sábado, 31 de dezembro de 2011

Imagem do dia!!


A equipe de Os Ambientais deseja a todos FELIZ ANO NOVO!!!!


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Polímero a partir do milho pode substituir bisfenol A em resinas epóxi utilizadas em plásticos rígidos, como placas de computador, embalagens e revestimentos


Um novo polímero, desenvolvido a partir de derivados do milho por um pesquisador brasileiro em parceria com cientistas dos Estados Unidos, pode substituir em resinas epóxi o bisfenol A, composto também utilizado em policarbonatos que gera produtos plásticos, como garrafas e mamadeiras, e que está sendo banido em diversos países, incluindo o Brasil.
A invenção rendeu ao professor Luiz Henrique Catalani, do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), e aos outros três autores da descoberta o prêmio Thomas Alva Edison Award 2011. Concedido pelo Conselho de Pesquisa e Desenvolvimento de New Jersey, nos Estados Unidos, o prêmio foi entregue em 10 de novembro a 40 inventores e 13 empresas.
Em 2004, durante um pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (NJIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, Catalani se integrou a um grupo de cientistas da instituição, liderada por Michael Jaffe. Na época, os pesquisadores se dedicavam a um projeto, apoiado pelo Iowa Corn Promotion Board (ICPB), com o objetivo de agregar valor a produtos do milho.
Uma das possibilidades levantadas foi desenvolver produtos baseados em um composto derivado da glicose do milho, chamado isosorbídeo. Com base nessa substância, os cientistas deram origem a um novo polímero para compor resinas tipo epóxi, que são utilizadas em larga escala em plásticos rígidos, como placas de computador, embalagens e revestimentos.
"Esse novo polímero é importante tanto pelo fato de ser proveniente de insumos da biomassa – e, portanto, uma alternativa aos derivados de petróleo – como também por substituir o bisfenol A em resinas epóxi", disse à Agência FAPESP.
De acordo com o pesquisador, o composto que está sendo proibido em diversos países – por ser um mimetizador de estrógenos (hormônios), entre outros efeitos – é utilizado em diversos produtos como um agente plastificante. Já em resinas epóxi a substância é a base (monômero) do polímero.
"Estamos propondo uma nova estrutura molecular correspondente ao bisfenol A para substituí-lo em resinas epóxi, que é o isosorbídeo", disse. O novo polímero resultou em uma patente, registrada por Catalani e pelos outros três pesquisadores autores da descoberta: Anthony East, Michael Jaffe e Yi Zang, do NJIT.
Já produzido em escala comercial a partir do milho, o isosorbídeo também poderia ser obtido a partir de outras matérias-primas, como a cana-de-açúcar. "Certamente, a cana-de-açúcar seria uma alternativa para obter esse produto, porque dela se obtém glicose em grande quantidade", explicou.
O trabalho realizado em parceria com a equipe do NJIT se integra aos desenvolvidos por Catalani no IQ da USP, voltados para a produção de poliésteres biodegradáveis e bioabsorvíveis para aplicações como biomateriais para uso em engenharia biomédica.
O pesquisador pretende utilizar o novo polímero derivado do isosorbídeo para desenvolver um suporte ao crescimento de diversos tipos de células, que representa o primeiro passo para se tentar produzir tecidos artificiais, como tecido ósseo ou para reconstituição de tímpano.
Em um projeto realizado com apoio da FAPESP, Catalani e equipe no IQ-USP desenvolveram estruturas chamadas hidrogéis.
Formados por redes de polímeros, essas estruturas que absorvem água em grandes quantidades podem atuar como "curativos inteligentes", realizando a liberação controlada de fármacos, como antibacterianos e antifúngicos.
"Já temos três patentes depositadas no Brasil na área de hidrogéis. Mas não temos um produto final porque ainda não fechamos com nenhuma empresa interessada em produzi-lo", disse.
Fonte: Elton Alisson/ Fapesp

Eficiência energética e desempenho térmico de luminárias com lâmpadas a LED atraem projetos de inovação


A tecnologia de lâmpadas a LED para os segmentos comercial, residencial, industrial e público passará por um processo de inovação nos próximos anos que possibilitará o desenvolvimento de produtos e sistemas com mais desempenho em relação à eficiência energética e dissipação térmica durante a operação. Esse tema representa um dos gargalos que a indústria terá de enfrentar para expandir o mercado mundial para a tecnologia LED, que em 2013 deverá alcançar a marca de US$ 20 bilhões (16% do mercado de iluminação - Digitimes Research).
O novo paradigma deverá chegar a 50% do mercado de iluminação até 2015. Além disso, estima-se que cerca de 19% de toda energia elétrica gerada, transmitida e distribuída seja consumida por serviços e produtos para iluminação. Este é um motivo para se evitar desperdício nesse tipo de uso. O custo de manutenção pode ser reduzido no uso de novas tecnologias (cerca de 50%).
Histórico
  A tecnologia de LED de luz branca nasceu no fim dos anos 90 com as pesquisas do japonês Shuji Nakamura, que atualmente trabalha no Departamento de Materiais da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA). A invenção de Nakamura surgiu a partir de uma pesquisa para melhorar os LEDs convencionais, que até então só emitiam luzes coloridas. A descoberta da luz branca foi praticamente acidental, quando o pesquisador obteve um semicondutor que emitia uma luz azulada.
Atualmente, existem várias tecnologias de LED de luz branca, a maior parte delas adotando a propriedade de fluorescência do fósforo ao reagir com a emissão de raios ultravioleta. Há também tecnologias mais conceituais, que permitem mudar a cor da luz, explorando o fato de que a luz branca resulta da combinação das cores primárias. Desde que foram lançadas, as lâmpadas a LED têm evoluído em relação a uma característica que é chamada IRC (Índice de Reprodução de Cor). Nesse índice, a referência é a luz do sol, que é considerada 100%. Inicialmente, as lâmpadas LED apresentavam entre 60% e 65% de IRC; atualmente estão entre 85% e 90%, com tendência a subir.
Ações do IPT
O Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos (LEO), do Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos (Cinteq), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), está se capacitando para ampliar o apoio tecnológico à indústria nessa nova fase. "Estamos adquirindo softwares e nos capacitando com ferramentas adequadas para viabilizar o desenvolvimento do projeto do ponto de vista do desempenho energético, térmico e ambiental", afirma Oswaldo Sanchez Junior, pesquisador do laboratório.
O mais novo recurso disponível é a caracterização fotométrica realizada por um goniofotômetro, equipamento informatizado que mede a luz emitida, adquirido da Alemanha pelo Instituto no ano passado com investimento de R$ 1 milhão, em parceria com a FINEP e Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Segundo Sanchez, com os novos recursos será possível substituir procedimentos que ainda são empíricos no desenvolvimento de luminárias, e criar um caldo de cultura que será sistematizado em novos conhecimentos.
Desafios
Em particular, a necessidade de aprimorar o aspecto térmico de projeto de luminárias deverá também mudar a composição de custos de fabricação dos produtos com tecnologia a LED, acredita o pesquisador do IPT. Atualmente, uma luminária pública a LED custa cerca de R$ 2.000 para o consumidor final e estima-se que cerca de 65% do seu custo de fabricação é representado pela integração de módulos a LED e seus drivers (fontes de alimentação), 30% refere-se à produção do corpo da luminária (estrutura mecânica) e o restante (5%) refere-se ao processo de montagem. O preço para o consumidor final deve cair para cerca de um terço em dez anos. O perfil dos custos de fabricação, no entanto, deverá ser significativamente alterado, refletindo a maior sofisticação de projetos, novas exigências do consumidor final, necessidade de certificações e maior escala de fabricação (barateamento dos módulos a LED e suas fontes).
Estima-se que o porcentual relativo ao custo da produção do corpo da luminária deve se tornar central (cerca de 55% do custo de fabricação) devido a dificuldades tecnológicas complexas inerentes ao projeto térmico e produção deste componente. Portanto, a penetração da tecnologia LED no mercado de iluminação depende, num primeiro momento, do barateamento dos componentes associados ao LED (módulos e drivers), mas deverá depender, no médio e longo prazo, da capacidade dos fabricantes em dominar as tecnologias de materiais e fabricação do corpo da luminária, visando um projeto energeticamente eficiente e termicamente confiável.
Outro ponto que deverá atrair projetos de inovação no segmento é quanto ao desempenho óptico das luminárias a LED. Isso, no entanto, deverá amadurecer quando as condições de mercado permitirem ampliar o potencial de exploração da tecnologia. "Atualmente, o mercado é bastante focado na substituição de lâmpadas convencionais por dispositivos a LED", afirma Sanchez.
O pesquisador acredita que a versatilidade e eficiência da tecnologia motivarão uma verdadeira revolução nos serviços de iluminação. "Será possível repensar o modo de atender as necessidades do usuário", diz Sanchez. Ele observa que, por exemplo, as lâmpadas a LED podem ser facilmente dimerizadas (com intensidade ajustável), característica que, se atendida em projeto, proporcionará um serviço que se harmoniza com a iluminação natural, sem excedentes ou carência de energia luminosa em cada ambiente. Os controles deste tipo de iluminação (com sensores de presença, sensores de ambiente, programação de acordo com a atividade e interação com redes inteligentes) abrem novas possibilidades que poderão tornar o seu acionamento integrado ao ambiente e mais amigável ao usuário.
Por conta dos materiais mais compactos, a infraestrutura com LED pode ser menos dispendiosa e os projetos, mais flexíveis. Outra tendência é o abandono de fios e cabos, o que também será um dos vetores da revolução que se espera. "Haverá menos impactos ambientais em todos os aspectos", prevê Sanchez. Não se deve esquecer que a fase do projeto do produto é a mais importante do ponto de vista do seu comprometimento com requisitos ambientais. Mas para que os ganhos ambientais se efetivem, a indústria também precisará dotar seus projetos dos instrumentos de Análise do Ciclo de Vida (ACV), competência que hoje está se ampliando horizontalmente no IPT para que todos os projetos possam ter abordagem sustentável.
Basicamente, a técnica de ACV consiste na realização do inventário dos fluxos de materiais, insumos e energia utilizados e das emissões (para o ar, terra e águas) realizadas em todos os processos ao longo do ciclo de vida do produto. Também permite identificar e mensurar os impactos ambientais associados a estes fluxos, o que representa uma maneira eficaz para avaliar ambientalmente qualquer bem ou serviço. Avalia-se que o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida (PBACV) devam impulsionar as inovações para o segmento.
Mercado
No Brasil, existem poucos fabricantes de lâmpadas e a maior parte das empresas do setor atua com fabricação de luminárias para os segmentos residencial, comercial e industrial. O estado de São Paulo tem grande concentração de empresas. Segundo a Abilux, 58% das indústrias estão na Grande São Paulo e 17% no interior do estado – outros estados atuantes são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. O setor também é dominado por empresas pequenas e médias. "É um setor muito competitivo", afirma Sanchez, que acredita que a concorrência deverá ser combustível para as inovações nos próximos anos.
A iluminação pública, que conta com cerca de dez empresas de porte médio no País, também deverá atrair projetos de inovação, sobretudo porque as exigências dos processos licitatórios em empresas públicas são cada vez maiores. Os governos municipais tendem a valorizar a abordagem ambiental em seus projetos, visto que a União e os estados estão compromissados com acordos globais de redução dos Gases do Efeito Estufa (GEE). Um dos municípios que está à frente nessa corrida é Guarulhos, que desenvolveu um projeto para recuperar componentes usados, com suporte do grupo do IPT, por meio do LEO.
Fonte: IPT

6 tecnologias que podem mudar o mundo


Se você pudesse estalar os dedos e inventar algo que pudesse curar um problema global, o que seria? Diversas pessoas ao redor do mundo querem mudar para melhor a situação de milhares de indivíduos, e estão buscando soluções para acabar com problemas como a escassez e acesso a água potável, problemas de acesso à energia elétrica e internet, aquecimento global entre outros.
O meio ambiente está sendo altamente destruído. Se a tendência for permitida a continuar, então não teremos futuro.
Pessoas e Organizações estão desenvolvendo trabalhos incríveis para ajudar a situação crítica que o planeta enfrenta. Conheça os seis projetos que o CicloVivo separou e que servem de exemplos para ajudar a mudar o mundo.
Bola de futebol que gera energia
Na maioria dos países Africanos, 95% da população vivem sem energia elétrica. Para conseguir luz em suas casas, as pessoas queimam querosene. A fumaça gerada pela queima [em ambientes fechados] tem efeitos nocivos sob a saúde da população. Além disso, existe o risco de incêndio. Pensando nestes problemas e o acesso a energia mais limpa, simples e barata, quatro estudantes de engenharia criaram a sOccket – uma bola de futebol que capta a energia do impacto para gerar energia elétrica.
Lâmpada de LED movida a energia solar
Não somente os países africanos que sofrem com a falta de energia elétrica, mas aproximadamente dois bilhões de pessoas não tem acesso à rede. Os problemas em torno de fontes alternativas de iluminação para as pessoas de baixa renda são os mesmos. Stephen Katsaros criou então a Nokero, uma lâmpada movida a energia solar.
ONG leva energia elétrica a comunidades carentes da África
A energia elétrica é extremamente importante para o desenvolvimento local. Na África, algumas comunidades carentes receberam energia através de um projeto, baseado na energia solar, realizado pela SolarAid, uma ONG britânica. O sucesso do projeto levou luz a 108 escolas dos países que compõem esta região [que agora podem funcionar durante todo o dia]. Foram instalados também equipamentos de captação de energia solar em escolas, hospitais, residências e comércios. 
Fogão a lenha que gera energia elétrica
O brasileiro Ronaldo Sato, engenheiro mecânico, desenvolveu um fogão a lenha capaz de gerar energia elétrica. O equipamento é ideal para zonas rurais, onde o acesso à rede elétrica é dificultado. Além disso, ele é mais seguro e ambientalmente correto. Em 2011, o governo brasileiro levou a tecnologia a 300 famílias do Acre, mas a proposta é de que, 25 mil famílias que vivem em áreas isoladas tenham acesso à energia elétrica.
Purificador de água que usa apenas a energia solar
1/6 da população mundial não têm acesso à água potável e quase que diariamente, milhares de pessoas perdem a vida devido às doenças originadas pela inexistência de água potável ou de saneamento adequado. O acesso a este bem é indispensável à vida, à saúde, à alimentação, ao bem-estar e ao desenvolvimento estando, portanto, entre os direitos fundamentais dos seres humanos.
A partir desta problemática foi criado o Solvatten - um purificador de água que permite a esterilização da água a partir do uso de plásticos transparentes e calor. A ideia surgiu em 1990 e hoje já pode ser comercializada.
UNICEF cria quiosques digitais para levar internet à África
Segundo a ONU, por pouco – apenas dois anos – os países em desenvolvimento não registraram indicadores de acesso à internet, compatíveis com a realidade do milênio passado, em uma comparação com as economias mais avançadas. O bloco só foi atingir em 2010, o que já havia sido alcançado nove anos antes em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão. Na África, por exemplo, o número de usuários cresceu mais de 20 vezes, passando de 0,5% para 10,8%.
O crescimento, no entanto, ainda foi pequeno para superar as diferenças entre países pobres e ricos. Nos países classificados pela ONU como menos desenvolvidos, a relação dos usuários com acesso à rede saiu de 0,1% para 4,6%, bem abaixo da meta estabelecida em 10%.
Milhares de pessoas que habitam a região rural de Uganda não têm acesso algum às tecnologias consideradas simples às nações desenvolvidas. Agora a UNICEF pretende transformar essa realidade através da criação de quiosques digitais. O projeto tem como intuito aliar reciclagem e tecnologia, para que seja possível levar informação e educação às comunidades distantes e carentes.
Fonte: ciclo vivo

Mercúrio torna lâmpadas econômicas produto controverso


Em 17 de fevereiro 2009, a Comissão Europeia determinou, por decreto, o fim da lâmpada clássica. Desde então, as tradicionais lâmpadas incandescentes estão sendo gradualmente retiradas do mercado na União Europeia e substituídas por lâmpadas econômicas – geralmente por lâmpadas compactas fluorescentes, que são energeticamente mais eficientes.
Esses tipos de lâmpadas deveriam contribuir para a proteção do clima, por consumirem menos energia, com maior eficiência luminosa, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa. Isso foi motivo suficiente para a Comissão Europeia dar fim à carreira das lâmpadas incandescentes, que convertem apenas 5% da energia fornecida em luz visível: o restante vira calor.
Finalmente parece começar a era das novas e mais caras lâmpadas econômicas. A indústria fica satisfeita por lucrar com ela. Os políticos ficam felizes por poderem exibir um sucesso na luta contra a mudança climática. E grupos ambientalistas, como Greenpeace e WWF, dão boas vindas às lâmpadas econômicas. Niklas Schinerl, porta-voz do Greenpeace austríaco para energia, deseja há tempos que a lâmpada tradicional seja retirada do mercado e substituída por sistemas de iluminação mais eficientes.
Boa imagem arranhada
Mas a boa imagem da lâmpada – vendida pela indústria como mercadoria eficiente e de longa vida útil – é logo arranhada quando se fica sabendo que ela contém mercúrio altamente tóxico, sendo, portanto, um produto que deve ser eliminado separadamente, e não jogado no lixo doméstico.
Muitos grupos ambientalistas ignoraram durante muito tempo as desvantagens da lâmpada econômica. Tecnicamente, ela é uma variante complexa de um tubo fluorescente e emite um espectro de luz que se assemelha muito menos ao da luz solar do que o das lâmpadas tradicionais. Foi deixada de lado, por muito tempo, até mesmo a cintilação típica das luzes fluorescentes, cujo efeito sobre o organismo humano ainda não está totalmente esclarecido. Assim como a longa durabilidade do produto alegada pela indústria: um argumento publicitário que se revelou uma meia verdade.
O cineasta austríaco Christoph Mayr tentou provar em seu documentário Bulb fiction que a lei europeia contra a lâmpada tradicional foi criada por pressão da indústria. "A proibição de lâmpadas incandescentes é uma intervenção única nos direitos dos cidadãos da UE", diz Mayr, "porque pela primeira vez se proíbe um produto que não é perigoso".
Com a lâmpada econômica, chega ao mercado um produto que pode conter até cinco miligramas de mercúrio, substância altamente tóxica, mesmo em doses baixas. Por isso, as lâmpadas econômicas pertencem ao lixo especial. Mas apenas cerca de 20% delas são realmente recicladas: o resto acaba mesmo entre os dejetos comuns.
Erros deturpariam análises da UE
O físico Georg Steinhauser, do Instituto Atômico da Universidade Técnica de Viena, considera um "escândalo" o processo de análise que a União Europeia utiliza para determinar o teor de mercúrio de lâmpadas econômicas. "A deficiência está no fato de a concentração de mercúrio só poder ser especificada depois da destruição da lâmpada, e a destruição libera os componentes gasosos da lâmpada. Esse detalhe não é comentado pelo regulamento europeu. Em outras palavras, há aqui um erro sistemático que possivelmente distorce drasticamente os resultados da análise."
"Qualquer cientista deveria ter notado esse detalhe", diz Steinhauser. O físico quer tornar públicas suas próprias investigações, depois que forem comprovadas cientificamente. Pois em 2014 deve ocorrer uma avaliação do regulamento de Bruxelas: "Em minha opinião, o limite o máximo de cinco miligramas ou mesmo um miligrama que seja – esse é o limite técnico com o qual se pode produzir lâmpadas econômicas – é uma quantidade que não gostaria de ter no ar que respiro."
Será que a economia de energia prometida torna aceitável a taxa de mercúrio contida na lâmpada econômica? O porta-voz do Greenpeace Nicholas Schinerl calcula uma economia anual de cerca de 30 milhões de toneladas de dióxido de carbono. "De acordo com nosso cálculo, cerca de meia dúzia de usinas nucleares poderiam ser desligadas, se pudéssemos poupar luz dessa forma extensivamente", disse Schinerl. "Isso não é nada mal! Mas é claro que o Greenpeace não fica feliz com o fato de existirem eletrodomésticos contendo mercúrio."
A partir de 1° de setembro de 2012, somente as lâmpadas de eficiência energética de classe C poderão ser lançadas no mercado, o que significará o fim da lâmpada tradicional.
Fonte: Alexander Musik (md)/Deutsche Welle

Heineken Brasil quer ser a cervejaria mais verde do mundo até 2020


Consciente de seu papel em relação à sustentabilidade, a Cervejaria Heineken quer atingir sua ambição de ser a cervejaria mais verde do mundo até 2020 por meio da melhoria contínua de suas atividades.
 
A plataforma criada pela empresa possui três objetivos estratégicos: melhorar o impacto ambiental das marcas e negócios da Heineken, capacitar as pessoas e as comunidades em que a empresa opera e impactar positivamente o papel da cerveja na sociedade.  
 
As metas foram lançadas no Brasil no ano passado, quando a cervejaria se consolidou no país com a aquisição da divisão de cervejas da FEMSA. A companhia implementou o seu programa em suas oito fábricas no Brasil: Jacareí (SP), Araraquara (SP), Gravataí (RS), Ponta Grossa (PR), Cuiabá (MT), Feira de Santana (BA), Pacatuba (CE) e Manaus (AM).
 
No Brasil, a cervejaria já implantou algumas ações que vêm cooperando para tornar a empresa a mais “verde” do mundo. Uma delas é o Comitê de Bacias hidrográficas, focado na preocupação da escassez de água nos rios. A metodologia aborda o controle do uso da água nas comunidades, indústrias, agropecuária e outros setores e da qualidade do efluente devolvido nos rios.
 
Outra preocupação da empresa é a redução de consumo de água nas cervejarias. O programa existente no Brasil já economiza o equivalente a 38 piscinas olímpicas cheias por ano. Comparando-se com a referência internacional de 6l de água/l de cerveja, o consumo médio da empresa é de 4,9 l de água/l de cerveja, o que significou, em 2009, uma economia de mais de 112 milhões de litros de água. 
 
Quanto ao consumo energético, a utilização de energia própria gerada por meio de biocombustível, biomassa e co-geração (que utiliza vapor) produz energia suficiente para abastecer por um mês mais de 230 mil residências com quatro pessoas que consumam a média de 200 KWh/mês, por um ano.
 
A Heineken Brasil tem seu índice de reciclagem superior a 98% dos resíduos da produção e permanece trabalhando para a melhoria contínua deste processo. Vale ressaltar que os resíduos de fermentação são utilizados tanto para a produção de ração animal como para elaboração de adubo.
 
Outras questões como tratamento de efluente e consumo responsável também são preocupações da empresa para que atinjam a marca de cervejaria mais verde em 2020.
A plataforma criada pela empresa possui três objetivos estratégicos: melhorar o impacto ambiental das marcas e negócios da Heineken, capacitar as pessoas e as comunidades em que a empresa opera e impactar positivamente o papel da cerveja na sociedade.  
 
As metas foram lançadas no Brasil no ano passado, quando a cervejaria se consolidou no país com a aquisição da divisão de cervejas da FEMSA. A companhia implementou o seu programa em suas oito fábricas no Brasil: Jacareí (SP), Araraquara (SP), Gravataí (RS), Ponta Grossa (PR), Cuiabá (MT), Feira de Santana (BA), Pacatuba (CE) e Manaus (AM).
 
No Brasil, a cervejaria já implantou algumas ações que vêm cooperando para tornar a empresa a mais “verde” do mundo. Uma delas é o Comitê de Bacias hidrográficas, focado na preocupação da escassez de água nos rios. A metodologia aborda o controle do uso da água nas comunidades, indústrias, agropecuária e outros setores e da qualidade do efluente devolvido nos rios.
 
Outra preocupação da empresa é a redução de consumo de água nas cervejarias. O programa existente no Brasil já economiza o equivalente a 38 piscinas olímpicas cheias por ano. Comparando-se com a referência internacional de 6l de água/l de cerveja, o consumo médio da empresa é de 4,9 l de água/l de cerveja, o que significou, em 2009, uma economia de mais de 112 milhões de litros de água. 
 
Quanto ao consumo energético, a utilização de energia própria gerada por meio de biocombustível, biomassa e co-geração (que utiliza vapor) produz energia suficiente para abastecer por um mês mais de 230 mil residências com quatro pessoas que consumam a média de 200 KWh/mês, por um ano.
 
A Heineken Brasil tem seu índice de reciclagem superior a 98% dos resíduos da produção e permanece trabalhando para a melhoria contínua deste processo. Vale ressaltar que os resíduos de fermentação são utilizados tanto para a produção de ração animal como para elaboração de adubo.
 
Outras questões como tratamento de efluente e consumo responsável também são preocupações da empresa para que atinjam a marca de cervejaria mais verde em 2020.

Fonte:jornal do meio ambiente

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Inaugurado posto do futuro


Inaugurado o Posto do Futuro Petrobras, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Numa parceria com a Intel, ele reúne as mais novas tecnologias de interatividade com o consumidor, que viverá uma nova experiência ao abastecer seu carro ou utilizar a conveniência da loja BR Mania. O posto-conceito também se destaca por uma estrutura inédita no país em eficiência energética e sustentabilidade ambiental.
O presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, destacou na inauguração que o Posto do Futuro é um desdobramento natural da vocação de inovação da companhia: "Acabamos de completar 40 anos de uma existência marcada desde seu início pela liderança de mercado, pela busca de novas oportunidades de negócios e pela excelência em produtos e serviços. A tecnologia de ponta aplicada neste posto sinaliza para onde vai o mercado, e é onde a Petrobras Distribuidora estará".
Tecnologia
Sistemas inteligentes estão no coração do Posto do Futuro, que oferece ao consumidor um atendimento interativo personalizado. Para isso, conta com processadores embarcados de baixo consumo de energia (Intel Atom) e processadores de alto desempenho da 2ª geração da família Core.
Ao entrar com seu carro no Posto do Futuro, o motorista cadastrado terá seu veículo identificado por câmeras dotadas de capacidades de reconhecimento e sensores RFID ligados a painéis de mídia. Isso permitirá um atendimento individualizado e ofertas como o melhor momento para realizar uma troca de óleo ou outros serviços periódicos.
Os recursos de ponta se estendem a outras áreas: Na loja de conveniência BR Mania, os clientes terão acesso a serviços interativos como jogos eletrônicos, a possibilidade de "postar" fotos em sites de mídias sociais e muito mais.
Já no Lubrax+, o consumidor terá ofertas de produtos e serviços mais adequados para seu perfil.
A tecnologia também está presente nos bastidores - como gerenciamento remoto e segurança digital pró-ativa, que garantirão a integridade dos sistemas inteligentes e a qualidade do atendimento digital personalizado ao consumidor. Os dados dos clientes também serão tratados de forma totalmente segura, protegidos por avançados recursos de proteção.
"A parceria entre a Petrobras Distribuidora e a Intel tem como objetivo construir um futuro sustentável, inteligente e eficiente para a indústria de serviços, modificando a experiência e aumentando a satisfação do consumidor por meio da aplicação de tecnologias de ponta", comentou o presidente da Intel Brasil, Fernando Martins. "O Posto do Futuro, totalmente desenvolvido no Brasil, é um modelo para a indústria em todo o mundo e um exemplo da criatividade brasileira na aplicação de tecnologias de última geração".
Sustentabilidade
O projeto do Posto do Futuro envolve modernos sistemas de eficiência energética e sustentabilidade ambiental. Entre eles, temporizadores mecânicos em torneiras, uso de água de chuva para regar os jardins, limpeza de pisos e lavagem de carros.
A reciclagem da água de lavagem de veículos pode reduzir o consumo do posto em 50%.
O chamado "telhado branco", o uso de iluminação zenital, de indução magnética e de leds, também aponta para uma redução expressiva do consumo total de energia.
A energia solar é outra atração no Posto do Futuro, utilizada para dois propósitos: numa estação para carga de veículos elétricos e no aquecimento de água para lavagem de veículos, o que reduz o uso de produtos químicos e volume de enxágüe em até 10%.
A energia eólica também está presente. Acumulada em baterias, ela alimenta as lâmpadas de leds da iluminação de emergência das entradas da pista de abastecimento.
Fonte: Agência Petrobras

Desing e sustentabilidade ganham termos de referência


O Sebrae em São Paulo publicou dois termos de referência para posicionar a entidade, parceiros e donos de micro e pequenas empresas em suas ações referentes ao design e à sustentabilidade. Com o Termo de Referência de Design, o Sebrae no estado pretende mostrar a área como ferramenta de gestão e não apenas como instrumento para finalização de processos ou produtos.
Para o responsável por Design e Economia Criativa no Sebrae em São Paulo, Ary Scapin, a gestão desse setor em uma empresa tem a finalidade principal de promover o posicionamento no mercado e desenvolver a identidade corporativa. "Mostramos que mais do que ter um produto ou serviço criativo, o empresário precisa incorporar em sua gestão a busca frequente de novos modelos que aumentem sua competitividade", afirma.
Outro termo de referência lançado refere-se à sustentabilidade. Segundo a consultora do Sebrae Dorli Terezinha Martins, a linha de ação da entidade diz respeito principalmente aos três pilares da questão: econômico, social e ambiental. "Desenvolvemos o Relatório de Iniciativa Verde, no qual o empresário receberá um retorno das ações de sustentabilidade em todas as áreas da empresa. Nosso objetivo é deixar os negócios mais preparados para processos que busquem competitividade, como os de certificação", informa.
Resíduos
No próximo ano, segundo Dorli, o Sebrae em São Paulo irá trabalhar com o tema "Resíduos e Energia", com cursos e palestras que começarão no interior até chegar à capital. "Estamos desenvolvendo consultorias específicas sobre o tema, além de cursos a distância", informa.
Em novembro deste ano, o Sebrae Nacional assinou um acordo como primeira instituição oficial apoiadora da conferência Rio + 20, que será realizada em junho de 2012. O objetivo do evento é verificar o que o Brasil tem feito sobre o assunto nos últimos anos e incorporar novos temas à discussão.

Fonte:Agência Sebrae

lixo eletrônico no local certo


A logística reversa consiste em extrair de bens já utilizados insumos para a produção de novos produtos. Essa é a técnica adotada pelo analista de informática João Batista de Barros, 53 anos, para reciclar material eletrônico. O empresário criou a empresa DIOXL em 2009 e contou com a ajuda do Sebrae no DF para colocar a ideia em prática. Em menos de três anos de existência, o negócio já começa a se expandir.
A empresa que, no início, reciclava apenas as partes de ferro e plástico, já começa a dedicar-se a placas de memória e processadores. "Vamos dar início à nova fase em janeiro. Já temos 12 toneladas de material estocado. O ideal é processar oito toneladas por mês", explica João.
Por meio da logística reversa, a DIOXL extrai, além do plástico e do ferro, substâncias poluentes como manganês, zinco e cloreto de amônia de equipamentos obsoletos. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de outros produtos. "São materiais muitos pesados que, se não tiverem a destinação adequada, contaminam o meio ambiente, principalmente o lençol freático", alerta o empreendedor.
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes. "A minha monografia foi focada no tratamento de resíduos eletrônicos pelo processo de reverter a matéria prima de um equipamento usado em insumo para outra máquina", reitera.
O trabalho passou pela banca do curso, mas João não se deu por satisfeito. Apresentou a ideia ao Sebrae no DF que avaliou a possibilidade de execução do projeto. Depois, recorreu de novo à instituição para elaborar o plano de negócios da empresa. "Foi o Sebrae também que ajudou a fazermos o registro da empresa e nos incentivou a alugar um espaço físico para a empresa que, antes, funcionava virtualmente e em salas compartilhadas", lembra João. Hoje, a DIOXL realiza a reciclagem dos produtos em um galpão alugado em Ceilândia.
"No começo foi tudo muito difícil. Não tínhamos recursos financeiros e nem parâmetros para estruturar a empresa e dar início às atividades de reciclagem. Graças ao apoio do Sebrae conseguimos levar a ideia inovadora adiante", conta. Atualmente, a empresa tem parcerias com cooperativas de material reciclado e conta com a ajuda de professores das universidades de Brasília e Federal do Rio Grande do Sul para dar início à reciclagem de circuitos internos de eletrônicos.
Fonte: Agência Sebrae

Projeto brasileiro traçará retrato 3D de tempestades

Esmiuçar as nuvens por dentro, medindo as gotas de chuva, o granizo e entendendo como os raios se formam, é o trabalho diário de um grupo de pesquisa brasileiro.
Desdobramento a médio e longo prazo desse esforço, que vai até 2014: tornar mais confiável a previsão das tempestades que assolam o país.
Além de mapear as chuvas mais violentas, os pesquisadores também investigam por que os raios tendem a aparecer em maior quantidade em determinadas regiões.
Tridimensional – “Temos equipamentos, como sensores e câmeras filmadoras, que estão acompanhando em tempo real as descargas elétricas. Temos um retrato 3D dos raios”, diz Carlos Augusto Morales Rodrigues, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
No futuro, diz o pesquisador, que integra a equipe do Projeto Chuva (como é conhecido o grupo que está “escaneando” as nuvens), será possível montar um eficiente sistema de alerta contra descargas elétricas.
O mesmo raciocínio vale para a questão das tempestades. O grupo já fez campanhas de medições nas regiões de Alcântara (MA), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
“O objetivo é fazer uma espécie de banco de dados com as informações coletadas dentro das nuvens desses locais”, diz Rodrigues.
Essas informações, depois, vão alimentar os modelos matemáticos usados pelos meteorologistas para refinar a previsão do tempo no país.
“Estamos terminando também as medições na região do Vale do Paraíba”, diz Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e coordenador do Projeto Chuva, o qual vai fazer mais três campanhas para coleta de dados.
Rumo ao sul - “Em 2012, vamos para Santa Maria (RS) e, nos anos seguintes, para Brasília e Manaus”, diz Machado. O projeto termina em 2014. Ele vai custar cerca de R$ 1,5 milhão, contando com verbas estaduais e federais.
No caso específico da campanha de campo em andamento na região do Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo, as medições que estão sendo feitas já ajudam, em tempo real, a Defesa Civil de cidades como São José dos Campos (interior de SP).
“É possível saber onde está chovendo e onde, por exemplo, existe um acúmulo significativo de chuva”, diz Machado, para quem o sistema de alerta está se comportando bem até agora.
É possível saber, também, a partir da rede de sensores espalhados pela região, onde estão caindo muitos raios e para onde os núcleos de tempestade vão se deslocar na meia hora seguinte.
No entanto, ainda que em cinco ou dez anos a previsão do tempo no Brasil possa ser mais precisa, em parte por causa dos dados do Projeto Chuva, o avanço pode ser menor do que o esperado se uma rede de radares não estiver olhando com mais frequência para o território nacional.
“Hoje, temos apenas 24 radares que cobrem o país”, afirma Rodrigues.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Instituto cria jogo baseado nos princípios da Carta da Terra

 O Instituto Harmonia na Terra lançou um jogo para incentivar a luta pela preservação de ecossistemas e por um mundo mais justo. Trata-se do game baseado nos princípios da Carta da Terra. Uma boa ideia para criar consciência ambiental brincando.
A Carta da Terra é uma declaração de 16 princípios éticos para uma sociedade sustentável formulada inicialmente na Eco 92, no Rio de Janeiro, e finalizada em conferência na França, em 2000.
O jogo foi criado pelos ambientalistas Guilherme Blauth, Patricia Abuhab, Cláudio Casaccia e Gisela Sartori Franco. Blauth, que também é um dos fundadores do instituto, acredita que na prática a Carta ainda é irreal. Então, o grupo desenvolveu o jogo por sete anos para assim difundir seu conteúdo e ajudar na divulgação para que alcance mais pessoas.
No game não há vencedores – ou todos ganham ou todos perdem. Este é o lado cooperativo de um jogo em que as regras podem, inclusive, serem recriadas. O tabuleiro tem formato de mandala com o globo terrestre ao centro, nas extremidades estão oito ecossistemas do planeta.
Ao invés de peças, o jogador se apropria de um dos objetos simbólicos, como uma pedra ou um anel, por exemplo. Cada um precisa alimentar uma reserva coletiva de energia, que é representada por sementes. Se um dos jogadores deixarem acabar a energia individual ou comum, todos perdem, pois o jogo trabalha com a ideia da coletividade.
Em todos os passos do jogo uma carta é retirada para sugerir debates ou estimular ações que não estão inseridas na brincadeira, mas que gere algum resultado efetivo. Entre os assuntos podem surgir infinitas discussões sobre como melhorar o planeta.
Ao fim da partida, o grupo apresenta um princípio da Carta da Terra de forma artística, que pode ser em mímica, música, teatro, desenho ou de outra forma que achar melhor. "O importante é a alegria ao jogar e a troca de saberes. Compartilhando experiências, aprendemos melhor", diz Blauth.
Os 16 princípios estão agrupados em quatro blocos: respeitar e cuidar da comunidade de vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, não-violência e paz.
O jogo esta à venda no site do Instituto Harmonia na Terra

Fonte:ciclo vivo

Facebook e Greenpeace se unem para incentivar o uso de energia limpa


Um comunicado divulgado recentemente pode ajudar a aparar as arestas entre o Greenpeace e o Facebook. Há cerca de dois anos, o Greenpeace lançou a Campanha Unfriend Coal para pressionar o Facebook a adotar energias limpas e renováveis, e não derivadas da queima de carvão, para abastecer suas centrais de dados. Na semana passada, o Facebook finalmente decidiu adotar uma estratégica amigável ao meio ambiente.
Segundo os planos anunciados, o Facebook concordou em utilizar “energias limpas e renováveis” em suas operações, e pretende ampliar a conscientização energética entre outras empresas de TI por meio do Open Compute Project.
“O Greenpeace e o Facebook trabalharão juntos para incentivar grandes consumidores de energia a abandonar o carvão e investir em energias renováveis”, afirmou Tzeporah Berman, co-diretor do Programa Internacional de Clima e Energia do Greepeace, em um comunicado de imprensa. “Esta opção por energias limpas e seguras ajudará a combater o aquecimento global, estruturar uma economia mais forte e comunidades mais saudáveis”.
"O Facebook espera que um dia nossas fontes primárias de energia sejam limpas e renováveis, e trabalhará com o Greenpeace e outras instituições para que este dia chegue mais rápido", declarou Marcy Scott Lynn, do programa de sustentabilidade do Facebook. "Demos um passo importante, já que agora nossa política de localização de centrais de dados dará preferência ao acesso fácil a energias limpas e renováveis”. E quais seriam exatamente essas fontes de energia limpa e renovável? Bem, parece que o Facebook ainda não determinou a quantidade exata de energia limpa que alimentará suas centrais de dados.
Segundo o comunicado de imprensa, além de trabalhar em parceria com o Greenpeace para alcançar a eficiência energética, "o Facebook também pretende estabelecer um diálogo com outras empresas sobre as fontes de energia que abastecem suas centrais de dados”. Em outras palavras, é ver para crer. Mas considerando que a empresa anunciou suas intenções publicamente e de braços dados com uma organização ambientalista de cuja vigilância é difícil escapar, o esforço pode representar um grande avanço do Faceboook – e talvez de toda a indústria de TI -  na ampliação do uso de energias limpas.
A energia consumida pelas centrais de dados representa mais de 2% da demanda total de eletricidade nos Estados Unidos, e a expectativa é que este número cresça até 12% por ano. Como o Greenpeace recorda, "vídeos, fotos e outros dados são armazenados em uma ‘nuvem’ que envia os dados para residências e escritórios em tempo real. Esta nuvem geralmente está localizada em áreas que dependem da eletricidade de fontes diversas, incluindo a queima de carvão, que afeta a saúde humana e o meio ambiente e é a maior geradora de poluição ligada ao aquecimento global. Se a nuvem fosse um país, seria o quinto maior em termos de consumo de eletricidade”.
Estamos ansiosos para descobrir o que esta parceria pode representar para o consumo de energia na indústria de TI. Se o Facebook está tomando este rumo, com o Greenpeace latindo nos seus calcanhares, o futuro é promissor.
Fonte:TreeHugger Brasil

Retrospectiva 2011: Os negócios mais sustentáveis





Empresa investe na eficiência energética dos produtos/Imagem: Divulgação

Em novembro de 2011, a ONG ambiental Greenpeace informou o resultado do seu relatório anual "Guia para uma eletrônica mais verde". Neste ano, a HP ultrapassou três posições e chegou ao topo do ranking mundial. Logo atrás dela ficaram Dell e Nokia.

Mais cedo, em julho, a empresa de consultoria em sustentabilidade Interbrand já havia divulgado o ranking global das marcas mais verdes de 2011. Em primeiro lugar, apareceu a japonesa Toyota com a produção do híbrido Prius, seguida pela 3M, Siemens, Johnson & Johnson e HP.


Petrobras, Natura e Bradesco representam o Brasil no ranking sustentável

Embora boa parte das empresas avaliadas atuem no Brasil, nenhuma delas têm origem no país. Mas em outro ranking, divulgado logo em janeiro de 2011, as marcas brasileiras Natura, Petrobras e Bradesco, ficaram entre as 100 empresas mais verdes do mundo, nas colocações 66ª, 88ª e 91ª, respectivamente.

Em geral, o trabalho de consultoria dessas lista considera indicadores como eficiência energética da empresa, emissões de dióxido de carbono (CO2), geração de resíduos, pagamento de impostos, capacidade de inovação, entre outros.

Planejamento de ações sustentáveis

A Petrobras, por exemplo, implantou dois desses indicadores no plano de negócios da empresa, neste ano: eficiência energética e redução de emissão de gees; além da diminuição da queima de gás natural de suas plataformas. Cerca de R$ 2,1 bilhões de dólares serão investidos nessas áreas até 2015.



Neste ano, foi a vez de outras empresas multinacionais iniciarem seus trabalhos na corrida por tornar seus produtos mais ambientalmente responsáveis. O projeto Sustentabilidade de Ponta a Ponta, da Walmart Brasil, desafiou companhias a se comprometerem em melhorar seus produtos, de modo que chegassem às prateleiras dos supermercados com níveis ambientais mais conscientes.

Alguns produtos das marcas Brastemp, Halls, Danone, L'Oréal, e Philips (entre outras) tiveram substituição no uso de alguma matéria prima ou modo de produção, para aumentar a eficiência energética e reduzir a emissão de gees.

Micro e pequenos negócios




Os micro e pequenos empresários também realizam ações de sustentabilidade, mesmo sem se dar conta disso. É o que afirma um levantamento realizado pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com 3.058 líderes de todo o país.

De acordo com o levantamento, apesar de 58% deles afirmarem não ter conhecimento sobre o tema, na prática, entre 61% e 80% já realizam algum tipo de ação sustentável, como controle de consumo de energia, água e papel, coleta seletiva e tratamento de resíduos tóxicos, tais como solventes, produtos de limpeza e cartuchos de tintas.

Avanço brasileiro contra greenwashing



Também em 2011, uma ação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) também contribuiu para a afirmação de uma política empresarial mais responsável. Em 7 de junho, foram anunciadas normas éticas para empresas que expõem suas práticas sustentáveis por meio da publicidade.

A medida reduz o espaço de anúncio para questões ligadas à sustentabilidade, deixando possibilidade apenas de divulgação de informações ambientais passíveis de verificação e comprovação, não cabendo menções genéricas e vagas. O objetivo é estimular as empresas a adotarem práticas sustentáveis verdadeiras por meio da publicidade consciente.

Fonte:Ecodesenvolvimento.org.br

10 Motivos para promover a hidreletricidade


Representantes de mais de 170 países chegaram a um consenso na Conferência de Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo (2002), e no 3º Fórum Mundial da Água, em Kyoto (2003): toda geração hidrelétrica é renovável e merecedora de apoio internacional. Leia, abaixo, as dez razões que os levaram a esta conclusão.

1. Hidreletricidade é uma fonte renovável de energia.

A hidreletricidade usa a energia da água corrente, sem reduzir sua quantidade, para produzir eletricidade. Portanto, todos os empreendimentos hidrelétricos, de pequeno ou grande porte, a fio d’água ou de armazenamento, enquadram-se no conceito de fonte de energia renovável.

2. A hidreletricidade viabiliza a utilização de outras fontes renováveis.

As usinas hidrelétricas com reservatório de acumulação oferecem flexibilidade operacional incomparável, uma vez que podem responder imediatamente às flutuações da demanda de eletricidade. A flexibilidade e capacidade de armazenamento das usinas hidrelétricas as tornam o meio mais eficiente e econômico para dar suporte ao emprego de fontes intermitentes de energia renovável, como a energia solar ou a energia eólica.

3. A hidreletricidade promove a segurança energética e a estabilidade dos preços.

A água dos rios é um recurso doméstico e, ao contrário do combustível ou gás natural, não está sujeita a flutuações de mercado. Além disso, a hidreletricidade é a única grande fonte renovável de eletricidade e sua relação custo-benefício, eficiência, flexibilidade e confiabilidade ajudam a otimizar o uso das usinas térmicas.

4. A hidreletricidade contribui para o armazenamento de água potável.

Os reservatórios das usinas hidrelétricas coletam a água da chuva, que pode então ser usada para consumo ou para irrigação. Ao armazenar água, eles protegem os aqüíferos contra o esgotamento e reduzem nossa vulnerabilidade a inundações e secas.

5. A hidreletricidade aumenta a estabilidade e a confiabilidade do sistema elétrico.

A operação dos sistemas elétricos depende de fontes de geração rápidas e flexíveis para atender às demandas de pico, manter os níveis de tensão do sistema e restabelecer prontamente o fornecimento após um blecaute. A energia gerada por instalações hidrelétricas pode ser injetada no sistema elétrico mais rapidamente do que a de qualquer outra fonte energética. A capacidade das usinas hidrelétricas de irem do zero à produção máxima, de forma rápida e previsível, as tornam excepcionalmente adequadas para atender às alterações de consumo e fornecer serviços ancilares ao sistema elétrico que mantenham o equilíbrio entre a oferta e a demanda de eletricidade.

6. A hidreletricidade ajuda a combater mudanças climáticas.

O ciclo de vida da hidreletricidade produz quantidades muito pequenas de gases do efeito estufa (GHG – “greenhouse gases”). Ao emitir menos GHG que usinas movidas a gás, carvão ou petróleo, a hidreletricidade pode ajudar a retardar o aquecimento global. Embora somente 33% do potencial hidrelétrico disponível tenha sido aproveitado, a hidreletricidade atualmente evita a emissão de GHG correspondente à queima de 4,4 milhões de barris de petróleo diariamente, em âmbito mundial.

7. A hidreletricidade melhora o ar que respiramos.

As usinas hidrelétricas não produzem poluentes do ar. Muito freqüentemente, elas substituem a geração a partir de combustíveis fosseis, reduzindo assim a chuva ácida e a fumaça. Além disso, os empreendimentos hidrelétricos não geram subprodutos tóxicos.

8. A hidreletricidade oferece contribuição significativa para o desenvolvimento.

As instalações hidrelétricas trazem eletricidade, estradas, indústria e comércio para as comunidades, desenvolvendo assim a economia, ampliando o acesso à saúde e à educação, melhorando a qualidade de vida. A hidreletricidade é uma tecnologia conhecida e comprovada há mais de um século. Seus impactos são bem compreendidos e administráveis, mediante medidas de mitigação e compensação de danos. Ela oferece um vasto potencial e está disponível onde o desenvolvimento é mais necessário.

9. Hidreletricidade significa energia limpa e barata para hoje e amanhã.

Com um tempo médio de vida de 50 a 100 anos, os empreendimentos hidrelétricos são investimentos de longo prazo que podem beneficiar diversas gerações. Eles podem ser facilmente atualizados para incorporar tecnologias mais recentes e têm custos muito baixos de operação e manutenção.

10. A hidreletricidade é um instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável.

Os empreendimentos hidrelétricos que são desenvolvidos e operados de forma economicamente viável, ambientalmente sensata e socialmente responsável, representam desenvolvimento sustentável em sua melhor concepção. Isto é, “desenvolvimento que atende hoje às necessidades das pessoas, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades” (Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987).

Fontes:Jornal do Meio Ambiente