Para o professor da UFRJ responsável pelo levantamento da SEP, Marcos Freitas, é preciso pensar o impacto dos portos nas cidades, dando solução sustentável para o lixo e combatendo os insetos. Por isso, o programa vai identificar em cada terminal possibilidades de reutilização dos resíduos. "Podemos pensar em portos como autogeradores de energia."
Em 2012, também serão avaliadas soluções de gerenciamento e legislação com base em experiências internacionais, como a da Bélgica. No porto da Antuérpia, o país dá desconto na taxa de ancoragem para navios que deixam o lixo lá."Com a oportunidade financeira, [os navios] serão motivados a depositar [o lixo] para tratamento", disse Antônio Maurício Ferreira.
Outro objetivo é melhorar as condições de trabalho nos terminais. Do estado do Rio, onde serão estudados os portos da capital e de Itaguaí, na região metropolitana, o Sindicato dos Portuários do denuncia que muitas vezes as condições são insalubres. "Trabalhamos perto de dejetos, cachorros mortos, lixo, tudo o que é bicho e poluição", disse o presidente da entidade, Sérgio Giannetto.
Segundo o professor da UFRJ, a pesquisa também ajudará a apontar problemas nas embarcações e impedir a entrada de vírus e espécies invasoras no país. Marcos Freitas lembra que o mexilhão dourado, molusco trazido na água de lastros de navios da Ásia, provocou desequilíbrio ecológico e até problemas nas turbinas da Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário