Especializada em máquinas para reciclagem, a ADL, de Botucatu (SP), prepara-se para produzir peças a partir de plástico feito com até 70% de fibras naturais.
A tradição da ADL na indústria do plástico foi fundamental para que a empresa de Botucatu (SP) voltasse sua atenção para o mercado sustentável. O negócio sempre esteve ligado à questão do ambiente: desde 1985, seu carro-chefe são as máquinas para reciclagem e compostagem de plástico, que fabrica e vende para indústrias de todo o país. Há três anos, a empresa decidiu investir em inovação, fazendo uma série de experiências com seu equipamento de reciclagem. “A partir das pesquisas, chegamos à conclusão de que poderíamos ir além das máquinas e fabricar nosso próprio plástico ecológico”, diz o sócio Danilo Correia, 29 anos. “Ele é feito com até 70% de fibras naturais, que podem ser provenientes de bagaço de cana, coco, bambu ou arroz. Essas fibras são misturadas com plástico reciclado, fruto de resíduos industriais.” A princípio, a empresa trabalhará apenas com o bagaço de cana.
Para explorar a nova tecnologia, a ADL investiu R$ 2 milhões na compra de três máquinas injetoras, capazes de criar produtos a partir do novo material. Com uma aparência que lembra a madeira, o composto ecológico tem várias aplicações. A partir de outubro, a ADL vai usá-lo para fabricar pisos, revestimentos de parede, lápis e cabides. “Chegamos a considerar a possibilidade de vender apenas o plástico ecológico, mas pesquisas de mercado mostraram que ganharíamos mais comercializando o produto final”, afirma Correia. Até 2012, a empresa espera triplicar o faturamento, que foi de R$ 7 milhões no ano passado.
Para explorar a nova tecnologia, a ADL investiu R$ 2 milhões na compra de três máquinas injetoras, capazes de criar produtos a partir do novo material. Com uma aparência que lembra a madeira, o composto ecológico tem várias aplicações. A partir de outubro, a ADL vai usá-lo para fabricar pisos, revestimentos de parede, lápis e cabides. “Chegamos a considerar a possibilidade de vender apenas o plástico ecológico, mas pesquisas de mercado mostraram que ganharíamos mais comercializando o produto final”, afirma Correia. Até 2012, a empresa espera triplicar o faturamento, que foi de R$ 7 milhões no ano passado.
CALOR QUE TRANSFORMA
A fusão das partículas de bagaço de cana com o plástico reciclado acontece em uma máquina extrusora, a uma temperatura de 150°C. Além da cana, é possível usar fibras naturais de coco, bambu e arroz.
CASAMENTO PERFEITO
Para produzir o plástico ecológico, a ADL utiliza bagaço de cana (à direita): os pedaços, que têm 10 a 20 centímetros de comprimento, precisam ser triturados. Depois disso, as fibras são submetidas a um processo de secagem, que reduz a umidade de 50% para 3%. Só então as fibras são misturadas ao plástico reciclado (à esquerda), fruto de resíduos industriais, que também é triturado.
PRODUTO VERSÁTIL
A junção da cana e do plástico reciclado resulta em um material granulado, que tem aparência de madeira. Esse composto ecológico pode ser usado para fabricar qualquer tipo de peça. A máquina tem capacidade para produzir 400 quilos por hora.
CABIDE VERDE
A ADL irá produzir cabides, revestimentos de paredes, pisos e lápis com o material ecológico. Para a fabricação das peças, o plástico deve ser transferido para uma máquina injetora: a empresa investiu R$ 2 milhões na compra do equipamento.
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