Agentes de órgãos ambientais nos Estados Unidos usam cervos robóticos como iscas para apanhar caçadores ilegais. Há anos é uma ação que tem se mostrado eficaz, e me pergunto por que não fazer o mesmo com espécies ameaçadas.
O cervo-robô tem sido uma estratégia para flagrar infratores que atiram em animais depois do final da temporada. Os cervos são colocados ao longo de acostamentos, só esperando que um caçador caia em tentação e atire. Como são robóticos, podem ser acionados remotamente para mexer a cabeça ou a cauda, tornando-os ainda mais verossímeis.
Esta linha de um artigo no Chron.com me chamou a atenção: "Um cervo robótico usado na Geórgia como isca teve que ser trocado em 2006 depois de ser alvejado mais de mil vezes”.Pobre cervo-robô. De fato, os agentes de órgãos ambientais tem observado que os caçadores estão ficando mais cuidadosos, não porque temem ser presos, mas porque se forem apanhados, serão humilhados por serem tão incompetentes a ponto de atirar em um cervo falso na beira de uma estrada.
Mas se esses robôs são tão eficientes nesses flagrantes, por que não o seriam na proteção de outras espécies ameaçadas pela caça ilegal?
Com o cervo robótico, os agentes escondidos nas proximidades podem apanhar os caçadores com a boca na botija. Isso poderia funcionar com todas as espécies que estão sendo abatidas como caça ou comercializadas no mercado negro, como tigres ou elefantes. Uma isca de elefante, por exemplo, seria grande o bastante para abrigar alguns agentes em seu interior!
Obviamente, é um serviço perigoso que envolve balas perdidas e pessoas armadas que não vão gostar nada da armadilha, mas é uma estratégia eficiente. A isca poderia até ter uma câmera embutida para identificar as feições dos caçadores e transmitir as informações a agentes escondidos a uma distância segura.
É claro que há algumas questões, como o custo das iscas, mão de obra qualificada para fazer a manutenção de iscas baleadas mais de mil vezes, e assim por diante. Há também o problema dos caçadores cheios de recursos, que contam com a mais avançada tecnologia, de câmeras de visão noturna a helicópteros. No entanto, esses problemas não são necessariamente insolúveis. Afinal, se funcionam tão bem com cervos ou alces, por que não com espécies ameaçadas?
Fonte Treehhuger Brasil
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