Igreja Católica fará abaixo-assinado contra a aprovação do Código Florestal

A Igreja Católica anunciou que irá mobilizar 12 mil paróquias para que assinem um abaixo-assinado contra o projeto do novo Código Florestal. | Imagem: CNBB

Na última sexta-feira (17), a Igreja Católica anunciou que irá mobilizar 12 mil paróquias para que assinem um abaixo-assinado contra o projeto do novo Código Florestal, que no momento está tramitando no Senado Federal.

O anúncio foi feito durante a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. A cúpula almeja criar um fórum com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente que também são contra as mudanças propostas na lei.

A CNBB discorda de pelo menos duas propostas do relatório de Aldo Rebelo (PCdoB-SP): a redução a Áreas de Preservação Permanente (APP) e a anistia das punições aos desmatadores.

“As alterações propostas, se aprovadas em definitivo, estarão em descordo com o compromisso de redução de gás carbônico, assumido pelo governo brasileiro em Copenhague, em dezembro de 2009, e transformado na lei nº 12. 187/ 09 (Política Nacional de Mudanças Climáticas)”, afirmou a nota da CNBB.

O documento da instituição convida os católicos a acompanharem as notícias do Código Florestal, mobilizarem frentes sociais e promoverem abaixo-assinados contra a devastação. A CNBB afirmou que as decisões devem considerar o meio ambiente, a proteção à natureza que é fonte de vida e não serem motivadas unicamente por uma “lógica produtivista”. Em nota os bispos afirmaram: "Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica”.

A CNBB falou aos jornalistas após a reunião do Conselho Permanente, em Brasília. Na coletiva de imprensa, o presidente, cardeal Raymundo Damasceno informou que cada diocese e paróquia ficarão encarregadas de mobilizarem suas comunidades para recolherem suas assinaturas. No mesmo dia os representantes falaram da violência contra pequenos agricultores e assentados no norte do país. Com informações da CNBB e Agência Brasil. 

Fonte: http://www.ciclovivo.com.br