segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Carro de cor clara pode ser mais econômico, aponta pesquisa

Todo mundo sabe que usar branco em um dia quente de verão é mais fresco do que usar preto, mas a novidade é que esse mesmo princípio científico também serve para carros. Um estudo da Berkeley Lab Environmental Energy Technologies Division, na Califórnia (EUA), mostrou que a simples escolha da cor do carro pode significar uma economia de até 1,1% na sua conta de combustível.

Segundo a pesquisa, carros de cor mais clara refletem, em média, 60% da luz do sol, e absorvem menos calor. Com isso, o veículo exige menos do ar condicionado para manter o interior fresco. Os mais reflexivos são os brancos e os pratas.
Carro claro reflete mais luz e poupa energia, segundo pesquisa.// Crédito: Divulgação
Mas, para quem não gosta destas opções, a cor escura ainda não foi descartada. Aquelas que foram feitas com tinta solar reflexivas conseguem manter o interior mais frio do que as tradicionais cores escuras.

 Comparação
Os pesquisadores usaram dois carros sedan, um prata e outro preto, que foram expostos ao sol. A temperatura registrada dentro do veículo prata ficou entre 5 º C e 6 ºC menor do que o carro preto.

Com isso, o carro prata precisou de 13% a menos da capacidade do ar condicionado para resfriar o ambiente em relação ao outro veículo.
Fonte:Revista Galileu

Estudo registra derretimento de geleiras no Himalaia chinês

A rápida elevação das temperaturas, causada pelas mudanças climáticas, está provocando o derretimento das geleiras chinesas na Cordilheira do Himalaia, um impacto que ameaça habitats, o turismo e o desenvolvimento econômico da região, alerta um estudo publicado nesta terça-feira (25).
Das 111 estações meteorológicas espalhadas pelo sudoeste da China, 77% demonstraram elevações significativas de temperaturas entre 1961 e 2008, segundo o estudo, publicado no periódico britânico “Environmental Research Letters”.
Nas 14 estações de monitoramento acima dos 4.000 metros, o salto neste período foi de 1,73 grau Celsius, aproximadamente duas vezes a elevação média global registrada ao longo do último século.
Cientistas liderados por Li Zhongxing, da Academia Chinesa de Ciências, identificaram três alterações em curso nas geleiras que poderiam ser causadas, pelo menos em parte, por esta tendência constante de aquecimento.
Segundo eles, a maior parte das geleiras examinadas demonstrou um “recuo drástico”, além de uma grande perda de massa.
O estudo também demonstrou que lagos glaciais, alimentados pelo gelo derretido de geleiras, aumentaram de tamanho.
“As implicações destas mudanças são muito mais sérias do que uma mera alteração da paisagem”, alertaram os cientistas.
“As geleiras integram milhares de ecossistemas e desempenham um papel crucial no sustento de populações humanas”, acrescentaram.
O sudoeste da China tem 23.488 geleiras, cobrindo uma área de 29.523 quilômetros quadrados, através do Himalaia e das montanhas Nyainqntanglha, Tanggula e Hengduans.
Mudanças no padrão de chuvas e das nevascas foram menos marcantes, mas ainda consistentes com as previsões de modelos de mudanças climáticas, afirmaram.
“É imperativo que determinemos a relação entre as mudanças climáticas e variações nas geleiras, particularmente o papel das precipitações, uma vez que as consequências do recuo do gelo são muito abrangentes”, disse Li.

Fonte: G1

Cimento "transparente" deixa luz do sol entrar em prédios

Editora Globo


Entrada de luz solar diminui uso de energia elétrica nos edifícios


Uma empresa de arquitetura da Itália desenvolveu um "cimento transparente" que permite que a luz solar penetre nos ambientes, transformando as paredes em janelas gigantes.
O material foi batizado de i.light e tem centenas de orifícios minúsculos que permitem a entrada da luz sem comprometer a integridade da estrutura do edifício. Se observados de perto, é possível ver os pequenos burcacos de 2 ou 3 milímetros, mas quem olha de longe tem a impressão que a parede é transparente. 
Editora Globo
A tecnologia já foi testada em um edifício, o pavilhão italiano da World Expo em Xangai, no ano passado. Segundo a Italcementi, empresa que desenvolveu o produto, o uso do cimento perfurado pode economizar a mesma quantidade de energia que é economizada durante o horário de verão na Europa. No pavilhão italiano da World Expo, 40% da parede de 18 metros de altura foi composta pelo "cimento transparente". O produto já foi patenteado pela empresa italiana, que afirma não ter planos de exportar a inovação para outras partes do mundo a curto prazo.

Fonte:revista Galileu

Fukushima liberou o dobro da radiação declarada por governo japonês

Uma análise realizada pelo órgão europeu Norwegian Institute of Air Research concluiu que o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, acontecido em março deste ano, já liberou quase o dobro da quantidade de radiação declarada pelo governo japonês. Os pesquisadores examinaram estações de monitoramento de radiação do Japão, Estados Unidos e Europa.

O resultado diz que a quantidade liberada de césio-137 – isótopo que persiste na atmosfera e pode ser nocivo ao ser humano – foi cerca de duas vezes maior do que a estimativa oficial do governo local. O número se aproxima da metade da emissão causada em Chernobyl, em 1986 – considerado o pior acidente nuclear da história.

A pesquisa diz ainda que do material nuclear derramado, cerca de 20% da quantidade caiu sobre o Japão, mas a grande maioria está sob o Oceano Pacífico. Os efeitos sobre a vida marinha ainda são calculados. O governo nega, mas as piscinas usadas para armazenar combustível nuclear também desempenharam papel significativo na liberação do césio-137, desastre que poderia ter sido evitado por uma ação imediata.

O cientista líder da pesquisa, Andreas Stohl, adverte que o resultado ainda não é definitivo. As medições feitas imediatamente após o acidente são escassas e insuficientes, e alguns postos de monitoramento também foram contaminados por radioatividade e por isso não fornecem dados confiáveis. Além disso, o que aconteceu no interior dos reatores permanece desconhecido. O estudo, porém, fornece uma visão mais abrangente do acidente.


Fonte:Revista Galileu

domingo, 30 de outubro de 2011

7 bilhões de pessoas no mundo. O que isso significa para o planeta?


No final de outubro, a população do planeta Terra superará os 7 bilhões de habitantes, o que acarreta grandes desafios para o equilíbrio global: mais pessoas, mais bocas para alimentar e maior pressão sobre os recursos naturais para produzir bens materiais para esses indivíduos. O que fazer diante desta questão?
O Instituto Worldwatch lançou um comunicado em que propõe duas estratégias: fornecer mais informações e recursos para o planejamento familiar entre mulheres, e reduzir significativamente o consumo de energia e de recursos naturais.
A primeira estratégia, focada no controle da natalidade, aponta que duas de cada cinco gestações do mundo são indesejadas, e mais da metade delas chegam a termo, o que contribui para o crescimento da população.
“Se todas as mulheres tivessem a capacidade de decidir quando querem ter filhos, a média mundial de nascimentos cairia imediatamente para abaixo do valor de ‘fertilidade de substituição’, um pouco mais de dois filhos por mulher. Se isso acontecesse, a população chegaria a um ápice e, depois, cairia de forma gradual, possivelmente muito antes de 2050”, ressalta o comunicado.
No entanto, neste momento a decisão das mulheres de ter filhos ou não é afetada pela pressão do parceiro, da família ou da sociedade, e os métodos contraceptivos, assim como a informação e aconselhamento, não são amplamente difundidos.
O Instituto Worldwatch não é o único apontar o controle de natalidade como questão fundamental no enfrentamento dos problemas ambientais. Em 2009, essa já era considerada uma das dez ideias mais importantes para salvar o mundo.
A segunda estratégia não é nenhuma surpresa: à medida que a população aumenta, é preciso que os seres humanos consumam menos recursos e desperdicem menos alimentos.
“Os seres humanos utilizam de 24 a 40% da produção fotossintética do planeta para obter alimentos e para outros fins, e mais da metade do fluxo de água doce renovável”, informa o Instituto. E não é só isso. De acordo com a Organização Mundial das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, os países industrializados desperdiçam anualmente 222 milhões de toneladas de alimentos.
Diante das constantes discussões sobre como poderemos alimentar uma população em crescimento, parar de jogar comida fora é essencial.
Apesar de esses assuntos parecerem grandes demais para uma abordagem individual, o ideal é que cada pessoa promova seus conhecimentos a respeito dentro do meio onde vive. Por exemplo, pais e professores podem informar as adolescentes sobre métodos anticoncepcionais, e qualquer pessoa pode vitar o desperdício de alimentos e incentivar outros a fazer o mesmo.
Com a finalidade de refletir sobre a questão do aumento populacional, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lançou a campanha “7 bilhões de ações”, que busca reconhecer e divulgar ações realizadas por pessoas e organizações ao redor do mundo para o combate deste problema.
Fonte:Treehugger Brasil

Cimento ecológico é capaz de retirar CO2 do ar


O dióxido de carbono (CO2) é considerado um dos maiores vilões do aquecimento global. O aumento da emissão deste gás, especialmente pela ação do homem, vem intensificando o efeito estufa – processo que retém parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre, fazendo com que o calor fique preso na atmosfera. Para ajudar a minimizar a emissão de CO2, uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) propõe uma alternativa inusitada, a partir da construção civil: a fabricação de um cimento ecológico capaz de "sequestrar" do ar as moléculas de dióxido de carbono.
A ideia é desenvolver um produto que possa reduzir os impactos da indústria de cimento, que apesar de fundamental para o setor de construção civil, gera impactos ambientais negativos. "A indústria de cimento, que é um dos constituintes mais importantes do concreto, é responsável pela emissão de cerca de 5 a 7% da emissão mundial de dióxido de carbono. Só no Brasil, para cada tonelada de clínquer produzido, que é como se chama a massa crua utilizada durante a fabricação do cimento, são liberados na atmosfera pelo menos 700 kg de CO2", justifica o Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, Romildo Dias Toledo Filho, que é coordenador do estudo e professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ – o Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da universidade.
Para encontrar a melhor rota de aplicação da tecnologia de "sequestro" de CO2 pelo cimento ecológico, Toledo está investigando as condições físico-químicas do material cimentício durante o processo de fabricação, em testes que estão em curso no Laboratório de Estruturas e Materiais (Labest/Coppe/UFRJ). Em vez do tradicional processo de "cura" utilizado pelos fabricantes de cimento, em que o concreto, inicialmente pastoso, endurece a partir de reações químicas com a água, o professor vem aproveitando o dióxido de carbono presente no ar para promover o endurecimento controlado do material, em uma reação química de carbonatação. "Fazemos a 'cura' do cimento em uma câmara com CO2, para que o gás se combine com o hidróxido de cálcio do material cimentício, 'seqüestre' o CO2 e forme carbonato de cálcio", detalha.
A próxima etapa dos experimentos, de acordo com o professor, é quantificar os benefícios da tecnologia verde. "Estamos empenhados em medir a quantidade total de CO2 que o cimento ecológico é capaz de resgatar do ar nos testes laboratoriais. Essa quantidade depende dos vários fatores que estamos analisando, como a composição do cimento e dos demais constituintes da mistura e o melhor momento para iniciar o processo de carbonatação durante a fabricação", explica Toledo, acrescentando que o "sequestro" de CO2 começa assim que a hidratação da pasta de cimento tem início, e pode levar algumas horas ou mesmo alguns dias, dependendo da composição.
Outro objetivo do projeto é aproveitar fibras naturais para a fabricação do cimento ecológico. Além de desenvolver cimentos capazes de 'sequestrar' o CO2 do ar, o professor Romildo Dias Toledo Filho pesquisa processos de fabricação de materiais a base de cimentos reforçados por fibras curtas de coco, sisal, juta e curauá. "Algumas fibras são mais resistentes que outras devido a composições químicas e características morfológicas diferentes, por isso estamos testando aquelas que podem gerar produtos de elevada performance mecânica e ambiental", destaca. Para Toledo, o uso de fibras naturais como matéria-prima para a produção do cimento pode elevar o potencial de sustentabilidade do material. "Ao optar pelo uso de fibras naturais, a quantidade de emissões e energia para produzir o material compósito é reduzida, uma vez que os reforços que seriam originalmente utilizados na composição do material são as fibras sintéticas, oriundas de fontes não renováveis, ou as fibras de minerais de amianto, que têm seu uso questionado devido aos riscos à saúde humana que seu uso pode trazer", diz.
Ao lado dos benefícios para o meio ambiente, o uso de fibras naturais no cimento teria impactos sociais positivos para o estado do Rio de Janeiro. O uso de fibras de coco na indústria de cimento, por exemplo, poderia movimentar a economia da região de Quissamã, no norte fluminense, reconhecida como a maior produtora de coco do estado. "O uso racional da fibra de coco como reforço ao cimento pode gerar renda e também contribuir para minimizar o problema ambiental da deposição de casca do fruto em aterros sanitários, que gera metano, outro gás responsável pelo aquecimento global", destaca.
Segundo o professor, o concreto é, de longe, o material de construção mais utilizado no planeta. O desafio é agregar valor ao produto, criando concretos para o desenvolvimento sustentável. "Em países emergentes, como o Brasil, Rússia, China e Índia, com forte crescimento econômico, a demanda pelo uso de concreto é grande. Nenhum outro material poderá, tão cedo, substituí-lo. Daí a necessidade de criar alternativas sustentáveis para o produto", conclui. O estudo rendeu a publicação de artigos em revistas científicas internacionais, como a Cement and Concrete Composites, Cement and Concret Research, Materials and Structures, Construction and Building Materials e Journal of Environmental Management.
Sobre o cimento
Uma das mais antigas evidências de uso do cimento está nas pirâmides do Egito. Para erguer as suntuosas pirâmides, os egípcios desenvolveram um tipo de cimento fabricado através de uma mistura de gesso calcinado. Já na Roma Antiga, há cerca de dois mil anos, surgiu o termo latino caementu, palavra que deu origem ao termo "cimento" utilizado hoje. O químico e pedreiro britânico Joseph Aspdin foi o primeiro a fabricar o cimento artificial, produzido com metodologia científica. Ele o batizou como "cimento Portland", em referência à Portlandstone, pedra arenosa usada em construções na região de Portland, na Inglaterra. Em geral, a fabricação do produto leva em conta quatro matérias-primas: argila, calcário (tipo de rocha sedimentar encontrada abundantemente na crosta terrestre), minério de ferro e gesso.
Fonte: Débora Motta/Faperj

Brasil poderá ser líder mundial no consumo de biodiesel


O diretor de Biodiesel da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes, destacou as tendências para o desenvolvimento do setor e traçou um panorama com a atual situação do país na área de biocombustíveis, na quarta-feira (26/10), em palestra que integrou a programação do 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, em Natal (RN). A Petrobras prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões na produção de biodiesel e etanol até 2015.
Em sua palestra, o diretor ressaltou a qualidade da matriz energética brasileira, fundamentada em energias limpas. No biodiesel, o país possui hoje 60 unidades que produzem aproximadamente 2,35 bilhões de litros por ano. "A expectativa é que até o final de 2011 sejam consumidos mais de 2,5 bilhões de litros somente no Brasil, colocando o país como líder mundial no consumo do biodiesel", informou Fontes.
No segmento de etanol, o país conta com 423 usinas e uma produção de cerca de 27 bilhões de litros por ano. "O Brasil tem uma grande vocação para a produção de biocombustíveis e energias renováveis como um todo em razão das suas condições ambientais privilegiadas", comentou.
Fontes disse ainda que uma tendência nesta área são os investimentos para o desenvolvimento de tecnologias que buscam a consolidação de rotas de segunda geração com foco na produção de biocombustíveis a partir de resíduos como o bagaço de cana.
A previsão é de investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões na produção de biodiesel e etanol entre 2011 e 2015 dentro no Plano de Negócios da Petrobras, que também prevê US$ 300 milhões para a pesquisa e desenvolvimento no setor.
O 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, que reuniu pesquisadores e estudantes da área de Engenharia, na sexta-feira (28/10) no Centro de Convenções em Natal.
Fonte: Agência Petrobras 

sábado, 29 de outubro de 2011

Já somos 7 bi



Dia 31 de outubro, próxima segunda-feira, seremos 7 (sete!) bilhões de seres humanos dividindo espaço, recursos e alimentos neste planeta. Não é mera previsão, é fato. Está, inclusive, no Relatório sobre a situação da população mundial 2011 – Pessoas e possibilidades em um mundo de 7 bilhões, minucioso estudo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado esta semana.
Coincidentemente, uma colega de trabalho, a Cris Catussatto, está para receber a chegada do seu segundo filho nestes dias. E isto nos fez pensar, na redação, em quais serão os desafios do pequeno Sevenson (sugerimos este nome em homenagem à data, mas a Cris não gostou muito).
Vamos ter que exercitar ainda mais aquela premissa de que é preciso respeitar para ser respeitado. Isso vale para tudo: o vizinho, o filho, o motorista do lado, o meio ambiente. Porque senão, vai ficar difícil conviver diante dos “desafios formidáveis” do qual falou, em entrevista coletiva o diretor executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, que é médico e ex-ministro da Saúde da Nigéria. “Da Primavera Árabe aos acampamentos em Wall Street, as pessoas estão pedindo mudanças. Eles são jovens, parte da mais jovem geração que o mundo conheceu, e eles são determinados”, disse.
Os oito capítulos do estudo incluem temas como a juventude, que já soma mais de 2 bilhões de pessoas, o envelhecimento de uma parcela cada vez maior da população mundial e as altas taxas de fertilidade. Aborda também questões como segurançapobreza,migraçõesurbanização e o crescimento das cidades, além de como compartilhar com essa multidão os recursos do planeta, cada vez mais explorados e escassos.
Merece ser lido – nem que seja apenas os primeiros parágrafos de todos os seus capítulos – para ter uma visão geral do porque é preciso praticar a sustentabilidade, mudar hábitos, racionalizar a forma como vivemos. Já no prefácio da publicação, Babatunde Osotimehin sugere que “Ao invés de indagar questões como ‘Somos uma população grande demais?’ deveríamos perguntar: ‘O que posso fazer para melhorar o mundo em que vivemos?’ ou ‘Como podemos transformar nossas cidades em constante crescimento em forças a favor da sustentabilidade?’”
Fico imaginando: a situação do mundo estará melhor ou pior quando o rebento da Cris for um adolescente? A resposta tem relação direta com as atitudes que estamos tomando hoje.
Imagem – Creative Commons
texto:Afonso Capelas Jr
fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bike Rio

Bike Rio é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o banco Itaú e o sistema de bicicletas SAMBA.

As bicicletas do Bike Rio estão disponíveis em estações distribuídas em pontos estratégicos da cidade, caracterizando-se com uma solução de meio de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.

Sobre o Samba 
O Sistema de Bicicletas Públicas SAMBA - Solução, é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, visando oferecer à cidade uma opção de transporte sustentável e nâo poluente. Implantado e operado pela empresa SERTTEL, o projeto conta com 60 estações e 600 bicicletas, distribuídas nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Urca, Flamengo e Centro.

Conceitos do projeto
O Sistema SAMBA é composto de estações inteligentes, conectadas a uma central de operações via wireless,  alimentadas por energia solar, distribuídas em pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro, onde os usuários cadastrados podem retirar uma bicicleta, utilizá-la em seus trajetos e devolvê-la na mesma, ou em outra estação. 
Este Projeto tem com objetivo

Introduzir a bicicleta como modal de Transporte Público saudável e não poluente.
Combater o sedentarismo da população e promover a prática de hábitos saudáveis.
Redução dos engarrafamentos e da poluição ambiental nas áreas centrais das cidades.
Promover a humanizãção do ambiente urbano e a responsabilidade social das pessoas.


Estação de aluguel
Gerenciada por computador;
Uso de Energia solar
e comunicação wireless;
Painel com Instruções de uso e mapa com a localização das estações;
Diversos modelos de estações;
Dispositivos eletromecânicos de travamento e liberação das bicicletas;
Lâmpadas de sinalização;
Liberação da bicicleta via aplicativos inteligentes para telefone celular;
SAIBA MAIS

FONTE: www.movesamba.com.br


Bioplástico feito de cana-de-açúcar


No Brasil, a mesma fonte que provém o etanol para os motores dos carros, a cana-de-açúcar, vem sendo utilizada pela indústria na fabricação de embalagens de plastico.

Na produção de combustíveis automotivos ou de produtos plásticos, a dependência do petróleo é um desafio a ser vencido na luta pela diminuição das emissões de gás carbônico. Na China e nos Estados Unidos, a maior parte das pesquisas no setor tem buscado no amido (retirado principalmente do milho) uma alternativa. No Brasil, a mesma fonte da qual provém o etanol para os motores dos carros vem sendo utilizada pela indústria na fabricação de
embalagens de plástico.

É da cana-de-açúcar que o chamado plástico verde (ou bioplástico) é elaborado. No Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, uma parceria com uma petroquímica rendeu a descoberta de uma forma nova de obtenção do polipropileno. "Esse tipo de plástico já é viável em termos comerciais. No futuro, teremos diversos polímeros gerados de outras fontes sustentáveis", explica Kleber Franchini, diretor do LNBio. Especialistas advertem, no entanto, que nenhuma matéria-prima garante a obtenção de algum plastic que seja 100% biodegradável, ainda.

Fonte: Planeta Sustentável

Governo lança medidas para acelerar licenciamento ambiental em obras


O governo federal publicou nesta sexta-feira (28) sete portarias que tratam de um pacote de resoluções que visam acelerar o licenciamento ambiental de obras de infraestrutura.
Apelidado pela ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) de "choque de gestão ambiental", trata-se de um conjunto de portarias que visam regularizar empreendimentos que funcionam há décadas no país sem licença do Ibama e estabelecer normas mais claras para a concessão de licenças nos setores de petróleo e gás, portos, rodovias e linhas de transmissão.
Entre as novidades do pacote está o licenciamento da exploração de petróleo "offshore" por polígonos: ou seja, em um mesmo conjunto de blocos será dada uma licença só em vez de uma para cada poço. Também ficará determinado que as licenças serão mais simples quanto menor for a sensibilidade ambiental da área (medida em profundidade e distância da costa).
Os 40 portos do Brasil que funcionam sem licença, entre eles os de Santos e Paranaguá, terão 720 dias para entregar ao Ibama estudos de impacto ambiental de suas atividades. Depois disso, terão sua operação licenciada e não precisarão mais pedir uma licença ambiental a cada dragagem de manutenção que precisarem sofrer.
Também serão regularizados 55 mil quilômetros de estradas já asfaltadas que operam sem licença (entre elas partes da BR-101 e da BR-116). Após a regularização, que terá prazo de 20 anos para ser concluída, as estradas não precisarão mais de licenças ambientais toda vez que for necessária uma obra em sua faixa de domínio, como acessos, viadutos e terceiras faixas.
Também serão alterados procedimentos internos de licenciamento do Ibama e de órgãos que participam do processo, como a Funai (Fundação Nacional do Índio), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Esses órgãos terão um prazo definido para enviar ao Ibama os termos de referência, ou seja, os itens que deverão constar do processo de avaliação ambiental de uma obra que afete sítios arqueológicos (no caso do Iphan) ou terras indígenas (no da Funai). Os termos de referência terão validade de apenas dois anos. Ou seja, se o empreendedor demorar demais para entregar os estudos de impacto, perde a chance e tem de recomeçar o processo.
As exigências dos termos de referência e das condicionantes ambientais também serão padronizadas. Elas não incluirão medidas compensatórias que não tenham relação direta com a obra. Por exemplo: a Fundação Palmares, que cuida dos remanescentes de quilombos, não vai mais poder exigir que uma empresa que ganhou a obra de uma rodovia que afeta terras quilombolas pague tratamento dentário para a população, como já aconteceu.
O Ibama só poderá solicitar uma vez ao empreendedor a complementação dos estudos de impacto. Isso deve acabar com o vaivém de pedidos que atrasa as obras. Em compensação, o empreendedor também só poderá responder uma vez aos questionamentos do Ibama. Se não esclarecer todos os itens do pedido, afirma o órgã, a licença será negada. A ideia é forçar um aumento na qualidade dos EIA-Rimas (estudos e relatórios de impacto ambiental).
O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, ressaltou que as portarias não visam flexibilizar o licenciamento, e sim dar-lhe eficiência.
"Não estamos fazendo nenhuma alteração nas normas já existentes. Estamos elaborando procedimentos para preencher lacunas ou para tornar mais claro o que a norma preexistente quer", afirmou Trennepohl.
O órgão afirma que seu setor de licenciamentos está sobrecarregado, com um crescimento de 700% entre 2000 (251 processos) e 2011 (1.829 processos), o que faz com que o Ibama seja frequentemente acusado pelo atraso nas obras.
Marília Marreco, assessora especial do Ministério do Meio Ambiente, afirma que as mudanças decorrem de uma necessidade de regulamentação das próprias leis de licenciamento. Segundo ela, a legislação de licenciamento existente hoje "não faz distinção entre um posto de gasolina e uma usina nuclear".
Fonte: Folha de São Paulo

Projeto prevê instalação de placas fotovoltaicas em comunidades amazônicas


A 6ª Feira Internacional da Amazônia (Fiam), em Manaus, apresentou na última quarta-feira (26) projetos de soluções energéticas que prevêem a implantação de energia solar fotovoltaica em 12 comunidades do Amazonas.
O projeto será inicialmente implantado em Parintins, no interior do estado. Nesta fase de teste, cada casa deve ganhar um teto solar. Posteriormente, o modelo será instalado em outras regiões amazônicas.
"Buscamos projetos que tenham aplicações sustentáveis na Amazônia e para isso, estamos fazendo o projeto que utiliza o sistema fotovoltaico no interior. São localidades difíceis de atender até mesmo levando óleo diesel", explica o engenheiro da empresa Amazonas Energia, José Carlos Medeiros.
A iniciativa também pode ser útil a comunidades distantes, que não possuem energia elétrica em suas residências. Além da energia solar, pesquisadores afirmam que a região tem condições de desenvolver outros tipos de energia renovável.
A Fiam acontece no Studio 5 Centro de convenções, na Zona  Sul de Manaus, até o próximo sábado (29). A feira é considerada o maior evento multissetorial do Amazonas. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), estima que o evento consiga movimentar cerca de US$ 12,5 milhões de dólares. Com informações do G1.
FONTE: CicloVivo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Workshop: A Ética da Sustentabilidade

Workshop: A Ética da Sustentabilidade
Local: Casa Jaya. R. Capote Valente, 305. Pinheiros. São Paulo
INFORMAÇÕES

PNRS: O caminho sustentável do nosso Lixo


Local: Casa Jaya. R. Capote Valente, 305. Pinheiros. São Paulo
INFORMAÇÕES

Senado aprova lei que enfraquece Ibama



O Senado aprovou nesta terça-feira,25, por 49 votos a 7 um projeto de lei que, na prática, tira do Ibama o poder de multar desmatamentos ilegais.
O projeto regulamenta o artigo 23 da Constituição, que define as competências de União, Estados e Municípios na fiscalização de crimes ambientais.
O texto original, do deputado Sarney Filho (PV-MA), visava estabelecer atribuições dos entes federativos para melhorar o combate ao tráfico de animais. Porém, uma emenda de última hora inserida na Câmara alterou o texto, estabelecendo que a autuação só poderia ser feita pelo órgão licenciador. Como o licenciamento para desmatamentos é feito pelos Estados, o Ibama, na prática, ficaria sem poder de autuar.
No ano passado, a então senadora Marina Silva (PV-AC) tentou corrigir a distorção, apresentando três emendas ao projeto. Todas elas foram rejeitadas na Comissão de Constituição e Justiça pela senadora ruralista Kátia Abreu (PSD-TO), relatora na CCJ.
Tanto Marina quanto seus sucessores no Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc e Izabella Teixeira, tentaram barrar a proposta (batizada de PLC no. 1), por entenderem que os Estados e municípios são menos estruturados para fiscalizar e/ou mais sujeitos a pressões políticas do que o Ibama.
A bancada ruralista comemorou a aprovação.
"Vamos tirar essas prerrogativas ditatoriais do Ibama. O Ibama quer parar o Brasil, não vai parar, não!", vociferou Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
"Habituou-se no Brasil a achar que os órgãos federais são mais honestos que os estaduais e municipais. Não podemos tratar a Federação desta forma. O Ibama não é a Santa Sé, ele não está acima de qualquer suspeita, não", disse Kátia Abreu.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, disse que a proposta é um retrocesso.
"Num momento em que nós estamos fazendo um grande esforço para votar um Código Florestal que reduza desmatamento no nosso país, reduzir as prerrogativas do Ibama me parece um erro grave."
fonte: Folha de São Paulo

Celular de grafeno indicará maior concentração de CO2


Físicos preveem que, em no máximo dez anos, os celulares feitos à base de grafeno indicarão aos seus usuários as regiões onde há maior concentração de CO2 nas cidades, com a intenção de auxiliá-los a traçar percursos mais saudáveis para ir ao trabalho.


Imagine a seguinte cena, possível dentro de no máximo dez anos: o cidadão sai de casa e resolve caminhar até o trabalho. Decide a princípio por um trajeto que passe por praças e evite ruas poluídas. Para isso, saca do bolso um dispositivo móvel, dobra-o na forma de um bracelete, depois o coloca no pulso. Segundos depois, o aparelho comeca a mostrar a direção a ser seguida. Mas, de repente, comeca a bipar um alerta, avisando maiores concentrações de CO2, captadas por seus sensores. O caminhante opta então por outra direção, repleta de árvores, indicada no ícone que pisca na tela.

Assim será o "celular do futuro", à base de grafeno, cujas redes hexagonais de átomos de carbono são transparentes, mais difíceis de romper que o aço e excelentes condutoras de eletricidade. O material foi identificado em 2004, quando os físicos André Geim e Kostya Novoselov descascaram um pedaco de grafite, com a ajuda de uma fita adesiva, e produziram uma folha de carbono da espessura de um átomo. Para o engenheiro elétrico Tapani Ryhänen, "o grafeno faz parte da seleção dos nanomateriais que se apresentam como ferramentas para a construção de uma fase nova do progresso humano".

O finlandês acredita que, nos primeiros estágios, tais materiais vão melhorar as atuais tecnologias, "mas depois vão alterar a maneira como as pessoas interagem com o mundo físico, o ambiente e o próprio corpo".

fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Batavo apresenta a embalagem sustentável

A nova embalagem é feita de papel com certificação FSC™ (Forest Stewardship Council). Este papel vem de florestas que foram plantadas para tal finalidade. FSC™ é uma das certificações florestais mais respeitadas do mundo. Quando você vê o selo FSC™ em uma embalagem pode ter certeza de que a matéria-prima utilizada em sua produção foi obtida com responsabilidade para com o meio ambiente, trabalhadores e comunidades próximas.


Fonte:Mundo Batavo

Entenda o mundo batavo


O Mundo Batavo não para de se desenvolver e você pode ajudar a construí-lo! Doando virtualmente caixinhas de leite, você contribui para a finalização de quatro obras virtuais:


• Um hospital.
• Uma escola.
• Um teatro.
• Um estádio.

Só que neste mundo, com a sua doação virtual, a Batavo doa leite de verdade para o município de Buriti Alegre em Goiás que conta com 9.054 habitantes e renda média per capita de apenas R$ 230,00.

A Brasil Foods, empresa detentora da marca Batavo, acredita  na união de esforços para a promoção do desenvolvimento local, sendo o fortalecimento da educação um dos caminhos para se construir este mundo melhor. Por isso, a BRF apoia projetos educacionais ao redor do país que sejam relevantes para cada realidade local como, por exemplo, no município de Buriti Alegre, onde desenvolve um trabalho há dois anos para  a melhoria da qualidade da educação infantil por meio da formação continuada de diretores, coordenadores, educadores e equipes de apoio da rede municipal. 

Você também pode ajudar através do seu clique! A cada 6 caixinhas de leite doadas virtualmente, a Batavo doará 1 litro de leite para instituições sem fins lucrativos de Buriti Alegre.

O Mundo Batavo é igualzinho à natureza, não desperdiça nada: nem embalagens, nem leite, nem o seu clique.
Participe e ajude a construir um mundo melhor!


Fonte:Mundo Batavo



onde reciclar?rota da reciclagem de embalagens longa vida

O site Rota da Reciclagem é mais uma ação da Tetra Pak a favor da reciclagem e em defesa do meio ambiente. Este espaço mostra de forma didática como qualquer pessoa interessada pode participar do processo de separação e entrega das embalagens longa vida para a reciclagem. Informa ainda onde estão localizadas as cooperativas de catadores, as empresas comerciais que trabalham com compra de materiais recicláveis e os pontos de entrega voluntária (PEV) que recebem embalagens da Tetra Pak.

Entenda os ícones

No site da Rota da Reciclagem você vai encontrar sempre três ícones nos mapas de entrega de material reciclável. São os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), conhecidos também como LEVs, as Cooperativas e os estabelecimentos comerciais. Todos estes locais recebem embalagens da Tetra Pak e são a porta de entrada da cadeia de reciclagem. Vamos conhecer melhor cada um deles:
Pev

PEV - (Ponto de Entrega Voluntária)

São os locais que recebem embalagens longa vida (entre outros materiais) para serem enviados à reciclagem. É o primeiro passo do processo, onde o material doméstico (pouco volume) geralmente é entregue. Boa parte das cidades já conta com estes postos, onde as pessoas podem depositar diretamente o material que separaram em casa.
Cooperativa

Cooperativas

Iniciativas sociais que trabalham com a coleta e triagem do material reciclável (inclusive embalagem longa vida) para beneficiamento e envio aos recicladores. A maior parte do material coletado vem do trabalho dos catadores cooperados ou dos programas de coleta seletiva municipais.
Comércio

Comércios

Locais que compram material longa vida (e outros materiais recicláveis) para beneficiamento e envio aos recicladores. Eles adquirem o material, geralmente em grande quantidade, principalmente das cooperativas. Após a fase da coleta, as embalagens longa vida, já enfardadas, são enviadas às empresas recicladoras, que vão se encarregar de separar os elementos que compõem as embalagens e transformá-los em matéria-prima para uma série de aplicações.

Você

Mostra a localização do endereço digitado para busca.
Fonte:Mundo batavo.com.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Folhas solares, o futuro da energia barata


Pesquisas com biomímica reduzem custos
A energia solar que atinge a Terra em uma hora é suficiente para produzir energia de um ano para o planeta, e futuristas como Ray Kurzweil dizem que poderemos ter uma civilização inteira movida por energia solar dentro de uma geração.
Mas isto não vai acontecer com as tecnologias em uso atualmente. Os painéis solares tradicionais podem ficar mais baratos, mas as leis da física dizem que eles não serão muito mais eficientes. Isto sem falar nos recursos para a construção de enormes fazendas solares que poderiam substuir um ou dois por cento do mix energético global.
Mas há outro jeito, emprestado diretamente da natureza: as “folhas solares”. Elas ajudam a defender a ideia de que, se conseguirmos produzir painéis solares de custo muito baixo, ninguém vai mais precisar de outra coisa nunca. Há várias abordagens sendo estudadas. Daniel Nocera, do MIT, está trabalhando com uma combinação de catalisadores que, como as folhas, convertem água diretamente em hidrogênio (que pode ser queimado ou usado em uma célula de combustível). Outro grupo de pesquisadores do MIT conseguiu imprimir células solares em papel, antevendo um futuro onde células solares poderão ser tão baratas quanto o jornal da manhã.
Transformar estes tipos de células solares em verdadeiros substitutos das fontes de energia atuais vão requerer uma tecnologia que não é apenas barata: ela vai ter de estar disponível. É nisto que trabalham pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chemnitz, da Alemanha. Ela acaba de publicar um trabalho sobre células solares que podem ser impressas pelo processo tradicional. Imagine uma papelaria em Nairobi imprimindo fitas solares de até 15 metros por minuto em uma única máquina, para se ter uma ideia. Estas folhas solares pode ser cortadas em qualquer extensão desejada e conectadas a uma bateria ou à rede elétrica de uma casa.
Célulares solares ainda requerem alum tipo de substrato (geralmente metálico), cuja adoção disseminada pode depletar reservas mundiais. Mas e se conseguirmos fazer células solares com nada além de carbono? Jiaxing Huang e colegas da Northwestern University estão trabalhando em uma célula solar que é feita de três formas diferentes de carbono. Todas as três podem ser misturadas em tubos cheios de água. É o que os químicos chamam de química aquosa. Isto torna a produção de energia biomimética do começo ao fim, e implica que algum dia teremos painéis solares impressos em papel com pouco mais que grafite como base.
Claro que não temos de esperar décadas para ver os efeitos que as folhas solares terão no êxito da energia solar. Os painéis de hoje, da espessura de uma película fina, e que são impressos num processo semelhante ao da impressão tradicional, já são um negócio de U$ 3 bilhões. Uma empresa de pesquisa diz que este mercado pode chegar a U$ 47 bilhões em 2017.
Películas finas não são eficientes como células solares de silício, mas a abundância de sol torna isso irrelevante. É só achar um espaço e espalhar painéis baratos. As plantas vêm cobrindo cada polegada da superfície da terra ha bilhões de anos, com folhas que são essencialmente painéis solares. Agora é nossa vez, diz a Fast Company.
Foto: Divulgação

Pesquisadora cria material a base de celulose bacteriana para regenerar dentes


Produto tem como base a celulose da bactéria Acetobacter xylinum, um microorganismo encontrado em frutas e legumes em decomposição.

Foto: Sybele Saska/Unesp        Biomaterial para regeneração óssea

A cirurgiã-dentista Sybele Saska, doutoranda do Instituto de Química (IQ), câmpus de Araraquara, criou uma membrana que pode substituir os atuais tratamentos para regenerar pequenos traumas nos dentes. O produto tem como base a celulose da bactéria Acetobacter xylinum, um microorganismo facilmente encontrado em frutas e legumes em decomposição. Testes in vitro e um ensaio-piloto em coelhos demonstraram que o biomaterial recupera tecidos ósseos em um período de 7 a 15 dias, dependendo do tamanho do dano.
O estudo foi orientado pelo químico Reinaldo Marchetto, professor do IQ, e teve co-orientação da físico-química Younès Messaddeq, também do IQ, e da odontologista Ana Maria Minarelli Gaspar, professora da Faculdade de Odontologia, câmpus de Araraquara. A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) financiou o projeto, que também teve a cooperação dos pesquisadores Paulo Tambasco de Oliveira e Lucas Novaes Teixeira, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (USP).
O produto foi desenvolvido em cerca de um ano e meio, e sua patente foi depositada em maio, com auxílio do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI) da Fapesp. Testes em ratos estão previstos para o primeiro semestre de 2011. De acordo com os resultados dessa próxima etapa, os pesquisadores acreditam ser possível iniciar os primeiros experimentos em humanos.
Além da celulose bacteriana, a membrana regeneradora para os dentes também é composta de colágeno, hidroxiapatita (um mineral que compõe o esmalte do dente) e peptídeos sintéticos, que são sequências de aminoácidos e se caracterizam por serem estruturas menores do que proteínas. Os peptídeos usados são do tipo OGP (osteogenic growth peptide ou peptídeos de crescimento osteogênico), ou seja, eles são capazes de regular o crescimento do osso e por isso contribuem para sua regeneração.
As bactérias empregadas conseguem sintetizar as fibras de celulose em dimensões nanométricas (formada por milionésimas partes de milímetro). A estrutura nanométrica e os componentes utilizados são os fatores que garantem o desempenho mais ágil na regeneração dos dentes em relação aos tratamentos atuais, segundo explicação da pesquisadora. " Essa inédita combinação traz uma nova perspectiva para o processo de regeneração de tecido ósseo."
Sybele esclarece que apenas defeitos ósseos pequenos podem ser tratados com esse tipo de película, que é posicionada sobre a região traumatizada. Essas lesões podem ser causadas, por exemplo, ao redor de um implantante dentário, em processos de extração de dente ou quando há cistos ósseos. O biomaterial não substitui pinos, placas e parafusos de titânio, usados para consertar fraturas na dentição ou para realizar implantes.
Prêmio Internacional
Por essa pesquisa, a doutoranda ganhou um prêmio na 88ª Sessão Geral da Associação Internacional de Pesquisa Dentária (88th International Association for Dental Research General Session), em julho, em Barcelona, na Espanha. Sob o título New [bacterial cellulose-collagen]-hydroxyapatite nanocomposite with growth factors for bone regeneration, seu trabalho foi considerado o melhor na categoria Materiais Dentários. A distinção é concedida pela empresa alemã Heraeus, que atua na manipulação de metais preciosos, tecnologia, fabricação de instrumentos médicos e dentários e biomateriais. Na ocasião, outros quatro cientistas foram contemplados, oriundos de instituições de Japão, Inglaterra, EUA e Alemanha.
Sybele apresentará sua tese de doutorado em 2011 e já tem planos para o pós-doutorado. Nessa próxima etapa de estudos, a dentista pretende desenvolver, a partir dessa membrana, um modelo tridimensional chamado de scaffolds, termo em inglês ainda sem tradução para essa finalidade. " Com esse novo conceito vamos conseguir criar um biomaterial exatamente no formato desejado e o osso poderá se regenerar com mais precisão dentro desse molde."