Dois rios Amazonas ou 82 mil lagos Paranoá (DF). É a quantidade equivalente ao volume de gelo derretido na Terra entre 2003 e 2010. O estudo, feito por cientistas da Universidade do Colorado (EUA) e publicado na edição on-line da revista "Nature", aponta que neste período as geleiras e áreas cobertas por gelo na Terra perderam 536 bilhões de toneladas por ano, resultando na elevação de 12 milímetros no nível médio do mar.
É a primeira vez que um estudo analisa com precisão o volume global de derretimento de todas as massas geladas do planeta, com área coberta por gelo superior a 100 km. Os resultados foram obtidos a partir da análise de dados das sondas gêmeas Grace, da Nasa, que fazem o mapeamento da massa e da gravidade terrestre desde 2002.
O levantamento incluiu locais, tal quais os topos de cordilheiras, onde se constatou que o derretimento segue um ritmo menor que o esperado. O degelo nas altas montanhas da Ásia, como o Himalaia, foi de quatro bilhões de toneladas de massa de gelo ao ano, número inferior à previsão de 50 bilhões de toneladas anuais.
Aquecimento
De acordo com o físico John Wahr, um dos líderes do estudo, esses novos resultados vão ajudar a responder questões importantes sobre a elevação do mar e como as regiões geladas estão respondendo ao aquecimento.
Os pesquisadores participantes do levantamento concordam que as atividades humanas, a emissão acentuada de gases de efeito estufa, estão aquecendo o planeta, fenômeno que atinge mais as áreas frias. Os cientistas agora buscam um padrão para entender melhor o processo de aumento do nível do mar.
O professor do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da USP, Paolo Alfredini, em entrevista à Folha, questiona o fato de o estudo divulgar valores médios para todo o mundo, enquanto algumas áreas, como as tropicais, são mais afetadas que outras pela elevação do mar.
Nessas regiões, incluindo a costa brasileira, o aquecimento da água provoca sua dilatação, o que a faz ocupar um volume maior, segundo explica o professor. Para ele, se considerar os resultados do levantamento para os próximos cem anos, algumas áreas brasileiras sofrerão com a elevação do nível do mar em até um metro. Uma cidade como Santos, dessa forma, teria até cem metros de seu território “engolido” pela água.
É a primeira vez que um estudo analisa com precisão o volume global de derretimento de todas as massas geladas do planeta, com área coberta por gelo superior a 100 km. Os resultados foram obtidos a partir da análise de dados das sondas gêmeas Grace, da Nasa, que fazem o mapeamento da massa e da gravidade terrestre desde 2002.
O levantamento incluiu locais, tal quais os topos de cordilheiras, onde se constatou que o derretimento segue um ritmo menor que o esperado. O degelo nas altas montanhas da Ásia, como o Himalaia, foi de quatro bilhões de toneladas de massa de gelo ao ano, número inferior à previsão de 50 bilhões de toneladas anuais.
Aquecimento
De acordo com o físico John Wahr, um dos líderes do estudo, esses novos resultados vão ajudar a responder questões importantes sobre a elevação do mar e como as regiões geladas estão respondendo ao aquecimento.
Os pesquisadores participantes do levantamento concordam que as atividades humanas, a emissão acentuada de gases de efeito estufa, estão aquecendo o planeta, fenômeno que atinge mais as áreas frias. Os cientistas agora buscam um padrão para entender melhor o processo de aumento do nível do mar.
O professor do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da USP, Paolo Alfredini, em entrevista à Folha, questiona o fato de o estudo divulgar valores médios para todo o mundo, enquanto algumas áreas, como as tropicais, são mais afetadas que outras pela elevação do mar.
Nessas regiões, incluindo a costa brasileira, o aquecimento da água provoca sua dilatação, o que a faz ocupar um volume maior, segundo explica o professor. Para ele, se considerar os resultados do levantamento para os próximos cem anos, algumas áreas brasileiras sofrerão com a elevação do nível do mar em até um metro. Uma cidade como Santos, dessa forma, teria até cem metros de seu território “engolido” pela água.
Fonte:ecodesenvolvimento
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