quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Concorrência não gera preço menor de equipamento eólico

A concorrência no setor de energia eólica tende a aumentar, mas os preços de equipamentos, que já são menores que os praticados para os leilões de 2010, não devem recuar mais por conta disso.Diante do crescimento da concorrência, muitos fabricantes estudam elevar suas capacidades de produção no país, aguardando os pedidos que certamente chegarão após os recentes leilões A-3 e de reserva.
O valor dos equipamentos eólicos mostrou queda de cerca de 20 por cento neste ano ante os preços praticados nos leilões de 2010, de acordo com estimativa do vice-presidente e diretor da área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição) da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Newton Duarte.
Em contrapartida, os preços de energia eólica caíram cerca de 24 por cento de um ano para o outro, passando de uma média de 130,83 reais por megawatt-hora (MWh) nos leilões de 2010 para 99,57 reais por MWh no leilão A-3 e 99,54 reais por MWh no leilão de Reserva, ambos realizados em agosto.
O representante da Abinee considera que os preços foram "extremamente difíceis para a indústria".
"Tem empresas européias e asiáticas que vieram dando descontos, o que obrigou os participantes do mercado brasileiro a acompanhar", disse Duarte.
No ano passado, os descontos de preço, segundo ele, foram naturais, já que a indústria eólica ainda estava se instalando no país.

Já em 2011 Duarte avalia que os preços de equipamentos eólicos vendidos no Brasil estejam, no mínimo, 10 por cento inferiores aos valores praticados no exterior.

Duarte não acredita que seja possível oferecer descontos ainda maiores nos equipamentos para o segmento eólico.

"Certamente pode ocorrer, no futuro, que concorrentes nossos façam preços cada vez mais baixos. Mas o mercado brasileiro já está experimentando preços extremamente baixos em relação aos preços mundiais", disse.

Fonte:revista exame

Nenhum comentário:

Postar um comentário