Secas sem precedentes na Amazônia. Deslizamentos causados por chuvas excessivas nas regiões costeiras do sul, sudeste e nordeste do país. Inundações em São Paulo e deslizamentos no estado do Rio de Janeiro (mais de 900 pessoas morreram este ano em um dos piores desastres naturais da história). Estas são algumas das consequências da mudança climática em curso no Brasil.
É o que garante Roberto Vamos, formado em Política Ambiental e Biologia pela Universidade de Stanford, com mestrado em Gerenciamento Ambiental por Yale, e o apresentador de The Climate Project que liderará o evento do Rio de Janeiro durante a maratona 24 Horas de Realidade Climática, no dia 14 de setembro.
Brasil: liderança climática
-Desempenhou um papel decisivo nas negociações da COP15 para a obtenção de um acordo climático (ainda que o documento final tenha sido decepcionante para a comunidade ambientalista).
-Tem como objetivo reduzir suas emissões de gases do efeito-estufa entre 36,1% e 38,9% até 2010, em relação aos níveis de 1990.
-Está organizando uma nova edição da Cúpula da Terra: Rio+2012.
-Desempenhou um papel decisivo nas negociações da COP15 para a obtenção de um acordo climático (ainda que o documento final tenha sido decepcionante para a comunidade ambientalista).
-Tem como objetivo reduzir suas emissões de gases do efeito-estufa entre 36,1% e 38,9% até 2010, em relação aos níveis de 1990.
-Está organizando uma nova edição da Cúpula da Terra: Rio+2012.
"O Congresso está analisando um projeto de lei que modificará o Código Florestal, permitindo que os proprietários de terras desmatem parcelas de sua reserva legal e as tornem aptas para a agricultura. Um dos argumentos dos lobistas do setor agropecuário é dizer que se essa lei não passar, o Brasil estará em uma posição desvantajosa em relação a países como Estados Unidos, Canadá e Argentina (nos quais os proprietários não são obrigados a destinar parte de suas terras à conservação)", explica Vamos.
O Brasil é uma das economias de maior crescimento no mundo e lar da Amazônia (a maior floresta tropical do planeta), e os movimentos de sua política ambiental desempenham um papel fundamental no cenário global."Eles garantem que conservar florestas não faz sentido economicamente. E não se importam com o que diz a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências, que asseguram que a proposta (do novo Código forestal) será um desastre, inclusive para os produtores", afirma.
Na palestra do Rio de Janeiro em 24 Horas de Realidade Climática, o evento pretende demonstrar às população brasileira que a mudança climática não é um problema do futuro, e sim, do presente do país.
"As pessoas precisam perceber a urgência do problema climático, precisam começar a associar os deslizamentos ou inundações em suas cidades e estados ao desmatamento da Amazônia, à mudança no uso da terra na região central do Brasil e à queima de combustíveis fósseis ao redor do mundo", destaca Vamos.
Projetos ambientais polêmicos
-Em junho, o Brasil aprovou a licença final para construir Belo Monte na Amazônia, a terceira maior represa hidrelétrica do mundo, que desalojará pelo menos 20 mil pessoas e 20 povos indígenas que vivem na região.
-O Congresso discute a alteração do Código Florestal, que pode anistiar desmatamentos antigos e reduzir a porcentagem da reserva legal destinada à conservação.
-Em junho, o Brasil aprovou a licença final para construir Belo Monte na Amazônia, a terceira maior represa hidrelétrica do mundo, que desalojará pelo menos 20 mil pessoas e 20 povos indígenas que vivem na região.
-O Congresso discute a alteração do Código Florestal, que pode anistiar desmatamentos antigos e reduzir a porcentagem da reserva legal destinada à conservação.
Se o aquecimento global continuar avançando, as consequências previstas para o Brasil incluem períodos de seca no nordeste e centro do país, chuvas intensas nas regiões costeiras e até a possibilidade de seca na Amazônia, que poderia transformar a região em uma grande savana.
"Já presenciamos inundações e chuvas fortes com mais frequência e em períodos do ano que costumam ser mais secos. E as secas de de 2005 e 2010 na Amazônia foram especialmente preocupantes", pontua Vamos.
Fonte:ClimateRealityProject.org./Treehugger Brasil
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