sábado, 17 de setembro de 2011

Casa inteligente: economia para o bolso e menor impacto para o planeta


Que o setor de construção é um dos que mais causa impacto ambientalnão é de se estranhar. Talvez essa seja a principal razão pelo avanço na hora de oferecer soluções sustentáveis. E não estamos falando somente de grandes projetos, mas sim do que pode ser encontrado na hora de construir ou reformar a sua casa ou apartamento.
Em busca de opções “verdes” e inovadoras, fui conhecer a Smart Home(Casa Inteligente), uma exposição no Museu da Ciência e da Indústria de Chicago, nos Estados Unidos. Lá, pude ver um fogão com calor magnético, onde não há perda de energia visto que ele só esquenta em contato com superfície de metal – o que também aumenta a segurança dentro de casa. Além disso, um sistema de automação integra todos os ambientes e visa consumo inteligente de energia.
Mas essa visita também foi essencial para descobrir que simples decisões na hora de projetar o próprio lar pode mudar drasticamente o impacto do mesmo no meio ambiente e no nosso bolso. Resolvi, então, trazer aqui algumas ideias.
Uma questão simples, e até óbvia, é a iluminação. Janelas amplas e claraboias no teto garantem luz natural e são eficazes para diminuir o consumo de energia. É preciso levar em conta onde o sol nasce e onde ele se põe, para evitar que o calor do verão esquente o ambiente a ponto de precisar de ar condicionado.
Por falar em sistema de ventilação, a versão natural é a mais sustentável. Neste caso, é recomendado a ajuda de um profissional para planejar janelas bem dispostas a fim de ocasionar correntes de vento quando necessário e, assim, não precisar de ventilador ou ar condicionado para manter o lar fresco nem de máquina para secar roupa.
Já pensou em planejar um jardim inteligente para economizar energia? Isso mesmo. As plantas e as árvores têm também função de proteger o ambiente interno do sol e do vento. Outro recurso cada vez mais comum são ostelhados verdes, ou seja, um jardim no topo da casa que, além de regular a temperatura interna, pode ajudar na recuperação do biodiversidade local e propicia a captação de água pluvial. E por que não torná-lo funcional ao criar também uma horta ou um canteiro de temperos?
Aumentando ainda um pouco o nível de complexidade de instalação, chegamos ao já mencionado sistema de captação de água da chuva ou da “água cinza” (que já foi usada em pias, por exemplo) para ser reutilizada no vaso sanitário ou ainda na lavagem de terraços e áreas externas. É possível instalar também em casas ou prédios já construídos.
Menos complicadas mas não menos eficientes são algumas simples atitudes a serem tomadas nos banheiros. A substituição da descarga pela versão “dual flush” economiza água, que é liberada em duas diferentes quantidades no vaso sanitário. Também é recomendável trocar as torneiras e chuveiros por modelos com menor vazão que não causam tal sensação.
Mas como todo brasileiros gosta de um bom banho, não adianta gastar menos água e usar um sistema de aquecimento que gaste muita energia. Agora, no inverno, é possível lembrar quão alta a sua conta de luz pode chegar. Para não cair nessa, por que não investir em um aquecedor solar? No mercado brasileiro já existem várias opções. É o primeiro passo para tornar sua casa 100% auto-suficiente no quesito energético, o que só será viável quando as placas solares de geração de energia se popularizarem no Brasil.
(artigo  revista valeparaibano)

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