Segundo ele, o país vem trabalhando há alguns anos com um patamar de perda de água entre 37% e 42%. "Esse fato é bom, porque mostra que [o patamar] está estabilizado. Só que em um patamar muito alto. Esse é o lado ruim da história", ponderou.
A perda de água tratada na distribuição subiu 0,5 ponto percentual no Brasil entre 2008 e 2009, passando de 41,1% para 41,6%. O número tanto pode indicar uma acomodação, como uma tendência, disse Miranda. Para uma análise mais conclusiva, será necessário aguardar os próximos resultados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto, acrescentou.
Já a perda de faturamento, que compara o volume de água disponibilizado para ser distribuído com o volume que é faturado, mostrou índice de 37,1%, o menor valor da série iniciada em 1995. No ano anterior, a perda do faturamento foi 37,4%. Ela embute vazamento na rede e tudo que é desviado por meio de ligações clandestinas e erros de medição, entre outros fatores.
"A perda no faturamento é menor do que na distribuição porque os critérios de faturamento das operadoras e autarquias no Brasil acabam levando a uma situação onde se fatura mais do que aquilo que é consumido", explicou o coordenador do Snis.
Alguns especialistas consideram que 40% da água tratada são consumidos no país e 60% são perdidos. O estado do Rio tem, historicamente, nível de perda elevado. A perda de faturamento observada foi 54,1% em 2009, contra 49,6% em 2008. O aumento do índice de perda se deve, segundo Miranda, à piora no desempenho dos sistemas operados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
Fonte:revista ecológica
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