sábado, 28 de dezembro de 2013

Festas de fim de ano poluem a costa brasileira e é ameaça real às espécies marinhas




Milhares de brasileiros comemoram a virada do ano na praia. E, por causa do ritual do réveillon, garrafas, flores e velas invadem as areias e muitas vezes são jogadas ao mar, como presente para Iemanjá, a rainha das águas, segundo o sincretismo religioso. Para conscientizar a população sobre a importância da limpeza de praias e oceanos e alertar quanto às ações que podem ser adotadas para reduzir os danos dos resíduos sólidos ao litoral, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Gerência de Zoneamento Costeiro da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, atua com ações e projetos de incentivo à sustentabilidade costeira.

Uma dessas iniciativas é o Projeto Orla, que vem fomentando a discussão do gerenciamento costeiro e promoção do uso sustentável de recursos naturais, o que inclui a limpeza a conservação de oceanos. Além de cursos de capacitação de técnico e multiplicadores, o Projeto Orla busca promover o ordenamento dos espaços litorâneos sob domínio da União, aproximando as políticas ambientais ao governo e à sociedade. “Entre os objetivos do projeto estão o fortalecimento da capacidade de atuação e articulação de diferentes atores do setor público e privado na gestão integrada da orla”, aponta a coordenadora de Gerenciamento Costeiro do MMA, Leila Swerts.

PROBLEMAS COMUNS 
Em geral, os resíduos sólidos são problemas comuns. O Brasil possui aproximadamente 400 municípios costeiros e, atualmente, 80 deles já tem adesão em alguma fase do Projeto Orla. “A expectativa é que novos municípios sejam alcançados para implantação do projeto, o que garantirá um espaço costeiro mais limpo e sustentável”, diz Leila. 

Uma das principais consequências dos modelos e padrões de produção e consumo adotados pela sociedade atual é a geração de resíduos. Conforme a coordenadora de Zoneamento Costeiro, considerando que o mundo vive a “era dos plásticos”, material relativamente barato e de grande durabilidade. Grande quantidade desse material acaba chegando, de uma forma ou de outra, em ambientes marinhos e costeiros, provocando um grande problema que diz respeito a toda a sociedade.

Segundo a coordenadora do MMA, o lixo marinho é qualquer tipo de resíduo sólido de origem antropogênica (produzido pelo homem) gerado em terra ou no mar que, intencionalmente ou não, tenha sido introduzido no ambiente marinho, incluindo o transporte destes materiais por meio de rios, sistema de drenagens e esgoto, ou vento. “Ao contrário do que muitos pensam, a maior parte do lixo marinho tem origem no continente, ao atingir os ecossistemas marinhos e costeiros, estes resíduos geram danos significativos aos seres vivos”, acrescenta Leila Swerts. 

Dessa forma, torna-se comum a ingestão dos resíduos por aves, tartarugas marinhas, peixes e mamíferos marinhos. E danos diretos em ecossistemas naturais, como ocorre no caso dos recifes de corais. “Também vem sendo estudada a capacidade de adsorção de poluentes persistentes por plásticos, que acabam sendo ingeridos por animais ao logo da cadeia alimentar, podendo chegar até os seres humanos”, diz a coordenadora do MMA.

Fonte: SOPHIA GEBRIM MMA

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