terça-feira, 21 de maio de 2013

Corrida por mineração no fundo do mar gera polêmica


ONU avaliará quais empresas têm a capacidade técnica para explorar metais no leito oceânico
ONU avaliará quais empresas têm a capacidade técnica para explorar metais no leito oceânico /NERC
As perspectivas de uma "corrida do ouro" nas profundezas do mar, abrindo um polêmico caminho para a mineração no leito oceânico, estão mais próximas.
A ONU (Organização das Nações Unidas) recém-publicou seu primeiro plano para o gerenciamento da extração dos chamados "nódulos" - pequenas rochas ricas em minerais - do fundo do mar.
Um estudo técnico promovido pela Autoridade Internacional do Leito Oceânico (ISA, na sigla em inglês), o órgão da ONU que controla a mineração nos oceanos, diz que as companhias interessadas podem pedir licenças a partir de 2016.
A ideia de explorar ouro, cobre, manganês, cobalto e outros metais do leito oceânico foi considerada por décadas, mas só recentemente se tornou factível, por conta do alto preço das commodities e de tecnologias mais modernas.
Especialistas em proteção ambiental vêm advertindo há tempos que a mineração no leito oceânico pode ser altamente destrutiva e poderia ter consequências de longo prazo desastrosas para a vida marinha.
O próprio estudo da ONU reconhece que a mineração provocará "danos ambientais inevitáveis". Mas o relatório foi divulgado em meio ao que um porta-voz do órgão descreve como "um aumento sem precedentes" no interesse das companhias estatais e privadas.
Divisão de receitas
O número de licenças emitidas para a busca de minerais já chega a 17, com outras sete prestes a serem emitidas e muitas mais em análise. Elas cobrem vastas áreas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
De acordo com a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, a ISA foi estabelecida para estimular e administrar a mineração do fundo do mar para o benefício mais amplo da humanidade - com uma parcela dos lucros dirigida para os países em desenvolvimento.
Agora o órgão está dando o passo significativo de não só mais simplesmente manejar pedidos para exploração mineral, mas também considerar como licenciar as primeiras operações reais de mineração e como dividir as receitas.
"Estamos à beira de uma nova era de mineração do leito marinho profundo", disse à BBC o conselheiro legal do ISA, Michael Lodge.
A atração é óbvia. Uma análise do leste do Pacífico - uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados conhecida como zona Clarion-Clipperton - concluiu que mais de 27 bilhões de toneladas de nódulos poderiam estar misturadas à areia.
Essas pedras poderiam conter 7 bilhões de toneladas de manganês, 340 milhões de toneladas de níquel, 290 milhões de toneladas de cobre e 78 milhões de toneladas de cobalto - apesar de ainda não se saber o quanto disso é acessível.
Operações viáveis
De acordo com o estudo de planejamento, a ISA enfrenta o desafio de tentar garantir que os benefícios da mineração de nódulos cheguem além das próprias companhias e ao mesmo tempo fomentar operações comercialmente viáveis.
O plano se baseia em prover operadores com incentivos para assumir riscos no que poderiam ser investimentos caros sem perder a chance de os países em desenvolvimento receberem uma fatia das receitas.
A ISA tenta agora avaliar que companhias têm capacidade suficiente para desenvolver o trabalho, ainda que nenhuma empresa tenha experiência específica nessa nova modalidade de mineração.
Um fator chave na avaliação da ISA é a necessidade de salvaguardas ambientais, então o documento pede o monitoramento do leito marinho durante qualquer operação de mineração - apesar de os críticos questionarem se a atividade na profundeza dos oceanos pode ser policiada.
Debate
As perspectivas da mineração no fundo do mar já geraram um forte debate entre cientistas marinhos.
"Não creio que nós tenhamos a propriedade sobre o oceano profundo, no sentido de que possamos fazer o que quisermos com ele", afirma Jon Copley, biólogo da Universidade de Southampton (Reino Unido) e chefe de missão do navio de pesquisas britânico James Cook.
"Em vez disso, nós dividimos a responsabilidade por sua condução", diz ele. "Nós não temos um histórico bom em alcançar um balanço em nenhum outro lugar - pense nas florestas tropicais -, então a questão é: 'Será que conseguiríamos acertar?", questiona.
O também biólogo Paul Tyler, do Centro Nacional Oceanográfico, do ReinoUnido, adverte de que espécies únicas podem ser colocadas em risco.
"Se você limpa aquela área pela mineração, aqueles animais terão que fazer uma dessas duas coisas: ou se dispersam e colonizam outra fissura hidrotermal em outro lugar, ou eles morrem", comenta. "E o que acontece quando elas morrem é que a fissura se torna biologicamente extinta."
A química marinha Rachel Mills, da Universidade de Southampton, sugere um debate mais amplo sobre a mineração em geral, com o argumento de que todos nós usamos minerais e que as minas em terra são muito maiores do que seria qualquer uma no leito do mar.
Ela fez pesquisas para a Nautilus Minerals, uma empresa canadense que planeja explorar minas nas fissuras hidrotermais na costa da Papua Nova Guiné.
"Tudo o que nos cerca, e a maneira como vivemos, depende de fontes minerais, mas não nos perguntamos com frequência de onde eles veem", afirma. "Precisamos nos perguntar se há mineração sustentável em terra e se há mineração sustentável no mar. Acho que são as mesmas questões morais que devemos colocar se é nos Andes ou no Mar de Bismarck", diz.
Esse debate deve crescer mais com a proximidade cada vez maior do início das operações de mineração.
fonte: BBC

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

RECORDE MUNDIAL EM RECICLAGEM DE ÓLEO DE COZINHA É BRASILEIRO


Florianópolis acaba de bater um recorde mundial: agora a capital catarinense foi considerada pelo Guiness Book a cidade que mais recicla óleo de cozinha, com a marca de 18,7 mil litros em apenas um mês.
A façanha foi atingida graças à campanha Floripa no Guiness, promovida desde setembro pelo projeto ReÓleo, da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). A ideia era mobilizar toda a população da capital para superar a quantidade de 10 mil litros reciclados em 30 dias. No mesmo mês que a ação teve início, Florianópolis quase dobrou a meta.
Desde então, a capital catarinense reciclou mais de 200 mil litros de óleo de cozinha usado e, no final de janeiro, recebeu da equipe do Guinness Book o certificado de cidade que mais recicla o recurso. O feito será impresso na nova edição do Livro dos Recordes, que será lançada em novembro deste ano.
Fonte: Planeta Sustentável

Projeto quer reciclar 25 milhões de litros de óleo de cozinha até a Copa do Mundo de 2014



Até a Copa do Mundo de 2014, 25 milhões de litros de óleo de cozinha usados devem ser reciclados e transformados em biodiesel por meio do Bioplanet. O Bioplanet é um dos 96 projetos de promoção do Brasil na Copa apoiados pelo governo federal.
Como cada litro do óleo de cozinha gera um litro de biodiesel, a intenção é produzir, nos 15 meses que faltam para o início do Mundial, 25 milhões de litros de biodiesel. Para chegar ao combustível usado pelos veículos, o biodiesel é adicionado ao óleo diesel derivado do petróleo. Com isso, é possível produzir 125 milhões de litros de combustível B20 (diesel que tem 20% de biodiesel em sua composição).
Segundo o coordenador do Bioplanet, Vinícius Puhl, o combustível que será produzido em 40 cidades, sendo 12 cidades-sede da Copa, já começará a ser comercializado. Mas há a intenção também de usar o combustível produzido pelo projeto nos ônibus que transportarão as delegações das 32 seleções nacionais.
“Um litro de óleo usado contamina 25 mil litros de água. Hoje, dados da Casa Civil da Presidência da República informam que há um descarte inadequado, por 50 milhões de residências e pequenos estabelecimentos, de um volume de 1,5 bilhão de litros de óleo de cozinha. É um volume jogado no ralo da pia que vai parar nos nossos mananciais de água e no oceano”, disse Puhl.
O projeto espera coletar o óleo com a ajuda de 3 milhões de estudantes de todo o Brasil, que ganharão brindes de suas escolas, de acordo com o volume de óleo arrecadado, e de catadores de material reciclável. A ideia é envolver 10 mil catadores, que poderão ganhar até R$ 1 por litro de óleo de cozinha entregue ao Bioplanet.
“Existe a perspectiva de se ter um mercado, uma cadeia produtiva envolvendo a reciclagem do óleo de fritura. Mas além da questão financeira e econômica, há a questão da educação ambiental. A dona de casa que descarta o óleo na pia da cozinha não sabe o prejuízo que está causando ao meio ambiente. Além disso, o biodiesel polui menos também”, afirma o diretor de Diálogos Sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República, Fernando Matos.
O Plano de Promoção do Brasil para Copa, do governo federal, pretende usar o Mundial como vitrine para mostrar uma imagem positiva do país. Além da estratégia de comunicação feita pelo próprio governo, o plano apoia 96 iniciativas não governamentais.

Fonte: Agencia Brasil

Óleo de cozinha vai mover a Copa do Mundo

Os ônibus das 32 seleções que disputarão a Copa do Mundo de 2014 no Brasil vão usar combustível de óleo reciclado.


       O combustível B20 será usado nos ônibus das seleções na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Ele tem em sua composição 20% de um biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha reciclado. (Cortesia da Biotechnos)
O combustível B20 será usado nos ônibus das seleções na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Ele tem em sua composição 20% de um biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha reciclado. (Cortesia da Biotechnos)


SÃO PAULO, Brasil – A Copa do Mundo de 2014 vai ser movida a óleo de cozinha.
O transporte das 32 seleções será feito por ônibus movidos a B20, um combustível que é uma mistura de biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha reciclado (20%) com óleo diesel derivado do petróleo (80%).
O projeto do combustível, chamado de Bioplanet, faz parte de uma lista de 96 iniciativas escolhidas pelo governo federal para promover a imagem do Brasil, tendo a Copa do Mundo como pano de fundo. A chancela é o apoio institucional do governo, sem destinação de recursos.
Além dos ônibus das delegações, o B20 vai abastecer caminhões de cooperativas de reciclagem em várias regiões do país.
“O B20 pode substituir o óleo diesel mineral em todos os veículos de transporte de passageiros e cargas, motores estacionários [máquinas e equipamentos] e geradores de energia do país”, diz Vinicus Puhl, coordenador do projeto.
Criado pela empresa Biotechnos, de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, o projeto Bioplanet prevê a instalação de centros de reciclagem de óleo de cozinha em cerca de 40 cidades brasileiras que participam direta ou indiretamente da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo de 2014. A lista inclui as cidades-sedes e aquelasonde os times vão treinar ou se hospedar antes e durante as competições.
“A ideia do projeto é demonstrar o potencial criativo e inovador do Brasil e promover essa tecnologia genuinamente brasileira”, diz Puhl. “O Brasil é líder nessa área de energias renováveis e pode servir de exemplo para outros países.”
Segundo ele, a meta é coletar 25 milhões de litros de óleos residuais até julho de 2014. Como a proporção é 1 litro de biodiesel para cada litro de óleo, o projeto renderá 125 milhões de litros de biodiesel até a Copa.
Cerca de 3 milhões de estudantes e 10.000 catadores de materiais recicláveis vão participar da coleta de óleo de cozinha.
“Criamos uma estação de coleta na escola”, diz Sirlene Leal, diretora do Educandário Nilton Monteiro, do bairro Ricardo Albuquerque, no Rio de Janeiro. “Esta é uma forma de incentivar os alunos a buscarem novos caminhos para o futuro ambiental do planeta.”
O primeiro centro de reciclagem, ou “usina Bioplanet”, começou a funcionar em fevereiro no Polo Industrial de Sustentabilidade do Rio de Janeiro, em Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio.
Outras cinco já foram implementadas pelo Brasil e mais quatro estarão em funcionamento a partir de 15 de junho, de acordo com Puhl. Até junho de 2014, todas as 12 cidades-sedes terão suas usinas de produção do B20 em funcionamento.
“Ao usar o novo combustível, deixamos de poluir o solo e a água. O mundo todo pode se beneficiar com isso”, diz Edson Freitas, diretor da ONG Eccovida, parceira da Biotechnos na usina carioca.
A expectativa da Eccovida é que a usina do Rio gere 50.000 litros de biodiesel por mês.
A maior rede de cooperativas de catadores do Rio de Janeiro, a Recicla Rio, recolhe mensalmente 15 t de óleo de cozinha em quatro comunidades (Complexo da MaréComplexo do Alemão, Complexo da Penha, Complexo do Engenho da Rainha), além de bares e restaurantes da cidade.
Antes, o óleo coletado pela Recicla Rio era vendido para terceiros e revendido para empresas de sabão, entre outras. Agora é vendido exclusivamente para a usina Bioplanet.
“Queremos colocar o biodiesel para abastecer os cinco caminhões de coleta da Recicla Rio, o que vai gerar uma economia de 30% com combustível”, afirma o diretor da Recicla Rio, Luiz Carlos Santiago.
No Complexo do Alemão, onde moram cerca de 70.000 pessoas, a catadora Zilda Barreto da Silva, 57, diz que o projeto trará benefícios econômicos para os catadores.
“Recolhemos 2.000 litros de óleo de cozinha por mês. Antes, este óleo era vendido para atravessadores e nem sabíamos o destino. Agora ele vai para a usina e volta em forma de combustível para nossos veículos”, diz Zilda, que é presidente da Cooperativa dos Catadores do Complexo do Alemão.
A reciclagem do óleo de cozinha é fundamental para a preservação dos rios brasileiros. O país tem a maior reserva doce do planeta – 12% do total mundial. E cada litro de óleo despejado na rede de esgoto local polui 25.000 litros de água, segundo a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo.
“Infelizmente, as sobras do óleo de cozinha no Brasil costumam ir pelo ralo da pia”, diz Puhl. “Espero que o novo combustível seja o início de uma mudança cultural no país.”

Por Beth Matias para Infosurhoy.com


Que culpa tem o boi no aquecimento global?


Relatório indica que as emissões de gases efeito estufa da agropecuária cresceram 13% em dez anos. Flatulência e arroto dos animais liberam metano, um gás 25 vezes mais potente que o CO2

Bois e vacas em pasto

O metano (CH4) responde por metade da emissões de gases efeito estufa de todo o agronegócio
São Paulo – As emissões globais de gases de efeito estufa do setor agropecuáriosomaram 4,69 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente em 2010 (o ano mais recente com dados disponíveis), um aumento de 13% sobre as emissões de 1990, de acordo com um novo relatório do Worldwatch Institute.Por comparação, as emissões globais de CO2 provenientes dos transportes totalizaram 6, 7 bilhões de toneladas naquele ano, enquanto as emissões de energia elétrica atingiram 12, 4 bilhões de toneladas.
Não se engane pelos números, nem pela aparência bucólica e pacata dos animais. Apesar da agropecuária ter taxas inferiores às demais, o setor é o grande responsável pela liberação de metano na atmosfera, um gás de efeito estufa com potencial deaquecimento 25 vezes maior que o CO2.
Na ponta do lápis, o metano responde por metade da emissões de todo o agronegócio, que sozinho é responsável por 25% das emissões globais de GEE. A fermentação entérica - a digestão de materiais orgânicos pelos ruminantes - é a maior fonte dessa emissão, que é liberada pela flatulência e arrotos de animais, como vacas, cabras e ovelhas.
De acordo com o estudo, as emissões por fermentação entérica subiram 7,6% em todo o mundo entre 1990 e 2010, mas a variação regional foi alta. De 51,4% e 28,1%, respectivamente, na África e Ásia, enquanto as emissões na Europa e Oceania caíram 48,1% e 16,1%.
Essa redução significativa da Europa em emissões pode estar não só associada ao declínio de produção de carne bovina no continente entre 1990 e 2010, mas ao aumento do uso de grãos e óleos na alimentação do gado em vez de gramíneas.
fonte: , de 

Brasileiro cria turbina eólica de eixo vertical altamente eficiente


fonte: divulgação
O inventor brasileiro Antonio Bossolan é o responsável pela criação da “Turbina eólica de eixo vertical”, que é capaz de aproveitar até dez vezes mais a energia dos ventos que passam por ela. A inspiração surgiu pela necessidade de tornar os sistemas eólicos mais eficientes.
De acordo com Bossolan, as turbinas eólicas convencionais desperdiçam muita energia. Estas turbinas são capazes de captar a força dos ventos que correm apenas entre as pás, sendo que toda a parte da base, que também é ventilada, não retém a energia que passa por ela.
O modelo idealizado pelo brasileiro possui um grande número de pás móveis, instaladas por quase toda a sua estrutura e que se posicionam sempre com a face no sentido vertical na direção dos ventos e horizontal no sentido contrário dos ventos.
fonte: Ciclo Vivo
 Os conjuntos de quatro pás, em formato de cruz, podem ser empilhadas, ficando com a aparência de uma árvore, e tendo a finalidade de ocupar toda a base para, desta forma, captar ainda mais a energia dos ventos. Quanto maior as proporções da turbina, bem como o número de conjuntos de pás empilhadas, maior será o aproveitamento da energia eólica.
Antonio Bossolan, já possui patente nacional e internacional, mas ainda está em busca de parceiros e investidores para transformar o conceito em uma estrutura real.

domingo, 19 de maio de 2013

Resultados Projeto Salve Óleo

O Projeto foi e está sendo um sucesso! Arrecadamos quase 50 litros de óleo de cozinha usado e fizemos muito sabão! kkkk
Nossas expectativas pro próximo semestre são: criar um biodigestor e produzir o biodiesel com esse óleo usado...=D