Na ânsia de continuar desmatando terras da Amazônia a qualquer preço, fazendeiros da região estão recorrendo a uma das mais terríveis armas químicas utilizadas na Guerra do Vietnã: uma mistura de herbicidas conhecida como agente laranja.
Desenvolvida pelas questionadas empresas Monsanto e Dow, o defensivo era pulverizado em áreas florestais como desfolhante, mas seu uso indiscriminado afetou a saúde de milhares de pessoas e provocou defeitos congênitos em mais de 500 mil crianças vietnamitas.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) identificou uma área da Amazônia do tamanho de 180 campos de futebol que foi destruída por esse herbicida.
A terra pertence à União e está localizada ao sul do município de Canutama, no estado do Amazonas, entre um parque nacional e um conjunto de terras indígenas.
Os responsáveis pelo crime ambiental não foram identificados, mas há alguns dias, o IBAMA confiscou quatro toneladas de produtos químicos altamente tóxicos entre os povoados de Apuí e Novo Aripuanã, também no Amazonas.
Os infratores parecem estar escolhendo essa técnica de desmatamento porque é mais rápida que o uso de motosserras e tratores, além de chamar menos a atenção das autoridades. O problema é que além de matar as árvores instantaneamente, o veneno contamina o solo, o lençol freático, mata plantas e animais e afeta a saúde humana.
Embora seja uma prática aparentemente recente, houve registros do uso de herbicidas tóxicos em desmatamentos em 1999 e 2008. Segundo as autoridades, os infratores podem ser multados em até dois milhões de reais.
Depois que o desmatamento na Amazônia atingiu um pico histórico, possivelmente provocado pela iminente aprovação do novo Código Florestal, o governo brasileiro anunciou esta semana os números do desmatamento de maio deste ano: menores que os de março e abril, mas ainda maiores que os de maio de 2010.
Fonte Discovery Brasil
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