quinta-feira, 29 de novembro de 2012

64% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva

Coleta Seletiva

Entre aqueles que não possuem acesso ao serviço, 85% se dizem dispostos a separar os resíduos corretamente, se tiverem onde depositá-lo
São Paulo - De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os municípios brasileiros têm menos de dois anos para terminar com os lixões e implementar a coleta seletiva em todo o seu território, mas pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) aponta que a meta está longe de ser cumprida.
De acordo com o estudo Consumo Sustentável*, feito pelo Ibope a pedido da WWF-Brasil, 64% dos brasileiros ainda não possuem acesso à coleta seletiva em suas residências. A notícia não é boa, principalmente porque a vontade da população de cuidar de seus resíduos corretamente é grande: 85% das pessoas que não contam com o serviço estão dispostas a separar o lixo em casa, desde que tenham um lugar para depositá-lo.
A situação ainda piora. De acordo com a pesquisa, os brasileiros que já possuem acesso à coleta seletiva não são atendidos 100% pela prefeitura. Em metade dos casos o serviço ainda é feito de forma informal, por catadores de rua, cooperativas, associações ou pontos de entrega voluntários, o que prova que os governos municipais ainda têm muito trabalho pela frente, se quiserem cumprir as determinações da PNRS no prazo.
Falta conhecimento
Além da ausência do serviço de coleta seletiva, o brasileiro também está carente de informação. Uma em cada três pessoas entrevistadas pelo Ibope não faz ideia do destino do lixo que é produzido em sua casa, depois que ele é colocado para fora.
E mais: muitos não sabem quais são os resíduos que precisam ser descartados de forma especial, por apresentarem algum risco ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Apenas 19% da população sabe como descartar embalagens aerossóis corretamente, por exemplo, enquanto 78% e 73% não fazem ideia de como jogar fora remédios e óleo de fritura, respectivamente.
Confira, na íntegra, a pesquisa Consumo Sustentável, que foi encomendada pela WWF-Brasil, no âmbito do Programa Água Brasil.
fonte: Exame

Equador leva eletricidade solar a comunidades indígenas da Amazônia

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Imagem: ©Centrosur.

Yantsa ii Etsari (“luz do nosso sol”, no idioma do povo Shuar) é um projeto do Ministério de Eletricidade e Energia Renovável do Equador para levar eletricidade às etnias indígenas Shuar e Achuar, que vivem em regiões da Amazônia Equatoriana, na província de Morona Santiago.
Devido à localização das tribos, o fornecimento de eletricidade convencional não é viável do ponto de vista ambiental: expandir a rede elétrica até as comunidades exigiria a derrubada de centenas de hectares de floresta protegida. Por isso, o programa optou pela instalação de painéis solares.
Recentemente, o projeto Yantsa ii Etsari entrou em sua fase final, abastecendo 2.500 moradores de 114 comunidades. Os sistemas foram entregues em 2011 por via aérea, com helicópteros das Forças Armadas, e por via fluvial, o que revela o nível de isolamento dos povoados.
Segundo a concessionária elétrica da região, a Centrosur, o programa custou mais de sete milhões de dólares e foi financiado pelo Fundo de Eletrificação Rural e Urbana do Ministério.
Antes da instalação, o ministério conduziu uma análise sociocultural e formou comitês com moradores para ensiná-los a conservar os painéis. Já a empresa se encarrega de realizar a manutenção permanente dos equipamentos.
Extremistas ambientais talvez questionem a necessidade de comunidades indígenas adotarem um estilo de vida moderno, abandonando seus ritmos naturais com a chegada da eletricidade. No entanto, segundo a BBC Mundo, foram as próprias comunidades indígenas que solicitaram o acesso à eletricidade, por meio da Federação Interprovincial de Centros Shuar. Com a luz elétrica, as crianças têm mais horas disponíveis para estudar e as mulheres podem realizar suas tarefas com mais comodidade. 
Trata-se de uma boa alternativa de redução de impacto, proporcionando conforto para os povos locais sem descuidar da floresta à sua volta.
Qual é a sua opinião sobre esse projeto?
fonte: TreeHugger Brasil

Campinas inaugura maior usina de energia solar do Brasil


Tanquinho é a primeira usina fotovoltaica instalada em São Paulo e tem capacidade para produzir 1,6 GWh por ano, o suficiente para abastecer 657 residências. | Foto:Divulgação
Na última terça-feira (27), a CPFL Energia inaugurou a Usina Tanquinho, primeira a usar painéis solares fotovoltaicos em São Paulo. Instalada em Campinas, esta é a maior usina solar do Brasil com capacidade para abastecer 657 residências.
A estrutura, que também é a primeira fotovoltaica instalada no estado de São Paulo, tem capacidade para produzir 1,6 GWh por ano, o suficiente para abastecer 657 residências com consumo médio de 200 KWh por mês. Segundo a CPFL Energia, Tanquinho poderá iluminar, pelo menos, 70% das residências de Campinas.
Os gastos totais da obra chegaram a R$ 13,8 milhões, investidos em pesquisa e desenvolvimento. A fase de estudos levou oito meses para ser concluída, enquanto o período de obras durou apenas quatro meses. O projeto, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi desenvolvido pela CPFL Renováveis em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e empresas parceiras da instituição de ensino.
A energia produzida pela Usina Tanquinho só poderá ser utilizada a partir do ano que vem. Entretanto, as pesquisas de geração ainda não estão concluídas, já que, em 2015, a CPFL vai fazer os ajustes necessários com a Aneel para a participação da geração solar na matriz energética brasileira.
Atualmente, o Brasil possui duas usinas de geração solar – a recém-inaugurada e a Usina MPX Tauá, localizada no sertão cearense. Desenvolvida pela EBX, do empresário Eike Batista, a usina cearense iniciou suas operações em agosto do ano passado. Com informações do Terra.
fonte: CicloVivo

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Dinheiro de fumaça



Estamos longe de fechar um novo acordo global para diminuir a emissão de gases estufa. O mercado de créditos de carbono, criado para ajudar nessa tarefa, é pequeno diante da demanda, mas cumpre seu papel. Para testá-lo, a SUPER anulou o que poluiu ao produzir esta reportagem.

Imagine a situação: o médico recomenda que você perca 5% dos seus quilos. Até dá para mudar um pouco a alimentação e alguns hábitos, mas não basta. Seu vizinho é bem mais saudável e está sempre em forma. Se dieta funcionasse como o mercado de carbono, seria fácil: você compraria parte do peso que o cara ao lado perde ou deixa de acumular para entrar naquela calça apertada.É isso que os países ricos estão fazendo para ajudar a cumprir suas metas de emissão de gases causadores do efeito estufa - GEE, na sigla do complexo glossário ambiental. São eles, principalmente o CO2, os vilões do aquecimento global. A compra e venda de poluição movimentou mais de 140 bilhões de dólares em 2010. Nada mal para um negócio que não existia uma década atrás e é consequência direta do primeiro acordo para tentar intervir no clima do planeta: o Protocolo de Kyoto, de 1997. 

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Para entender como esse comércio funciona, a SUPER contabilizou a emissão de carbono desta reportagem. E adquiriu 11 créditos para compensá-la (leia o quadro Fazendo a conta). Foram 3908 quilos de carbono equivalente (a unidade de medida que serve de padrão para calcular o impacto dos gases do efeito estufa) investidos na Usina Hidrelétrica Barra Grande, em Santa Catarina. 

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Sabemos que o mercado costuma arredondar a conta sempre para cima, até para ser fiel ao princípio do conservadorismo. Também conhecíamos a regra de comparação: para cada tonelada, 1 crédito. Deveríamos então comprar 4 créditos. Parecia fácil. Não foi bem assim. Tivemos de levantar dados com padrões diferentes, como a energia que consomem as lâmpadas que iluminam a redação ou quanto pesa uma página da revista. A primeira conta tinha buracos: o papel era muito mais leve do que os gramas que consideramos na primeira versão. Outro exemplo de como é difícil reunir tantos detalhes. Percebemos apenas na soma final que deixamos de incluir as horas de trabalho do ilustrador com o computador ligado. Resultado: acabamos pagando por créditos acima do total de gases que emitimos. Ok, muito melhor sobrar do que faltar. 

QUANTO SE POLUIA emissão de gases estufa (em milhões de toneladas) caiu na maior parte dos membros do protocolo de Kyoto. O impacto do acordo, porém, que vence em 2012, é limitado. 2010 foi um dos anos mais quentes da história. 

As compras avulsas, como a nossa, acontecem principalmente no mercado voluntário e em quantidades bem maiores que estes 11 modestos certificados de redução de emissões. Aí se impôs outro obstáculo: para viabilizar a compra tivemos de recorrer a empresas que reúnem grande volume de créditos e depois os revendem. O Instituto Totum foi a opção. 

Pagamos cerca de 5 dólares por cada crédito. E emitimos um selo de compensação. Esse processo resultou bem mais caro que o preço dos créditos em si (se nosso objetivo fosse comprar um volume maior de créditos, a diferença seria menor, porque o valor do selo é fixo). O selo é o atestado de que o Totum auditou nossas contas. E, como percebemos logo, nesse campo é fácil errar. De qualquer maneira, pagamos muito mais no valor final da transação também por causa dos impostos embutidos.
FAZENDO A CONTA Como consumimos energia e geramos a poluição de gases do efeito estufa (em CO2 equivalente).

A burocracia visa garantir a seriedade do sistema. Para se ter uma ideia do trabalho envolvido, aprovar um projeto como o da Usina de Barra Grande ou da prefeitura de São Paulo que emitiu 3 milhões de certificados com as usinas de metano nos aterros Bandeirantes e São João pode levar 2 anos. E para completar falta regulamentação clara. Os países apanham, por exemplo, para definir como tributar essas transações. "Na falta de um marco regulatório, há regras internacionais, federais e estaduais, o que dificulta o investimento seguro a longo prazo", diz Marcos Rocha, consultor da Key Associados, que ajudou a elaborar a planilha de emissões da SUPER. As empresas, por sua vez, sofrem para lançar as vendas nos relatórios contábeis.

No Brasil, os certificados são exportados como serviço, mas na Europa, o maior comprador mundial, aparecem importados como valor mobiliário. Por 500 reais apagamos o rastro das páginas que você lê agora. Inaugurada em 2005, por produzir energia elétrica a partir de fonte limpa, a Usina Barra Grande emite cerca de 300 mil créditos de carbono por ano. Tem potencial para atender a 30% da demanda por energia dos catarinenses. O quinhão de certificados da SUPER está registrado no APX VCS, órgão internacional que controla projetos de reduções de emissão no chamado mercado voluntário. Mas, afinal, o que é esse mercado de carbono (glossário)?

CRISE
O mercado de gases do efeito estufa elimina, em tese, menos de 1% de todo o carbono equivalente produzido em 1 ano no planeta. Em dinheiro, são 141,9 bilhões de dólares aplicados na redução de emissões ou em projetos convertidos em outro tipo de benefício para a população, como a construção de moradias populares na cidade de São Paulo. Na prática, é muito pouco para resolver os problemas do aquecimento global. Aliás, hoje, a ONU, principal patrocinadora desse mecanismo, está mais ocupada em garantir a prorrogação do Protocolo de Kyoto ou fundar um novo acordo de mitigação (a palavra é feia, mas é o termo correto para reduzir o impacto humano no clima). As fichas das Nações Unidas estão na Conferência do Clima em Durban (COP 17). O fato é que, seja qual for o resultado das negociações na África do Sul, o mercado de carbono está em transformação.

Ainda se recuperando de uma crise econômica mundial, ele tem de encarar outra na Europa. Os reflexos desta turbulência parecem longe do fim e o impacto é imediato. Se a economia desacelera, necessariamente se produz menos poluição e falta dinheiro para compensar eventuais estouros. A lógica é a mesma que vale para outras commodities. E não é só isso. Analistas dizem que esse mercado caminha para se desgarrar da ONU. Diante da dúvida sobre a existência ou não de um acordo mundial de emissões, podem surgir alternativas a partir de tratados bilaterais, nacionais ou regionais. Países como Brasil e Japão já oferecem programas para que suas empresas poluam menos.

Em Kyoto, em 1997, quase 200 países se comprometeram a agir para cortar suas emissões de gases estufa. Os mais ricos devem jogar, entre 2008 e 2012, 5,2% menos poluição na atmosfera. Segundo as normas do protocolo, quem não bater a meta terá de entregar 30% mais no próximo compromisso regido pela ONU (se é que ele virá).

NA PRÁTICA
Governos e empresas podem criar projetos de redução de emissões no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

Assim como a SUPER buscou compensar sua gordura poluente para tentar mostrar como queimá-la, empresas compram créditos de carbono como parte de seu compromisso socioambiental. E, em alguns casos, como estratégia de marketing. Pega bem ser sustentável. No ano passado, o mercado voluntário girou aproximadamente 400 milhões de dólares, alta de 30% sobre 2009. O Brasil garante um pequeno naco nesses projetos, mas o país movimenta mais dinheiro num dos instrumentos criados pela ONU para atingir as metas de Kyoto, oMecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Hoje, ele representa 1% do volume total de créditos certificados no planeta. E é por isso que, para o empresário brasileiro, já foi bem mais fácil ganhar algum nesse ramo. O preço médio dos créditos despencou de 32 euros no mercado regulado em 2008 para cerca de 6 hoje. (veja o infográfico Na Prática)

A meta de um país acertada com a ONU é compartilhada pelos setores público e privado. Os governos penalizam as indústrias ou os setores que estouram seu teto de poluentes ou criam políticas de incentivo para que eles se enquadrem. As empresas recorrem aos créditos quando ultrapassam sua cota.

"O mercado de carbono veio para ficar. Mas, como toda política de incentivo, está à mercê das variações da economia", diz Marcelo Rocha, sócio da Fábrica Éthica Brasil. A prefeitura de São Paulo está entre as vítimas desta crise: cancelou outros leilões previstos para vender os créditos remanescentes dos aterros Bandeirantes e São João por falta de comprador.

Desde que surgiu, além de estar sujeito às tempestades da economia, o mercado de carbono enfrenta críticas por autorizar os países ricos a poluir, na definição de uma corrente de ambientalistas. O comércio de créditos seria um estímulo para que nações e empresas deixem de cuidar da própria sustentabilidade e comprem uma solução no exterior. "Para o planeta, tanto faz onde a redução de emissões vai ocorrer", afirma Ricardo Esparta, professor do Instituto Mauá de Tecnologia e sócio da EQAO Energia. Quando o Protocolo de Kyoto entrou em vigor, em 2005, o mercado de carbono vinha sendo testado desde 2000. Enquanto os países ricos foram obrigados a agir para poluir menos, os países em desenvolvimento tiveram uma mãozinha para reduzir suas emissões, já que nunca tiveram de cumprir limites, o que significaria podar seu avanço econômico. Os formuladores do protocolo nunca planejaram que o mercado de carbono se transformasse no grande sistema de combate ao aquecimento global, mas, sim, fosse um recurso auxiliar.

Há padrões diferentes para participar do mercado: o regulado, onde estão o MDL e outros mecanismos vinculados ao acordo assinado no Japão, e o voluntário, onde se enquadram iniciativas como a da SUPER. A venda de certificados ocorre de duas maneiras. Muitas vezes empresas começam a gerar créditos antes de realizar um projeto como instalar uma caldeira nova no lugar de outra mais poluente. A venda financia a troca. Outro jeito de negociar é registrar programas em andamento e acumular uma espécie de ação verde a ser negociada no mercado financeiro, como fez São Paulo.

Com tanta burocracia, não é surpresa que tenha surgido só em fevereiro passado o primeiro caso de um cidadão que conseguiu ser remunerado por reduzir o próprio rastro de carbono. Ou melhor, um casal. Randy e Tami Wilson receberam um cheque de US$ 17,20 pelas emissões de gases que anularam ao instalar painéis solares em sua casa, na Pensilvânia. É bem pouco perto do investimento de 58 mil dólares nos painéis e no trâmite do projeto. Mas a ideia pegou e 2,2 mil residências americanas já seguiram a dieta. Por aqui, índios suruís da Amazônia conseguiram aprovar um projeto para manter preservada uma área de 243 mil hectares em Rondônia.

Ainda que o balanço final sobre o cumprimento das metas de Kyoto só vá ocorrer em 2014, o levantamento das emissões de cada país dá pistas de quem está perto de atingi-las ou não. E vai aqui outra verdade sobre o mercado de carbono. Ser um grande comprador de créditos nem sempre significa voluntarismo ambiental. O Reino Unido já reduziu em quase 30% a fumaça de suas chaminés. E é o maior consumidor da atualidade. Os ingleses esperam é lucrar com a revenda desses créditos. Mas pelo visto vão ter de guardar os certificados na carteira de fumaça por algum tempo se quiserem fazer dinheiro.

PARA SABER MAIS
Calcule sua própria pegada de carbono (em inglês)

Mercado de Carbono e Protocolo de Kyoto
Gabriel Sister, Elsevier, 2006

Aquecimento Global e Créditos de Carbono
R.P. Souza, Quartier Latin, 2007

Ganhos com adoção do conceito de TI verde vão além da redução de custos, diz analista


Com a difusão e o amadurecimento do conceito de TI verde — que prega o uso eficiente dos recursos na área de TI de maneira a mitigar os impactos sobre o meio ambiente — um número crescente de empresas tem procurado adotar as melhores práticas e soluções sustentáveis na sua cadeia de negócios. Chamadas também de tecnologias "verdes", elas são capazes, por exemplo, de diminuir emissões de dióxido de carbono (CO2) e baixar o consumo de energia, conforme ressalta o analista de pesquisa da Frost & Sullivan, Bruno Tasco. O executivo participou nesta terça-feira, 30, do Forum Green Tech, em São Paulo, evento promovido pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações.
De acordo com o analista, a eficiência na utilização de recursos de TI pode contribuir, e muito, para diminuir os impactos de uma empresa sobre o meio ambiente e ainda reduzir custos ao longo do tempo. Mas Tasco ressalta que os benefícios vão além do ganho financeiro. “Mais do que economizar, as organizações obtêm uma maior valorização de sua marca, bem como ganhos de eficiência e flexibilidade."
Segundo Tasco, a implantação de práticas sustentáveis nas empresas devem ter como base três pilares fundamentais: reciclagem do lixo eletrônico, economia de energia e a adoção de novas tecnologias aliadas a políticas de trabalho. Em relação ao primeiro aspecto, o executivo salienta que ainda há um grande desafio a ser superado. “Conscientizar os funcionários sobre a importância de destinar corretamente esse tipo de material”.
Com relação a economia de energia, o analista ressalta que os grandes “vilões” do elevado consumo, e que consequentemente geram maior custo, são os data centers. Neste caso, Tasco aconselha as empresas a implementar ações como virtualização de servidores, substituição de monitores de tubo por LCD e o uso de sistema de energia solar, bem como a utilizar hardware e software inteligentes, ou seja, que exijam menos necessidade de resfriamento. Outro fator importante na adoção de práticas sustentáveis, apontado por ele, é combinar a tecnologia com uma mentalidade de negócios diferenciada. “Tecnologias como assistência remota, videoconferência e mobilidade contribuem para diminuir o deslocamento dos funcionários e, assim, para a redução da emissão de gases do efeito estufa”, conclui.

Estudo vê erros ambientais em setor elétrico do Brasil


Políticas energéticas mal planejadas e sob a influência de grupos econômicos nacionais e estrangeiros. Enorme quantidade de energia desperdiçada nas linhas de transmissão. Necessidade de superar noções de usinas hidrelétricas como fonte de energia limpa, barata e renovável. Gigantesco potencial de energia eólica e solar menosprezado.
Essas são as principais conclusões de um estudo sobre o setor elétrico sob o prisma da sustentabilidade lançado ontem em São Paulo.
Elaborado por um coletivo de ONGs e membros da academia brasileira, os artigos trazem uma visão crítica sobre a política energética brasileira, amplamente baseada em grandes usinas hidrelétricas, e trazem propostas sobre alternativas para garantir o futuro energético do país.
"O estudo indica que é plenamente possível para o Brasil alcançar a segurança energética com uma vigorosa política de eficiência e de expansão da oferta a partir das fontes alternativas como a eólica, a biomassa (os resíduos agrícolas, particularmente o bagaço da cana-de-açúcar), a energia solar, e mesmo as pequenas centrais hidrelétricas, se os projetos considerarem de forma adequada as populações ribeirinhas atingidas", diz Célio Bermann, professor do Instituto de Energia Elétrica da USP e autor de um dos artigos.
Cerca de 77% da matriz elétrica brasileira é de fonte hidrelétrica e o governo planeja a construção de dezenas de grandes e pequenas hidrelétricas nos próximos anos na região amazônica.
Segundo o estudo, é enganosa a ideia que a energia hidrelétrica é uma fonte de energia limpa. No complexo Belo Monte/Babaquara, no rio Xingu, seriam necessários até 41 anos para se chegar a um saldo positivo em termos de emissões de gases de efeito estufa. Devido à flutuação no nível da água do rio, é esperada uma variação de 23 m no reservatório de Babaquara a cada ano. Quando atingir o nível mínimo, a vegetação herbácea, de fácil decomposição, cresceria rapidamente no reservatório. Quando o nível de água subisse, a vegetação decomposta produziria grandes quantidades de metano.
Um dos artigos do estudo trata das perdas de energia no sistema elétrico brasileiro. O Brasil atualmente desperdiça 15,4% de sua oferta total de energia.
Em comparação, o Chile tem perdas totais de 5,6%, o Peru de 9,3% e a Argentina de 9,9%. Segundo relatório do TCU, tal desperdício tem impacto direto na tarifa ao consumidor.
O ministério de Minas e Energia, por meio de sua assessoria, diz que as perdas de energia elétrica são elevadas devido a alta participação da energia hidráulica na matriz elétrica, às dimensões continentais do país e ao aumento da geração longe dos centros consumidores. Isso "impõe ao Brasil condições de distribuição de energia elétrica complexas e distintas dos demais países"
fonte: Folha.com

Que árvore você quer ser quando morrer?

Urna Bios, baú biodegradável criado pelo designer Martín Azúa

São Paulo - Com o objetivo de gerar vida após amorte, o designer Martín Azúa criou a urna Bios, um baú biodegradável para cinzas. Ele é feito de materiais naturais como casca de coco, celulose, turfa compacta (um material de origem vegetal que ajuda a neutralizar compostos em decomposição) e o mais curioso: em seu interior contêm uma semente de planta que pode variar de acordo com o gosto da pessoa que faleceu.
Depois de guardar as cinzas, a urna é enterrada e, em poucos dias, a semente começa a germinar e crescer, transformando-se na planta desejada. “O projeto reintroduz o ser humano no círculo natural da vida. É o ritual de regeneração, do retorno à natureza”, diz Azúa em seu site.

Desmatamento na Amazônia Legal aumenta 377% em outubro


Desmatamento de agosto de 2011 a outubro de 2012 na Amazônia Legal (Fonte: Imazon/SAD)
Em outubro, o desmatamento na Amazônia Legal aumentou 377% sobre o mesmo mês em 2011, segundo o relatório divulgado hoje (14) pelo Imazon. Esse ano, o total do corte raso foi de 487 quilômetros quadrados contra 163,3 em outubro de 2011.

A mesma tendência aparece quando comparamos 3 meses, de agosto a outubro. Em 2012, o total desmatado a corte raso foi de 1.151,6 quilômetros quadrados contra 511 no mesmo período em 2011. Embora menos chocante que o número de outubro, isso significa um aumento de 125%.

O Pará manteve a liderança como o estado que mais desmatou. Pouco mais de um terço (36%) do desmate em outubro aconteceu no estado. Mato Grosso vem em seguida com 30%, seguido do estado do Amazonas (17%) e Rondônia (12%).

Cobertura de núvens em 2011 e 2012. Clique para ampliar.

O relatório do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) do Imazon diz que esse ano a pequena cobertura de nuvens melhorou a visibilidade. Em outubro de 2012, ela foi de 83%, enquanto em outubro de 2011 não passou de 51%. Quanto maior o número, melhor a visibilidade. A razão da melhora esse ano foi a seca mais intensa.

Essa diferença pode significar que o número de outubro/11 foi distorcido para baixo. Consultado, o Imazon disse que não acredita nessa hipótese, mas que ainda pode retificar os resultados.

Quem desmatou

CategoriaOutubro de 2012
km2%
Assentamento de Reforma Agrária11123
Unidades de Conservação5812
Terras Indígenas173
Privadas, Posse & Devolutas30162
Total (km²)139,5100

O relatório também classifica os locais de desmatamento de acordo com o tipo de propriedade.  A maior parte do corte raso (62%) foi verificada em áreas privadas e 23% ocorreu em assentamentos de reforma agrária. Recentemente, o Ministério Público Federal entrou com ação na Justiça em 6 estados da Amazônia Legal exigindo que o Incra cumpra o licenciamento ambiental dos 2.163 projetos de assentamento na região..

Quase todo restante do desmatamento, 12%, ocorreu em Unidades de Conservação. Em outubro, elas perderam 58 km² de floresta.

O SAD é um sistema independente de monitoramento do Imazon. Os alertas mensais de desmatamentos usados pelo governo são dados pelo Sistema Deter. Os números do Deter para o mês de Outubro ainda não foram publicados
fonte: O ECO

Brasil recicla 80% das embalagens de agrotóxicos


embalagens Brasil recicla 80% das embalagens de agrotóxicos
Embalagens de agrotóxicos, vazias. Foto: Divulgação/Internet
Brasília – Nos últimos dez meses, mais de 31,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos foram recolhidas e tratadas adequadamente. O volume divulgado na terça-feira (13), pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), representa crescimento de 6% no recolhimento do produto em todo o Brasil.
O aumento reflete o incremento da atividade agrícola nas regiões Centro-Oeste e Sul. A expansão da produção em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e nas novas fronteiras agrícolas, como o oeste da Bahia, Maranhão e Piauí exige dos agricultores mais tecnologia e o uso frequente de agrotóxicos e defensivos agrícolas.
O presidente do inPEV, João Cesar Rando, garante que a intensificação da atividade no campo tem sido acompanhada pelo recolhimento e destinação das embalagens. Segundo ele, o procedimento criado há dez anos, conhecido como Sistema Campo Limpo, atingiu maturidade e cobertura de quase todo o território nacional.
“Naturalmente há resposta ao aumento na utilização das embalagens. Os índices do Brasil de recolhimento chegam a 80% das embalagens colocadas no mercado”, disse. O Brasil é apontado como líder neste tipo de cadeia de reciclagem, seguido por países como Alemanha e Canadá que conseguem recolher e reciclar cerca de 75% das embalagens.
A cobertura apontada por Rando inclui embalagens primárias, as que têm contato direto com o produto químico, e as embalagens secundárias, como caixas de papelão onde são acondicionadas as embalagens primárias, garrafas e potes de produtos.
Rando explica que para atingir 100% de recolhimento, o país precisa investir em campanhas, logística e fiscalização. “Existem locais afastados, onde não há agricultura intensa e falta um pouco de informação para o agricultor, falta ter uma cadeia mais bem organizada nessas regiões. O sistema depende da atuação de todos os elos da cadeia”, afirmou, defendendo ações que incluam investimentos em infraestrutura para facilitar o transporte.
* Edição Beto Coura.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
fonte: Envolverde

Bactéria do mar pode servir como transmissor de energia


Seres desconhecidos cada vez mais nos surpreendem com novas formas de ajudar o meio ambiente. Dessa vez, trata-se de uma bactéria capaz de funcionar como um transmissor natural de correntes elétricas. A criatura descoberta por cientistas da Universidade Aarhus, na Dinamarca, vive no fundo do mar e tem a estrutura de um cabo de eletricidade, sendo cem vezes mais fina que um fio de cabelo.

O funcionamento da bactéria ainda será analisado pelos cientistas que denominaram sua espécie como Desulfobulbus. Sendo visualizada apenas com o auxílio de microscópios, é capaz de transmitir uma corrente de elétrons de uma ponta a outra, sendo composta de uma célula alimentadora em uma extremidade e uma célula para respiração na outra.
*Informações Eco Desenvolvimento
fonte: Greenvana

Levi's lança jeans tecido com garrafas de plástico


Jeans
© Levi's
No começo deste mês, a marca Levis apresentou a coleção Waste Less (Desperdice Menos) Primavera 2013 para homens e mulheres. Sua nova linha de peças jeans, disponível em todo o mundo, incorpora 20% de fios de brim reciclados. Em média, cada peça tem até 560 gramas de fios sintéticos, feitos a partir de garrafas plásticas de refrigerante.
Nos últimos anos, a tradicional marca de jeans tem tido uma atuação expressiva na produção sustentável. Você deve se lembrar dos jeans Water Less, jeans orgânico, jeans para ciclistas, e da campanha que incentivou os consumidores a doar seus jeans velhos para evitar que acabassem em aterros sanitários.
A linha Waste Less deve usar mais de 3,5 garrafas recicladas em um jeans Levi’s 511 Skinny, no moderno Levi’s 504 Straight Fit e na emblemática jaqueta Levi’s Trucker. Para as mulheres, o modelo Levi’s Boyfriend Skinny estará disponível nos Estados Unidos e Europa.
Para fabricar a nova linha, a empresa recolhe garrafas marrons de cerveja, garrafas verdes de refrigerante, garrafas transparentes de água e bandejas pretas de alimentos em programas de reciclagem municipal em todo o país.
Depois de separadas por cor, as garrafas e bandejas são esmagadas em flocos e transformadas em fibra de poliéster. A fibra de poliéster é mesclada com fibra de algodão, que em seguida é tecida com o tradicional fio de algodão para criar os calças e jaquetas jeans Waste Less.
Segundo a empresa, a cor da garrafa selecionada cria um tom secundário no tecido de sarja, conferindo uma aparência única ao produto final. Os produtos da linha Waste Less estarão disponíveis nas lojas Levi´s de todo o mundo e no site Levi.com a partir de janeiro de 2013.
fonte: TreeHugger

Adolescentes nigerianas criam gerador de energia movido a urina


O aparelho apresenta custos mínimos, utilizando apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador. | Foto: Flickr/Whiteafrican
O destaque da Maker Faire Africa 2012 ficou por conta de quatro adolescentes que desenvolveram um sistema bastante alternativo de geração de eletricidade: o dispositivo proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina dispensado na máquina.
O gerador foi desenvolvido pelas adolescentes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15) e apresentado durante o evento que ocorreu no início do mês em Lagos, na Nigéria.
Com baixos custos de produção e operação, o aparelho produz energia através da eletrólise da ureia, realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é retirada e o composto gera eletricidade.
O aparelho foi confeccionado pelas estudantes para um trabalho escolar e apresenta custos mínimos, utilizando apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas. Para Gerardine Botte, engenheira química da Universidade de Ohio, o sucesso da nova tecnologia ainda não é garantido. “É um projeto escolar, portanto, não levem muito a sério”, disse a especialista ao portal CNET.
Entretanto, o maior obstáculo para a implantação desta alternativa é o potencial explosivo do hidrogênio, que pode ser utilizado na fabricação de explosivos de alta destruição – caso elaborada, uma bomba a partir do material pode superar 50 vezes a força de uma bomba atômica – como as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki.
Apesar de o projeto oferecer seus riscos e dúvidas, é inegável que as estudantes nigerianas desenvolveram uma maneira sustentável e inusitada de se produzir energia limpa. Com informações do CNET
fonte: Redação CicloVivo

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Empresa brasileira lança escova biodegradável


Com design anatômico, o cabo é totalmente biodegradável. | Foto: Dr. Veit Produtos Oral Care

Uma escova biodegradável foi lançada por uma empresa brasileira. O produto é feito com matéria prima renovável e foi desenvolvido por dentistas.
Com design anatômico, o cabo é totalmente biodegradável, o que substitui as tradicionais escovas de plástico. A vantagem ambiental não desqualifica sua capacidade de higienização.
O formato da escova permite alcançar os dentes mais distantes e as cerdas são macias, arredondadas e polidas, ou seja, a qualidade também é garantida. A empresa Dr. Veit Produtos ressalta que as cerdas não são biodegradáveis.
Batizada de Dr. Veit Bio, a escova demora seis meses para se decompor, se descartada em ambiente de compostagem. Já as escovas deixadas no meio ambiente, sujeitas às condições climáticas, podem demorar quatro anos.
A empresa percebeu que em termos ambientais algo deveria ser feito para amenizar o impacto ambiental do descarte e iniciou o projeto em 2009. “Várias pesquisas sobre consumo indicam que, a cada ano, em média, as pessoas trocam de escovas de dente quatro vezes. São 26 bilhões descartados todo ano no mundo. Só no Brasil isso representa um consumo de 768 milhões de escovas, com o descarte gerando forte impacto ambiental, porque o plástico convencional dura até 400 anos”, explicou o CEO da Dr.Veit Produtos Oral Care, Avelino Veit, ao Jornal do Brasil.
Para desenvolver as escovas, as pesquisas começaram a ser feitas em centros acadêmicos e indústrias. O problema inicial ficou por conta da matéria-prima a ser utilizada. “Só chegávamos ao material à base de amido de milho, que, para o consumidor, tem um grande inconveniente: derrete-se fácil demais. Você começa a usar e, no terceiro dia, a escova, por sua porosidade e outros fatores, já se derrete. Não adianta, porque não é completamente sustentável segundo critérios mais amplos”, explica Veit.
A companhia a se juntou a empresa francesa que fabrica produtos à base de ácido polilático, material de alta resistência derivado de fontes renováveis. “O bacana desse material é que você consegue usar sua escova sem que ela se derreta rapidamente e, quando descartada no meio ambiente, num vazadouro tecnicamente adequado, em dois anos ela se degrada”, afirma Veit.
fonte: ciclo vivo

Pesquisadores brasileiros desenvolvem concreto ecológico


A Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) desenvolveu alternativas ecológicas para matérias-primas do concreto e de produtos de fibrocimento (como caixas d'água e telhas). Segundo o pesquisador Romildo Toledo, o uso de materiais tradicionais, como o cimento, a brita e o amianto, pode
 ser reduzido ou até completamente substituído com a utilização de fibras vegetais e materiais reciclados.

No caso do concreto, liga formada por cimento, brita (pedra) e areia, é possível reduzir o consumo de cimento em 20% a 40% com alternativas como cinza de bagaço de cana-de-açúcar, cinza de casca de arroz e resíduos da indústria cerâmica. A brita pode ser completamente substituída por materiais obtidos em demolições de construções antigas.

No caso do fibrocimento, usado na fabricação de telhas ou caixas d'água, o consumo de cimento pode ser reduzido em até 50% com o uso de alternativas ecológicas. As fibras vegetais substituem as fibras minerais tradicionais, como o amianto, que provocam danos à saúde humana. Há estudos com outros materiais como borracha de pneu usado, cinzas de esgoto sanitário ou de queima do lixo para substituir, pelo menos parcialmente, o cimento.

“Alguns tipos de concreto ecológico já estão prontos para serem repassados ao setor produtivo, mas há outros que ainda estão em fase final de desenvolvimento. São soluções que reduzem impacto na construção civil, seja por redução da emissão de gás carbônico, pelo uso de materiais naturais etc. E todas levam a resultados tão bons quanto os materiais tradicionais. Essa é uma preocupação: não ter performance inferior aos que os materiais tradicionais têm. O consumidor não vai sentir problemas de durabilidade, como a casa ou o prédio terem vida útil menor”, disse Toledo.

Segundo a Coppe, a indústria cimenteira responde por 5% a 7% das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A produção atual de cimento corresponde a cerca de 3 bilhões de toneladas por ano, que deve triplicar em 50 anos.

Segundo o pesquisador, as alternativas ecológicas ao concreto têm chamado a atenção de algumas empresas. Na última sexta-feira (14), por exemplo, Toledo apresentou sua pesquisa a representantes de empresas de materiais de construção norte-americanas na Câmara de Comércio Americana (Amcham) do Rio de Janeiro.

Vitor Abdala, da Agência Brasil


domingo, 4 de novembro de 2012

No Feriado de Finados, alerta ambiental sobre os cemitérios


Cemitério da Vila Nova Cemitério na zona norte de São Paulo. Foto: Marcelo Camargo -- Agência Brasil
 
Pouco se fala sobre o assunto, mas os cemitérios são fontes de poluição, principalmente do lençol freático. Uma pesquisa feita pelo geólogo Lezíro Marques Silva, da Universidade São Judas, afirma que, em mil cemitérios analisados no país, 75% apresentaram problemas sanitários e ambientais, tais como solo inadequado, vazamento de necrochorume no lençol freático ou cemitério construído perto de residências. A pesquisa foi concluída no ano passado.

necrochorume é constituído de 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas que poluem o lençol freático e são vetores de doenças. “Ele é rico em substâncias tóxicas como putrecina, cadaverina e alguns metais pesados”, explica o geólogo à reportagem da Agência Brasil. De cor amarelada e viscoso, o necrochorume, como o próprio nome sugere, é parecido com o chorume gerado dos resíduos dos aterros sanitários.

A diferença entre o aterro sanitário e o cemitério é que este último se mantém funcionando indefinidamente, o que o torna uma fonte de contaminação contínua. “Pela legislação brasileira, depois de cinco a sete anos, quando ficam só ossos, eles são removidos e colocado outro corpo no local”, afirma Walter Malagutti, do Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também estuda o assunto.

“Se o necrochorume escapa do túmulo, ele pode entrar em contato com o lençol freático, criando uma mancha de poluição que atinge quilômetros de distância a ponto de contaminar poços e rios”, explica Lezíro Marques Silva.

A principal critica do pesquisador é a má escolha dos locais para instalação de cemitérios: “O que sobra são terrenos do ponto de vista geológico inadequados, como lençol freático raso, área de várzea e morro”, diz Silva.

Segundo o geólogo, para resolver o problema é necessária uma legislação mais específica que oriente a construção de lajes de contenção e obrigue o uso de substâncias que reduzam o nível de contaminação. Uma delas foi desenvolvida pelo próprio Lezíro, durante sua pesquisa. Trata-se de uma espécie de colchão que contém um líquido que neutraliza as substâncias tóxicas e que deve ser colocado dentro da sepultura. “Tem solução, mas pouco é feito”, diz Silva.

A legislação atual que trata do licenciamento ambiental dos cemitérios é a Resolução 335 do CONAMA, de 03 de abril de 2003.

Os pesquisadores afirmam que a cremação é a solução mais adequada, embora ainda rara no país. Por outro lado, há estudos chamando a atenção para a pegada ecológica da cremação devido a emissão (significativa) de poluentes, como o cádmio, chumbo e mercúrio, além de gases do efeito estufa. Há umcálculo que estima a energia gasta para cremar um corpo humano como equivalente a que um carro típico gasta para percorrer 7,7 mil quilômetros.

*Com informações da Agência Brasil.
fonte: O ECO

Shoppings ecológicos viram investimento no Brasil

Não é de hoje que o investimento em construções sustentáveis vem se tornando destaque no Brasil. E mais uma vez podemos nos surpreender com o que o futuro desse mercado nos reserva. A empresa Sonae Sierra Brasil, especializada em centros comerciais, já possui 11 shoppings no país e agora pretende investir na construção de mais dois, só que ecológicos.


Com inaugurações previstas para 2013, os projetos são para o Boulevard Londrina Shopping, em Londrina (PR) e o Passeio das Águas Shopping, em Goiânia (GO). A empresa tem uma grande preocupação com reutilização e reciclagem e já pretende instalar um sistema eficiente de reutilização de água, consumo reduzido de energia e também iluminação natural. Já imaginou ter um shopping ecológico perto de sua casa?
*Informações DCI e Ciclo Vivo
fonte: Greenvanna

Suécia importará lixo para produzir eletricidade

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Por Stephen Messenger
Enquanto outros países do mundo se esforçam para reduzir o acúmulo de lixo em aterros sanitários que arruínam a paisagem, a Suécia enfrenta um tipo de desafio inteiramente diferente: a falta de lixo, que os obriga a importar os resíduos de outros países.
Os suecos estão entre os povos que menos desperdiçam no planeta, e reciclam, em média, 96% do lixo que produzem. Com o que sobra, eles implementaram um avançado programa de incineração, capaz de produzir eletricidade suficiente para abastecer milhares de residências.
Mas sua incrível eficiência gerou um problema singular: a falta de lixo pode ameaçar a capacidade de produção energética.
Então, o que a Suécia fez? Bem, segundo funcionários do governo, o país nórdico, famoso pela limpeza e organização, começará a importar lixo da vizinha Noruega – cerca de 800 mil toneladas anuais, para suprir a demanda de energia.
Ao resolver seu problema, a grande vantagem é que os suecos saem ganhando, já que os noruegueses vão pagar para se livrarem do lixo – provando que o lixo de um país pode ser o tesouro de outro.
fonte: TreeHugger Brasil

Starbucks quer aproveitar resíduos na produção de novos produtos


Pesquisadores chineses buscam encontrar maneiras de aproveitar a borra de café e os produtos vencidos das lojas. | Foto: Starbucks/Divulgação
A Starbucks está desenvolvendo um projeto com cientistas a fim de transformar todo o lixo produzido pela companhia em ingrediente para a produção de bioplásticos e detergentes. O plano sustentável busca reduzir a pegada de carbono da rede multinacional.
Estima-se que a empresa despeje, anualmente, 1,3 bilhão de toneladas de resíduos em aterros sanitários. Para reduzir esse número, a Starbucks anunciou seu novo projeto durante o 244º Encontro Nacional da Sociedade Química Americana.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Hong Kong, na China, busca encontrar maneiras de aproveitar a borra de café e os produtos vencidos das lojas na produção de substâncias úteis. O estudo está em fase de testes e a líder da pesquisa, Carol Lin, acredita que o procedimento poderia gerar um grande retorno para a empresa.
"Cada pessoa em Hong Kong produz, em média, meio quilo de resíduos de alimentos por dia. É o mais alto, em média, de todos os países asiáticos", disse Carol à Revista Scientific American. Segundo a pesquisadora, a previsão é de que três dos aterros sanitários da cidade atinjam sua capacidade total até 2018.
A técnica consiste em colocar as borras de café e os outros resíduos em uma mistura com fungos. Consequentemente, serão geradas enzimas, que quebram os carboidratos transformando-os em açúcares simples. A mistura é então transferida para um tanque de fermentação, onde as bactérias convertem os açúcares em ácido succínico. Esta substância é a mesma utilizada na produção de produtos como sabão, bioplásticos e medicamentos.
Para Carol, o método em desenvolvimento será uma alternativa mais sustentável do que usar alimentos na produção de biocombustíveis, pois acredita que, ao longo prazo, pode contribuir com o aumento e escassez de alimentos em algumas regiões do mundo. “Utilizando resíduos de alimentos como a matéria-prima em uma biorrefinaria, certamente seria uma alternativa eficaz”, afirmou.
A pesquisadora também afirma que há grandes empresas internacionais interessadas no projeto e no momento os pesquisadores buscam provar que o método é economicamente viável. Com informações da Revista PEGN eScientific American.
fonte: CicloVivo