O Brasil atingiu um marco no que se refere à energia renovável, o primeiro de muitos que impulsionarão a nação para o cumprimento da ambiciosa promessa de redução das emissões de carbono. Desde o começo de julho, o Brasil gera 1 gigawatt graças a turbinas movidas pelo vento, energia suficiente para abastecer cerca de 1,5 milhões de casas – a primeira nação da América do Sul a conseguir tal feito.
Atualmente, 51 parques eólicos operam em todo o nordeste e sul do Brasil, e outros 30 estão em construção graças a programas de incentivos do governo, que planeja investir 15 milhões de dólares em energias limpas – ainda que falte um longo caminho a ser percorrido para que todo o potencial energético seja atingido.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, a ABEEólica, no ano de 2013 a nação estará em vias de produzir cerca de 5,3 gigawatts de eletricidade por meio de projetos de parques eólicos, e de aumentar em oito vezes sua capacidade ao longo dos próximo cinco anos – o maior potencial de crescimento da América do Sul, sustenta Renewable Energy Focus.
Mas, apesar da melhora do Brasil quanto às infra-estruturas eólicas, a nação não está isenta de deficiências, principalmente se compararmos esse avanço ao de outras nações em desenvolvimento. Ainda há enormes faixas de terra com potencial para parques eólicos que não foram exploradas, em grande parte pelo fato de o custo de construção ser alto demais em comparação com o de outras fontes de energia. Atualmente, a energia eólica representa menos de 1% do total de energia produzida no Brasil. Mas haverá crescimento, com certeza.
Os incentivos do governo abriram portas para centenas de parques eólicos no país. Os leilões previstos serão feitos com a esperança de atrair investidores privados de empresas nacionais e internacionais para 429 projetos de energia eólica que poderiam gerar cerca de 10,9 GW.
Hoje em dia, aproximadamente 90% da eletricidade é produzida em hidrelétricas, apesar de a limpeza de terreno exigida para a construção das mesmas vir gerando protestos internacionais (como no caso da Usina de Belo Monte, que está sendo construída no curso do rio Amazonas).
O objetivo brasileiro de expansão de energia renovável é muito ambicioso e reforçado por seu compromisso de reduzir as emissões de carbono em 39% até o ano de 2020.
Fonte:Treehungger
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