quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Coca-Cola lança a Bottle-to-Bottle, garrafa PET feita com resina reciclada


A Coca-Cola Brasil dá mais um passo rumo à garrafa sustentável do futuro e torna-se pioneira no uso de materiais reciclados em suas embalagens com o lançamento da Bottle-to-Bottle. Trata-se de uma embalagem PET produzida parcialmente a partir de garrafas PET pós-consumo recicladas.
Com esta nova demanda para o PET reciclado, direcionado à fabricação de embalagens para alimentos, espera-se uma valorização do material coletado, impulsionando toda a cadeia de reciclagem do País.
Segundo Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil “com o lançamento da Bottle-to-Bottle confirmamos nosso compromisso de inovação no segmento. Além dos benefícios ambientais, o PET reciclado passa a ter mais valor, aumentando também a remuneração das cooperativas”.
A nova garrafa começará a ser comercializada em setembro, inicialmente nas embalagens de Coca-Cola de 2,5L, pelo fabricante Spaipa, que atua no Paraná e em parte de São Paulo.
“Graças ao projeto Bottle-to-Bottle, até o fim de 2011 serão economizadas cinco mil toneladas de PET virgem, o que é ótimo para o meio ambiente. Prevemos que, até 2014, todas as embalagens PET do nosso portfolio serão fabricadas com a nova tecnologia, fazendo com que esta economia chegue a 60 mil toneladas/ano”, afirma Rino Abbondi, vice-presidente de Técnica e Logística da Coca-Cola Brasil.
Para Roberto Laureano, representante do Movimento Nacional dos Catadores, “a nova tecnologia contribui muito para organização dos catadores no Brasil, gerando trabalho, renda e inclusão social”.
Nova era de embalagens
Bottle-to-Bottle é a embalagem PET da Coca-Cola elaborada com PET virgem tradicional e PET pós-consumo reciclado grau alimentício, o chamado PET PCR. Inicialmente, a Coca-Cola irá utilizar 20% de resina PET PCR e 80% de resina PET virgem nesta embalagem, e esta proporção pode ser aumentada à medida que a oferta de PET PCR grau alimentício cresça.
Em suma, trata-se de um projeto que nos permite produzir novas garrafas PET a partir de garrafas pós-consumo recicladas. No processo de fabricação da resina PET PCR, as embalagens PET coletadas são selecionadas, trituradas - e os flocos resultantes passam por um processo de intensa limpeza e descontaminação em um reator, sob alta temperatura e pressão, até atingir um grau de pureza adequado para utilização na fabricação de embalagens destinadas ao contato direto com alimentos. A tecnologia empregada na fabricação da resina PET PCR grau alimentício, validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, confere ao PET reciclado as mesmas características de um material novo (resina PET virgem), a partir do qual se elaboram embalagens plásticas.O processo de fabricação da Bottle-to-Bottle representa utilização de menos água e energia que outros sistemas de produção de PET reciclado para uso alimentício, como a despolimerização do PET (processo em que o polímero é decomposto em seus componentes originais) ou as embalagens com múltiplas camadas, onde o PET PCR é aprisionado entre 2 camadas de PET virgem.
A Bottle-to-Bottle faz parte de um conjunto de ações sustentáveis da Coca-Cola, que investe constantemente no desenvolvimento de embalagens inovadoras e prioriza novas aplicações para materiais reciclados e o uso racional de recursos naturais em seus projetos. Nos últimos anos, as embalagens de PET reduziram seu peso entre 8% e 26%, dependendo do tamanho. As embalagens de vidro e de alumínio também tiveram seus pesos consideravelmente reduzidos. Um exemplo disso é a Minitampa para garrafas PET com as dimensões da tampa e do bocal menores que o padrão tradicional da indústria, diminuindo o consumo da resina derivada de petróleo.
No ano passado, a Coca-Cola Brasil ainda lançou PlantBottle (saiba mais) na América Latina, inaugurando uma nova era de embalagens sustentáveis ao criar a 1ª garrafa PET da América do Sul com origem vegetal. Na embalagem, feita de PET, o etanol da cana-de-açúcar substitui parte do petróleo utilizado como insumo. Por ter origem parcialmente vegetal – 30% à base da planta -, a tecnologia reduz a dependência da empresa em relação aos recursos não-renováveis, além de diminuir em até 20% as emissões de CO2.

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