quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Facebook e Greenpeace se unem para incentivar o uso de energia limpa


Um comunicado divulgado recentemente pode ajudar a aparar as arestas entre o Greenpeace e o Facebook. Há cerca de dois anos, o Greenpeace lançou a Campanha Unfriend Coal para pressionar o Facebook a adotar energias limpas e renováveis, e não derivadas da queima de carvão, para abastecer suas centrais de dados. Na semana passada, o Facebook finalmente decidiu adotar uma estratégica amigável ao meio ambiente.
Segundo os planos anunciados, o Facebook concordou em utilizar “energias limpas e renováveis” em suas operações, e pretende ampliar a conscientização energética entre outras empresas de TI por meio do Open Compute Project.
“O Greenpeace e o Facebook trabalharão juntos para incentivar grandes consumidores de energia a abandonar o carvão e investir em energias renováveis”, afirmou Tzeporah Berman, co-diretor do Programa Internacional de Clima e Energia do Greepeace, em um comunicado de imprensa. “Esta opção por energias limpas e seguras ajudará a combater o aquecimento global, estruturar uma economia mais forte e comunidades mais saudáveis”.
"O Facebook espera que um dia nossas fontes primárias de energia sejam limpas e renováveis, e trabalhará com o Greenpeace e outras instituições para que este dia chegue mais rápido", declarou Marcy Scott Lynn, do programa de sustentabilidade do Facebook. "Demos um passo importante, já que agora nossa política de localização de centrais de dados dará preferência ao acesso fácil a energias limpas e renováveis”. E quais seriam exatamente essas fontes de energia limpa e renovável? Bem, parece que o Facebook ainda não determinou a quantidade exata de energia limpa que alimentará suas centrais de dados.
Segundo o comunicado de imprensa, além de trabalhar em parceria com o Greenpeace para alcançar a eficiência energética, "o Facebook também pretende estabelecer um diálogo com outras empresas sobre as fontes de energia que abastecem suas centrais de dados”. Em outras palavras, é ver para crer. Mas considerando que a empresa anunciou suas intenções publicamente e de braços dados com uma organização ambientalista de cuja vigilância é difícil escapar, o esforço pode representar um grande avanço do Faceboook – e talvez de toda a indústria de TI -  na ampliação do uso de energias limpas.
A energia consumida pelas centrais de dados representa mais de 2% da demanda total de eletricidade nos Estados Unidos, e a expectativa é que este número cresça até 12% por ano. Como o Greenpeace recorda, "vídeos, fotos e outros dados são armazenados em uma ‘nuvem’ que envia os dados para residências e escritórios em tempo real. Esta nuvem geralmente está localizada em áreas que dependem da eletricidade de fontes diversas, incluindo a queima de carvão, que afeta a saúde humana e o meio ambiente e é a maior geradora de poluição ligada ao aquecimento global. Se a nuvem fosse um país, seria o quinto maior em termos de consumo de eletricidade”.
Estamos ansiosos para descobrir o que esta parceria pode representar para o consumo de energia na indústria de TI. Se o Facebook está tomando este rumo, com o Greenpeace latindo nos seus calcanhares, o futuro é promissor.
Fonte:TreeHugger Brasil

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