sábado, 2 de julho de 2011

Eco-Olimpíadas-O ginásio olímpico desmontável


Os locais onde serão realizados os Jogos Olímpicos de 2012 em Londes estão ficando prontos antes que as pessoas possam dizer “ingressos esgotados”, o que é uma outra história. Vamos falar primeiro do ginásio de basquete.
Desenvolvido pelas empresas de arquitetura Wilkinson Eyre e KSS design, o ginásio é articulado: pode ser desmontado depois dos jogos e reutilizado em outro lugar (nos Jogos Olímpicos do Rio, por exemplo).
O design do ginásio foi feito, propositalmente, para permitir sua desconstrução e reutilização após os Jogos. Dados os custos exorbitantes dos Jogos Olímpicos e os elefantes brancos que ficam depois que tudo acaba, essa ideia faz muito sentido. Acrítica arquitetônica do The Guardian prevê o transporte de estruturas, que poderão ser utilizadas em países mais pobres, incapazes de arcar com as despesas de construção. O ginásio representa a democratização dos Jogos em grande estilo.
O ginásio não é bonito e não se compara ao impressionante Velódromo ou ao imponente Centro Aquático, mas foi concluído um ano antes do início dos jogos. Tem 35 metros de altura e é maior que um campo de futebol, com 115 metros de comprimento. Sua estrutura é envolta por 20 mil metros quadrados de PVC branco reciclável, e três variações diferentes de painéis curvos. Foi feito pela Envirowrap, uma companhia especializada em sistemas de lâminas recicláveis. Todos as instalações do ginásio, incluindo elevadores, banheiros, corredores e salas de acesso VIP, são acondicionados embaixo da estrutura de assentos.
Neste caso, os 12 mil assentos devem ser usados no circuito de Silverstone, e a estrutura externa, nos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016.
Após os jogos, o ginásio será desmontado pelas mesmas pessoas que o construíram e, preferencialmente, será reutilizado em outros Jogos Olímpicos e demais eventos esportivos. Essa é uma vitória da Autoridade para a Realização da Olimpíada (ODA, na sigla em inglês), que pretende tornar estes jogos os mais verdes e sustentáveis da história. A ODA acabou de ganhar um prêmio para negócios sustentáveis por um projeto olímpico descrito como “um modelo para futuros projetos com baixa emissão de carbono”.
No entanto, a venda de ingressos não merece nenhum prêmio. A ODA desenvolveu um sistema no qual as pessoas deveriam pagar com antecedência pelas entradas, antes mesmo de saberem o que estariam comprando. Ao mesmo tempo, o público da Alemanha poderia comprar ingressos para os eventos que pretendem assistir diretamente, como em qualquer evento esportivo.
Quem comprou ingressos: o filho do Coronel Gaddafi, que faz parte do Comitê Olímpico da Líbia, e Lakshimi Mittal, o homem de negócios mais rico da Inglaterra. Eles pagaram, juntos, 29,8 bilhões de libras, e compraram 5 mil entradas.
Quem não comprou: 1,9 milhões das 2,9 milhões de pessoas que queriam comprar. E o prefeito Boris Johnson, que disse estar pessoalmente desapontado por não conseguir comprar nenhum ingresso. Desapontado e furioso.

Fonte:Discovery brasil

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