedores limpos”.

Contra esses argumentos, a pesquisadora Natalie Kopytko – que estudou os efeitos de desastres naturais em usinas nucleares – posicionou-se contra o avanço desse tipo de energia em artigo no Guardian.

Segundo Kopytko, independentemente de como se construa uma usina, ela sempre precisa estar localizada em regiões costeiras ou próximas de grandes corpos d´ água, já que precisa desse recurso para funcionar e resfriar os reatores. Portanto, diante de grandes catástrofes, as usinas correm risco de inundar e sofrer falhas como as de Fukushima. Além disso, se as mudanças climáticas continuarem avançando, as tempestades serão muito mais violentas do que nos registros históricos usados para fazer os cálculos de segurança das usinas.

"Em Chernobyl, culparam os soviéticos e o projeto de seus reatores. A culpa de Fukushima será atribuída à escala do desastre e talvez ao projeto. A indústria nuclear mudará algum detalhe e nos garantirá que tudo ficará bem. […] Sempre que um acidente acontece, a culpa é de circunstâncias excepcionais. Qual será a próxima?”, questiona.



Fonte Treehugger Brasil

Indústria do turismo não para de crescer e enfrenta desafio ambiental


"Viajar apura o espírito e acaba com os nossos preconceitos", constatou o escritor irlandês Oscar Wilde já no século 19. Para a Organização Mundial do Turismo (OMT), ligada às Nações Unidas, "viajar é um ato democrático, todo ser humano tem o direito de se locomover livremente. Trata-se de um direito humano e não de um luxo".
Apesar de todas as crises – como a recente agitação política no mundo árabe ou catástrofes naturais –, o turismo vem crescendo constantemente. O setor já é responsável por 5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Um em cada 12 postos de trabalho no mundo depende do turismo, e 6% de todas as exportações e serviços são gerados pela indústria turística.
Em 2010, 940 milhões de viajantes cruzaram fronteiras internacionais. Em 2020, serão 1,6 bilhão, segundo as previsões da OMT. Porém, o crescimento aparentemente ilimitado coloca novos desafios para operadores turísticos, políticos e até mesmo para os próprios viajantes. Taleb Rifai, secretário-geral da OMT, incentiva um incremento do turismo, mas de maneira responsável e sustentável.
Impacto ambiental
Em tempos de aquecimento global, a briga por limites de emissão de CO2 e a crescente devastação e desertificação de amplas áreas levanta questões sobre o equilíbrio ecológico do setor turístico. Quase nenhum destino pode ser atingido hoje sem a emissão de dióxido de carbono. Os hotéis consomem quantidades enormes de água e energia. Campos de golfe disputam recursos hídricos escassos com a agricultura. E esses são apenas alguns exemplos.
Por isso, a OMT apela à consciência e responsabilidade dos operadores turísticos e políticos para limitar os impactos negativos do setor. "Devemos assegurar que o turismo não prejudique o meio ambiente, a sociedade, a cultura e a economia, mas cresça de forma sustentável. Um meio ambiente preservado e o patrimônio cultural são a base do turismo, que deve ser preservada e perpetuada", afirma Rifai.
O órgão das Nações Unidas incentiva a adoção de um código de ética global para o turismo, com o objetivo de fortalecer os efeitos econômicos, sociais e culturais positivos e minimizar as consequências negativas para o meio ambiente e a sociedade.
Esse conceito de sustentabilidade no setor turístico foi adotado pelo Instituto Internacional para a Paz através do Turismo (IIPT) – com sede nos EUA – durante a Conferência Global de Turismo em Vancouver em 1998, quatro anos antes da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU (Rio+10), em Johanesburgo, África do Sul.
Quase dez anos depois, o presidente do IIPT, Louis D'Amore, considera que os turistas de hoje são mais conscientes e educados ecologicamente, culturalmente e socialmente. "Turistas buscam hoje vida real quando viajam. Eles querem conhecer os habitantes dos locais para onde viajam, querem aprender algo sobre sua cultura e sua história", diz.
D'Amore vê sua posição confirmada pelas tendências atuais: o setor turístico que mais cresce é o de viagens culturais, assim como o chamado turismo voluntário. "Um em cada cinco viajantes internacionais tem hoje menos de 25 anos. Esses jovens viajam pelo mundo e querem encontrar outros jovens. Essa geração é nossa esperança para o futuro. Estamos vivenciando o surgimento de uma geração de cidadãos do mundo."
Para Rifai, da OMT, esses cidadãos do mundo são verdadeiros embaixadores culturais. "Transformação cultural caminha de mãos dadas com o turismo. Esperamos que essa transformação contribua para um mundo mais tolerante, um mundo em que reine o respeito pelas particularidades e características dos povos. Em nosso código de ética global, exigimos o respeito pelos valores dos países e culturas visitados pelos turistas – e não o contrário!", afirma.
Crescimento acelerado
Apesar das catástrofes naturais e das crises políticas, o setor turístico cresce em ritmo acelerado graças à sua flexibilidade. Mas a alegria de uns é a tristeza de outros: quando um destino turístico sai do mapa, os fluxos de turistas são desviados para outro lugar.
Assim, nesta temporada, hoteleiros da Tunísia e do Egito esperaram em vão por europeus em busca de sol. Desconfiados por conta das insurgências no Norte da África, os turistas optaram pelas praias da Espanha, da Itália ou do Caribe. Mas a primavera árabe não significa o fim do turismo para os países da revolução.
"A abertura democrática e a transparência promoverão um melhor clima de negócios, que impulsionará o desenvolvimento do turismo", diz Rifai, em tom otimista, citando tendências semelhantes.
"A Espanha é hoje um dos principais destinos turísticos do mundo. A maior parte da infraestrutura do país, assim como muitos hotéis, vem da época da ditadura de Franco. Mas somente o regime democrático permitiu que fosse colocada em prática a criatividade de pequenos e médios empresários. Estamos convencidos de que o Egito e a Tunísia experimentarão algo semelhante", diz.
Turismo como motor de desenvolvimento e indústria da paz – uma visão ambiciosa, mas que não deve permitir que se ignorem os lados sombrios da degradação ambiental, dos conflitos sobre o acesso à água, da prostituição, entre outros. A importância econômica da indústria do turismo faz dela um instrumento a mais para alcançar os objetivos de desenvolvimento do milênio.
"O turismo faz parte da agenda de desenvolvimento das Nações Unidas: ele contribui para a luta contra a fome, para o fortalecimento da posição de jovens mulheres na sociedade e no mercado de trabalho, bem como para uma maior consciência ambiental", afirma Rifai.
Fonte: Mirjam Gehrke/Deutsche Welle

Pesquisa aponta que lavagem de roupas sintéticas contribui com poluição nos oceanos


Se você possui no armário roupas feitas de tecidos como viscose, raion, acetato, poliéster, acrílico e nylon, atenção! Você pode estar contribuindo com a poluição dos oceanos e a morte de centenas de espécies marinhas. Segundo uma pesquisa divulgada no dia 6 de setembro pela American Chemical Society, resíduos de tecidos sintéticos que se desprendem das peças durante a lavagem passam direto pelos sistemas de esgoto e acabam nos oceanos.
De acordo com os pesquisadores das universidades de Dublin, na Irlanda, de Plymout e Exeter, no Reino Unido, e da Waters Canada, no Canadá, apesar das tristes histórias de pássaros, tartarugas marinhas e outros animais que morrem engasgados ou enrolados com redes e grandes pedaços de objetos plásticos, o principal risco para essas espécies está em minúsculos fragmentos (muitos, impossíveis de serem vistos a olho nu) que flutuam pelos oceanos.
Por serem microscópicos, esses pedaços de plástico acabam sendo mais facilmente ingeridos pelos animais e entram na cadeia alimentar – trazendo riscos ainda pouco conhecidos para todos que fazem parte dela (inclusivo o homem). Pensando nisso, em 1990 o grupo de cientistas começou a estudar essas partículas e suas possíveis origens. Na pesquisa recém-publicada, eles contam que decidiram coletar microplásticos em praias próximas a estações de tratamento de águas residuais para avaliar se as substâncias encontradas na região marítima eram as mesmas que saiam das máquinas de lavar espalhadas pelas cidades.
Dezoito regiões litorâneas dos seis continentes foram avaliadas e os resultados apontaram quem, quanto mais povoada era a cidade, mais microplásticos eram encontrados nas praias da região. Ainda segundo o estudo, os tamanhos e formatos das partículas indicam que eles eram resquícios de tecidos sintéticos. Outros experimentos demonstraram que uma única peça de vestuário pode liberar mais de 1.900 fragmentos por lavagem. "Isto sugere que uma grande proporção de microplásticos encontrados no ambiente marinho pode ser derivada de esgoto como consequência da lavagem de roupas. Conforme a população humana cresce e as pessoas usam mais tecidos sintéticos, é provável que a contaminação de habitats e de animais por microplásticos aumente", alertam os pesquisadores.
Entre a composição química das substâncias encontradas, três quartos são de poliéster, e o resto é formado por poliamida, polipropileno e acrílico – o que corresponde à dos tecidos sintéticos. Para combater o problema, os pesquisadores sugerem que designers de roupas e fabricantes de máquinas de lavar considerem a importância de novas pesquisas e tecnologias capazes de reduzir as emissões de microplástico nas redes de esgoto – como a ultrafiltração.
Eles ainda alertam para a urgência de novos estudos que determinem se o microplástico pode ser acumulado ao longo das cadeias alimentares através da ingestão. "Nos seres humanos, fibras de microplásticos inaladas são absorvidas pelos tecidos do pulmão e podem tornar-se associadas a tumores, enquanto corantes dispersivos de poliéster e fibras de acrílico já demonstraram causar dermatite", concluem.
Fonte: EcoAgência

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pesquisa deverá prever impactos do desflorestamento e das mudanças climáticas globais na Amazônia


Cientistas de 14 renomadas instituições europeias e sul-americanas (Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru) iniciaram um novo e ambicioso programa de pesquisa para prever o que poderá acontecer com a Amazônia ao longo das próximas décadas. Alguns relatórios sugerem que sob contínuas mudanças climáticas e desflorestamento, as florestas da região amazônica poderão estar vulneráveis a alguma forma de degradação (die-back) em diversos aspectos, como suas águas, seu clima e sua sociedade. O AMAZALERT tem como objetivo testar o quanto essas previsões são prováveis e, em caso positivo, antecipar onde, como e quando isso deve acontecer.
A equipe, liderada pelos pesquisadores Bart Kruijt, da Universidade de Wageningen, Países Baixos (WUR), e Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), irá estudar um possível sistema que detecte sinais de degradação de grandes dimensões na floresta, e que inclui um sistema de alerta caso uma situação de perda de floresta irreversível pareça provável. O AMAZALERT também irá avaliar os impactos e efetividade de políticas públicas e medidas para a prevenção da degradação da Amazônia.
A reunião inaugural do projeto, orçado em 4,7 milhões de euros financiados conjuntamente pelo "European 7th Framework Programme" e organizações nacionais, acontecerá entre 3 a 5 de outubro, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, SP.
Antecedentes
Para atingir suas metas, a equipe do AMAZALERT irá reunir informações disponíveis em trabalhos anteriores sobre clima regional, sensibilidade das florestas e ciclo da água, desflorestamento, os impactos sobre as leis e respostas aos impactos na Bacia Amazônica. Por exemplo, existe uma riqueza de observações resultantes de programas como o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e simulações de mudanças climáticas globais, conduzidas pelos relatórios do IPCC, que também serão exploradas em detalhes.
No entanto, modelos de clima, vegetação, e suas interações estão em constante desenvolvimento e informações sistemáticas sobre o papel das pessoas e da sociedade na funcionalidade da Amazônia como uma região são escassas. Em particular, é necessário um melhor conhecimento dos sistemas de retroalimentação dentro do sistema - por exemplo, as interações entre a mudança da cobertura vegetal e o clima na região amazônica. Um importante objetivo é a compreensão dos funcionamentos e impactos da reciclagem da água da chuva pela presença da floresta. Se esse processo for alterado - talvez por meio de perda de floresta de grande escala - pode ocorrer uma deterioração dos ecossistemas da Amazônia.
O AMAZALERT também irá melhorar a nossa compreensão do papel do fogo, e como as pessoas, a agricultura e os governos irão responder às mudanças do clima e do meio ambiente. A equipe envolverá diretamente atores de instituições e governamentais para que suas perspectivas sejam incluídas na modelagem e para auxiliar no desenvolvimento de um modelo para um Sistema de Alerta.
Dentro de três anos, o projeto deve fornecer um conjunto de ferramentas aprimoradas para avaliar, e assessorar as tomadas de decisão na gestão futura da região amazônica, incluindo formas de monitorar o funcionamento da Amazônia para se evitar mudanças irreversíveis em seus serviços ambientais.
Mais informações: www.eu-amazalert.org
Instituições Participantes: WUR (Países Baixos), INPE (Brasil), Met Office (Reino Unido), LSCE (França), University Gent (Bélgica), EMBRAPA (Brasil), PIK (Alemanha), VU (Países Baixos), Joanneum Research (Austria), University Leeds (Reino Unido), University Edinburgh (Reino Unido), FAN (Bolívia), Universidad Nacional (Colômbia), USP (Brasil).

Menos de 20% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva


Na apresentação do painel Política Nacional de Resíduos Sólidos e Sustentabilidade, o presidente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, Lucien Bemonte, afirmou que a maior parte das cidades brasileiras não tem nenhuma iniciativa para coleta seletiva de lixo.
Segundo ele, menos de 20% dos municípios fazem coleta seletiva. Ele citou como exemplo a cidade de São Paulo, que gera 14 mil toneladas de resíduos por dia, e apenas 0,2% de todo esse material é triado para reciclagem de forma organizada. "Isso é dramático. É a cidade que tem um dos primeiros contratos de concessão de lixo e que tem acompanhamento da prefeitura. Em 2011 a previsão é que a prefeitura da capital paulista gaste mais de R$ 1 bilhão só em coleta, transbordo e varrição".
Belmonte lembrou que a atual legislação determina que a partir de setembro de 2014 será proibido transportar resíduos para aterros ou lixões. "A Europa trata no máximo 60% de seu resíduo, e demorou mais de 20 anos para se chegar nesse resultado. É preciso cuidar da educação, e esse papel cabe ao estado", disse.
O painel foi apresentado no Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Humano, promovido pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara e pela Academia Brasileira de Filosofia.
Sacolas plásticas
Ainda durante o evento, o vice-presidente do conselho da Agência de Promoção Eco Sustentável (Apecos), Edivaldo Bronzeri, falou da experiência de Jundiaí, no interior de São Paulo, que foi a primeira cidade a extinguir as sacolas plásticas dos supermercados, sem a necessidade de lei. "Se queremos mudança comportamental, tem que ser pela educação, e isso leva tempo. Quando você compartilha, o custo é menor para cada um. Se queremos um País melhor para nossos filhos e netos, a decisão tem que ser tomada com sabedoria".
Coco em carvão
Ele disse que a Apecos investe muito em pesquisa. Foram os estudos que permitiram a transformação da casca de coco em carvão. Com 40 toneladas de casca é possível gerar até 10 toneladas de carvão, que pode ser o energético ou aquele que se usa para fazer churrasco, por exemplo. Uma vantagem desse produto é que ele não produz fumaça. "Você consegue gerar renda para quem tirou o coco e para quem vai vender o carvão. Foram cinco anos de pesquisa até chegar a esse resultado. Hoje são dez fábricas no Brasil", disse
Atualmente, o País consome por ano 801 mil toneladas de carvão para churrasco. Para produzir essa quantidade são derrubadas 570 mil árvores, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

Quem disse que jornal de papel não tem futuro?


Ele pode ser usado como combustível
Existe um lugar onde os velhos jornais de papel batem a Internet. Cientistas da Universidade Tulane, nos EUA, descobriram uma nova cepa bacteriana, chamada de TU-103, que consegue usar papel para produzir butanol, um biocombustível que pode substituir a gasolina. Os experimentos estão sendo feito com velhas edições doTimes Picayune, venerando diário de Nova Orleans – e com grande sucesso, conta oScience Daily .
A TU-103 é a primeira cepa bacteriana da natureza que produz butanol diretamente da celulose, um composto orgânico. “A celulose é encontrada em todas as plantas verdes, e é a matéria orgânica mais abundante no planeta. Convertê-la em butanol é o sonho de muita gente”, disse Harshad Velankar, aluno de pós-doutorado no laboratório de David Mullin, do Departamento de Biologia Molecular e de Células da Universidade de Tulane. “Apenas nos Estados Unidos, pelo menos 323 milhões de toneladas de materiais de celulose, que podem ser usados para produzir butanol, são jogadas fora”.
O laboratório de Mullin identificou a TU-103 em fezes animais, cultivou-a e desenvolveu um método para usá-la na produção de butanol. Foi pedida uma patente do processo. “O mais importante da descoberta é sua capacidade de produzir o butanol diretamente da celulose”, explicou Mullin. Ele acrescentou ser a TU-103 a única cepa clostridial (anaeróbica) conhecida para a produção de butanol a fazê-la na presença de oxigênio, que mata outras bactérias produtoras do combustível. Fazer butanol em um espaço livre de oxigênio encarece os custos de produção.
Como biocombustível, o butanol é superior ao etanol, porque pode alimentar veículos comuns sem qualquer modificação no motor, pode ser transportado por dutos existentes, é menos corrosivo e contém mais energia que o etanol, o que pode aumentar a milhagem. “Esta descoberta pode reduzir o custo da produção do biobutanol”, afirmou Mullin. “Além de uma possível economia no preço por litro, o biobutanol, como combustível, reduziria dramaticamente as emissões de dióxido de carbono em comparação com a gasolina, e teria um impacto positivo sobre o lixo de aterros”.
Foto: Ivy Dawned/Creative Commons

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

I CONGRESSO DE ÁREAS VERDES- FLORESTAS URBANAS


O CONGRESSO ACONTECERÁ NOS DIAS  27, 28 e 29/10/2011
ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA OUVINTES! AQUI



Empresa de Hamburgo faz sucesso com bebidas orgânicas "fair trade"


Numa noite de sexta-feira num bar da moda do famoso bairro Sankt Pauli, em Hamburgo, além da cerveja há também garrafas verdes e vermelhas de refrigerante e chá orgânicos sobre as mesas. O LemonAid e o ChariTea – um jogo de palavras com lemonade (limonada) e charity (caridade) – são a novidade no mercado de bebidas alemão.
A fabricante é a LemonAid Beverages, uma empresa de Hamburgo cujo modelo de negócios é baseado na sustentabilidade social e ambiental e nos princípios do chamado fair trade (comércio justo).
A LemonAid Beverages compra apenas ingredientes de produção orgânica e comercializados de maneira justa. Uma parte dos lucros da empresa é investida em projetos sociais nos países em desenvolvimento onde seus fornecedores estão localizados.
A marca foi criada por Paul Bethke e por Jakob Berndt, que antes trabalhava com planejamento estratégico numa agência de publicidade de Hamburgo que tem entre seus clientes a BMW e a Mercedes.
Aos 30 anos de idade, os dois empreendedores buscavam uma mudança em suas vidas e decidiram lançar uma linha de refrigerantes com uma missão social. "LemonAid é basicamente uma companhia de bebidas, mas baseada numa ideia bem diferente", diz Bethke.
A fabricante de refrigerantes sustenta agricultores em países em desenvolvimento ao comprar seus produtos – como suco, açúcar e chá – para produzir refrigerantes e chás e ao investir em projetos nas comunidades locais, afirma.
LemonAid é uma das primeiras empresas de refrigerantes na Alemanha a aderir ao princípio do fair trade. E apenas dois anos depois da entrada no altamente competitivo mercado de bebidas alemão, a companhia já é rentável.
Uma das razões de seu sucesso, segundo os fundadores, é que os produtos são feitos somente a partir de ingredientes frescos e naturais, baseados em receitas desenvolvidas por Bethke e Berndt. "Não tínhamos experiência alguma na produção de refrigerantes, mas pensamos que gostaríamos que nossas bebidas fossem muito simples, como preparadas em casa", afirma Berndt.
Os dois empresários começaram numa cozinha, espremendo limões, fazendo litros de chá, testando diferentes tipos de suco e eventualmente misturando tudo – utilizando uma técnica simples, segundo Berndt.
"Convidávamos amigos para uma festa. Eles experimentavam as bebidas e nos diziam 'coloque um pouco mais de açúcar aqui' ou 'um pouco menos de suco ali'", conta. "No final do dia, encontramos uma receita que todos consideraram ótima e começamos a encher garrafas."
Para Berndt, a embalagem moderna, aliada ao foco de marketing na sustentabilidade e no fair trade, ajudaram a LemonAid a alcançar um sucesso relativamente rápido. Atualmente, a empresa produz cinco sabores de refrigerantes e chás. Eles vêm em elegantes garrafas desenhadas pela agência sueca BVD, cujos clientes incluem a gigante de decoração Ikea e a varejista de roupas H&M.
"Achávamos que design é um fator muito importante em nossa missão porque até agora tudo no mercado fair trade parece velho e não atrai o público-alvo mais jovem", diz. "Gostaríamos de convencer principalmente os mais jovens a consumir mais sustentavelmente."
Berndt e Bethke lançaram uma organização de caridade para a qual a LemonAid canaliza uma porcentagem fixa de seus lucros. Essa quantia, que somou 40 mil euros em 2010, financia projetos nas áreas de educação e saúde nas comunidades dos fornecedores.
Bethke, que trabalhou brevemente no Sri Lanka para uma organização fundada pelo governo alemão, diz que ficou desapontado com a maneira como o dinheiro proveniente de doações estava sendo gasto no país.
"Percebi que não funciona sem uma meta eficiente, sem um modelo de negócios como base. É apenas um grupo de pessoas que gastam o dinheiro de outras pessoas e não tem relação alguma com ele", considera. "Quero saber o que aconteceu com os 40 mil euros que doamos para projetos sociais. Visitarei os países e verei o que foi feito. Quero ver os efeitos."
Para Berndt e Bethke, o sucesso da LemonAid sugere que eles criaram um modelo de negócios que não apenas é rentável para seus fundadores como também dá um retorno às comunidades pobres.
Os parceiros de negócios esperam dobrar o número de garrafas vendidas anualmente para 1,5 milhão em 2011. No momento, suas bebidas estão disponíveis quase que exclusivamente em restaurantes e bares de Hamburgo.
Grandes cadeias de supermercados mostraram interesse, mas Berndt and Bethke pretendem expandir a marca lentamente. Os jovens empreendedores dizem não estar interessados em fomentar agressivamente a venda de seus produtos apenas para conseguir lucros rapidamente.

195 toneladas de lixo invadiram a cidade do rock


Quem foi em qualquer um dos primeiros dias de Rock in Rio certamente notou a enorme quantidade de lixo que cobria o chão da Cidade do Rock. As pessoas tinham que olhar para o chão em busca de espaços limpos para pisar, sem falar naquelas que deitavam no gramado em meio a tantas embalagens, copos plásticos e restos de comida.
No total, 600 lixeiras adesivadas para receber resíduo orgânico ou reciclável foram espalhadas pelos 150 mil metros quadrados do local. Mas elas foram as que menos viram lixo durante o festival. O site SRZD registrou uma imagem em que um canteiro de flores estava cheio de copos e caixinhas de comida, enquanto os contêineres eram vistos praticamente vazios.
Segundo o site do G1, a quantidade de lixo esperada para os sete dias de shows era de 200 toneladas. No entanto, já foram recolhidos 195 toneladas. Pudera, até alimentos consumidos instantaneamente, como sanduíches e pizzas, eram recheados de embalagens.
Segundo a Comlurb, dois mil garis se revezaram durante 24 horas por dia para realizar a varrição manual e coleta de resíduos dentro da Cidade do Rock. O serviço recolheu 49 toneladas de resíduos na sexta-feira, 51 no sábado, e 45 no domingo. Outras 50 toneladas foram recolhidas antes mesmo de o primeiro acorde de violão soar, durante a preparação e montagem do evento. Os recicláveis serão tratados pela Cooperativa Barracoop, enquanto os orgânicos serão encaminhados para a Usina de Transferência e Reciclagem do Caju para compostagem.
Durante os dias que se antecedem à segunda maratona de shows, a produção do Rock in Rio vai se reunir para avaliar os problemas ocorridos e buscar soluções para melhorar a infraestrutura do festival. Não sabemos o que será feito em relação à gestão de resíduos, mas com certeza distribuir mais lixeiras perto dos palcos e nas áreas de maior circulação de pessoas pode ajudar a diminuir a quantidade de lixo espalhado no chão.
Nossa dica é que você, que ainda vai participar do Rock in Rio, faça sua parte procurando um local adequado para jogar qualquer coisa fora. Lugar de lixo é no lixo. E lembre-se de separar seus resíduos em orgânicos e recicláveis. Não custa nada e assim você e seus amigos vão poder desfrutar de uma Cidade do Rock mais limpa e agradável!

Inglaterra aposta nas ondas para produzir energia limpa


O Reino Unido tem apostado na força das marés para aumentar o seu potencial de produção energética. O intuito é que os países britânicos produzam até 190 gigawatts desta energia limpa até 2050. Para auxiliar nesta produção a Inglaterra criou o Wave Hub, uma espécie de fazenda de testes em alto mar.
A estrutura está localizada na área costeira do país e possui a tecnologia necessária para transportar a energia do mar até a rede de eletricidade. Para isso, o sistema conta com um cubo de 12 toneladas, que transporta 1,3 tonelada de cabos submarinos por 25 quilômetros.
O Wave Hub funciona também como um laboratório, onde as empresas podem testar e aprimorar as suas tecnologias de produção energética a partir do movimento da maré. Existem diversos sistemas que cumprem essa função, que variam em capacidade e formato.
A Ocean Power Techonologies é uma das empresas que tem feito uso da fazenda em alto mar, para testar a PowerBuoy. A tecnologia é uma espécie de bóia flutuante gigante, com 41 metros de altura e 11 metros de diâmetro, que transforma o movimento mecânico das ondas em eletricidade. O esperado é que a estrutura produza 150 kW de potência contínua.
O Penguin é outro dispositivo que deve começar a ser testado em breve. Criado pela empresa finlandesa Wello, o equipamento atua de maneira bastante distinta. Ele transforma a energia rotacional das ondas em um movimento circular, capaz de gerar 500kW de energia. O nome é dado pelo movimento que o dispositivo faz com a passagem das ondas, que é parecido com o andar de um pinguim e é o responsável por acionar um gerador e produzir eletricidade.
 Representação gráfica da estrutura Wave Hub l Imagem: South West RDA
O alvo dos britânicos é ter 190 gigawatts de energia proveniente das ondas nos próximos 40 anos. Este montante é três vezes maior do que toda a energia produzida no Reino Unido atualmente. Com informações do Wave Hub e do AlmaSurf.com
Fonte:ciclovivo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que é a Carta da Terra?


Documento idealizado pela ONU em 1987 para defender os interesses sustentáveis, a paz e a justiça socioeconômica recebe apoio de milhares de organizações do mundo todo.

É uma espécie de código de ética planetário, semelhante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, só que voltado à sustentabilidade, à paz e à justiça socioeconômica. Idealizada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, em 1987, ganhou impulso na Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, em 1992. O documento ficou pronto no ano 2000, foi traduzido para 40 idiomas e atualmente é apoiado por 4,6 mil organizações ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
A Carta contém 16 princípios básicos agrupados em quatro grandes tópicos: respeitar e cuidar da comunidade de vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, violência e paz. A erradicação da pobreza, com acesso à água potável, ao ar puro e à segurança alimentar, e a construção de sociedades democráticas, sustentáveis e justas são dois princípios expressos pelaCarta da Terra, que também defende a promoção de uma cultura de tolerância e não-violência e a distribuição equitativa dos recursos da Terra. Uma forma de você colocar em prática os valores da Carta da Terra é disseminar seu conteúdo entre amigos, familiares e comunidade e pressionar governo, empresas, escolas e demais organizações da sociedade civil a se guiar por seus princípios.

A História das coisas

Segue quatro videos de uma série muito interessante, você já parou pra pensar pra onde vão as coisas que consumimos e descartamos? qual a história delas antes de chegarem as prateleiras? e os impactos ambientais?  assistam! =D



Pesquisadores descobrem bactéria que transforma papel em combustível limpo


Uma bactéria capaz de converter celulose em butanol foi descoberta por pesquisadores dos EUA. Isso significa que com ela é possível transformar papel em matéria prima para um combustível alternativo aos de origem fóssil. | Imagem: The Cool Gadgets


Uma bactéria capaz de converter celulose em butanol foi descoberta por pesquisadores da Universidade de Tulane, EUA. Isso significa que com ela é possível transformar papel em matéria prima para um combustível alternativo aos de origem fóssil.
Os especialistas descobriram a bactéria TU-103 durante pesquisas em dejetos de animais.  O grupo, sob liderança do professor David Mullin, já entrou com um processo para patentear a ideia.
A nova tecnologia pode ter várias aplicações, entre elas ser usada como solvente ou substituir a gasolina. A vantagem é que além de ser barata, a tecnologia utiliza a celulose que é uma matéria prima abundante e que não precisa de nenhum tipo de preparação.
De acordo com Mullin, mais de 323 milhões de toneladas de material feito com celulose nos Estados Unidos poderiam ser usadas para a fabricação de bio-butanol, anualmente. O biocombustível a partir da celulose pode ser considerado melhor do que o etanol, por ser  menos corrosivo e pode ser carregado através de gasodutos de combustíveis já existentes.
Até o momento, o desenvolvimento de um método para transformar papel em combustível vem sendo testado em pequena amostra nos laboratórios. Logo serão feitas experimentações em grande escala de produção.
Para fazer os testes com a bactéria, o grupo de pesquisadores tem usado edições antigas de um jornal diário que é distribuído na região de Nova Orleans, EUA. Se o resultado for positivo, esta pode ser a solução para as toneladas de papel descartadas diariamente e mais uma alternativa de combustível. Com informações da Info e Tulane University.

Metano no Shopping


O shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo, foi multado em R$ 2 milhões nesta terça-feira pela prefeitura. Os técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente também determinaram a suspensão das atividades do shopping, dos estacionamentos, e das lojas Carrefour e Lar Center, que funcionam no mesmo complexo.O motivo da multa e da suspensão é o não atendimento às exigências feitas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que multou o estabelecimento na semana passada por não ter instalado um sistema de extração de gases.O estabelecimento, que tem 331 lojas e estacionamento com capacidade para 7.000 vagas, afirma em seu site ser "o shopping de São Paulo que apresenta o maior volume de vendas por m² entre todos os empreendimentos da cidade".
CONTAMINAÇÃO
O estabelecimento, construído em 1984 sobre um antigo lixão, sofre com a decomposição de material orgânico do subsolo, o que tem jogado gás metano, em níveis perigosos, para o interior de algumas lojas, segundo relatórios da Cetesb.
No último dia 16, a companhia colocou todo o terreno do Center Norte na sua lista de áreas contaminadas críticas e disse que havia risco de explosão.
A Cetesb também determinou multa diária de R$ 17.450 ao shopping, válida por um mês. A punião deve persistir enquanto o shopping não cumprir as medidas exigidas pelo órgão.
Segundo o Center Norte, um sistema para extração do gás opera há 40 dias e outros oito sistemas similares estão sendo instalados em pontos estratégicos.
Na sexta-feira (23), o shopping chegou a divulgar que, em visita ao estabelecimento, técnicos da Cetesb fizeram medição do metano "em locais estratégicos" e constataram que não havia presença do gás.
Mas a companhia desmentiu o estabelecimento e confirmou o risco de explosão caso o gás fique confinado em ambientes fechados.
Fonte

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Comissão aprova plebiscito antes da instalação de depósito de lixo atômico


A Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou, na última quarta-feira (22), proposta que condiciona a construção de depósitos de rejeitos radioativos à aprovação da obra por meio de plebiscito no município que deverá receber o lixo atômico. A medida está prevista no Projeto de Lei 1801/11, do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Pela proposta, os plebiscitos serão obrigatórios nos casos de instalação de depósitos intermediários e finais, ambos sob responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. As consultas não serão necessárias para a construção dos depósitos iniciais, cuja administração está a cargo das empresas que operam as atividades geradoras de rejeitos atômicos.
Abadia de Goiás - O relator da proposta, deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), lembra que o município de Abadia de Goiás é o único com depósito final na América do Sul e já abriga, em dois reservatórios, seis mil toneladas de dejetos contaminados com Césio 137, decorrente do acidente de 1987 em Goiânia.]
De acordo com o deputado, caso Abadia de Goiás passe a receber o lixo atômico das usinas de Angra 1 e 2, por exemplo, deverá construir um novo depósito, que será abastecido anualmente. "Não é justo que uma cidade receba material radioativo sem o devido consentimento de seus habitantes", alertou Agostini.
Substitutivo - O projeto foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia na forma de um substitutivo, que mantém o propósito do texto inicial e apenas estabelece que as despesas decorrentes do plebiscito serão custeadas pela União e que a consulta ficará sob responsabilidade da Justiça Eleitoral. A proposta tramita de forma conclusiva e será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Universidade mineira desenvolve sistema que pode baratear o tratamento de esgoto


Um estudo elaborado pelo Centro de Pesquisa e Treinamento em Saneamento, Cepts, vinculado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, pode baratear o tratamento de esgoto.
A pesquisa, coordenada pelo professor Carlos Chernicharo, resultou na criação de um material de suporte feito de polietileno que pode ser aplicado em diversos sistemas de tratamento de esgoto.
Os microrganismos presentes no esgoto são retidos por meio desse sistema. Normalmente, para essa função são utilizadas pedras ou material sintético importado.
“A pedra é um material barato, mas muito pesado, o que dificulta o transporte e a colocação no interior das unidades de tratamento. Também é difícil de ser fornecida no tamanho correto, podendo ocasionar problemas de entupimento, além de apresentar pequena área superficial, ocasionando menor retenção de microrganismos”, avaliou o coordenador.
O sistema desenvolvido apresenta algumas vantagens em relação às técnicas empregadas usualmente, como custo reduzido e alta aplicabilidade.
*Com informações da UFMG.
Fonte:ambiente Brasil

Patagonia incentiva compra de produtos usados no eBay



Até mesmo a rebelde marca de roupas Patagonia consegue se superar na ousadia. Como uma extensão de seu longevo programa Common Threads (em que recicla peças de vestuário criando novas fibras), a marca agora se associou ao eBay, o maior site de comércio on-line do mundo, para promover a venda de suas roupas e calçados em segunda mão.
"O programa pede aos consumidores que não comprem nada de que não precisem. Se realmente precisarem, então que comprem algo que dure muito tempo, consertem o que quebrarem, e reutilizem ou revendam o que não usam mais. E, por fim, reciclem o que já estiver bem desgastado”, explica Yvon Chouinard, dono e fundador da Patagonia.
"Somos a primeira empresa a incentivar os clientes a assumir um compromisso formal e ser tornarem nossos parceiros no esforço de reduzir o consumo, e evitar que os produtos acabem em aterros sanitários ou no incinerador”, destaca.
Ao assinar o compromisso, os usuários do eBay ganham o direito de exibir seus produtos na loja exclusiva da Iniciativa Common Threads. Na última vez que conferimos a página, já havia quase 100 peças de roupas usadas da Patagonia.
Quando este artigo foi escrito, o link do eBay estava bem visível na página inicial da Patagonia, que se abre dentro do próprio website.
Quantas empresas você conhece, com vendas anuais de mais de US$ 40 milhões, que pedem a seus clientes que não comprem seus produtos, ou os adquiram de segunda mão como primeira opção de compra? Provavelmente, o mesmo número que doou US$43 milhões em dinheiro e em doações em espécie a causas ambientais.
Duvidamos que a campanha “compre-no-eBay-antes” afete as vendas de novos produtos a curto prazo. Pode até acontecer o oposto – uma expansão da base de clientes, que se identificam com uma marca preocupada com a sustentabilidade de sua produção e usa poliéster e algodão orgânicos em seus produtos. Afinal, este é um mantra de vendas realmente impressionante:
• Reduza o que você tem.
• Repare o que puder.
• Reutilize o que possui. Venda o que não precisa. Compre usado, se puder.
• Recicle todo o resto.
• Reimagine um mundo sustentável.
Fonte:Treehugger Brasil