segunda-feira, 23 de julho de 2012

Carros matam e engordam, afirma estudo britânico


A Associação Médica Britânica atualizou um estudo de 1997 sobre transporte saudável, e as notícias não são exatamente boas.
Desde o primeiro relatório, denominado Healthy Transport, Healthy Lives (Transporte saudável, vidas saudáveis), o trânsito, a compra de automóveis, os efeitos negativos do sedentarismo e a exposição à poluição do ar e sonora aumentaram no Reino Unido.
Segundo o documento, as pessoas estão dirigindo mais porque o preço dos automóveis e os custos de manutenção caíram na última década. O alto custo de um transporte público inferior, a pouca atenção dada à segurança e as dificuldades para caminhar e andar de bicicleta também contribuíram para a tendência. Os autores do relatório reconhecem a maior vantagem do uso do carro, que se deslocar de forma mais rápida. O relatório também destaca que houve uma redução geral de mortos e feridos em estradas.
No entanto, o relatório descreve o efeito da presença de novos carros e motoristas nas ruas como “desnecessariamente prejudicial” e “causa de morbidez e mortalidade significativas”.
A tendência a dirigir mais também está deixando as pessoas mais gordas e menos saudáveis, alertam os autores do estudo.
"O aumento do uso do automóvel reduziu o tempo destinado à caminhada e ao ciclismo. A supressão do deslocamento ativo é associada a níveis mais elevados de inatividade física e sedentarismo. Por sua vez, isso contribui para elevar as taxas de morbidez e mortalidade, devido a riscos maiores de problemas clínicos, como doenças cardiovasculares, excesso de peso e obesidade, doenças metabólicas e alguns tipos de câncer”.
Mas qual é a solução? Campanhas públicas que incentivem as pessoas a caminhar e a andar de bicicleta.
Infelizmente, os autores do relatório percebem a dificuldade em fazer as pessoas abandonarem o carro. “É preciso haver um forte compromisso do governo para reverter a tendência de uso excessivo do automóvel, e ao que parece, é exatamente o que não temos”, concluem.
O lado positivo é que o ciclismo está aumentando em Londres, e construir ciclovias é bem mais barato que abrir novas estradas e rodovias.
Além disso, talvez as próprias pessoas percebam que estão dirigindo demais. Muitos estudos destacam que os jovens preferem ter um smartphone a um carro. Se isso será suficiente para frear nossa dependência do automóvel, o tempo dirá.

Fonte:TreeHugger Brasil

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