terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Uso de biocombustíveis avança na indústria aeronáutica da América Latina


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A Turbina GE 90, para voos sustentávels. ©General Electric.
Os voos comerciais são grandes fontes de emissões de carbono: calcula-se que as companhias aéreas contribuam com 2% das emissões globais anuais. E a situação só tende a piorar: com o aumento do tráfego aéreo (espera-se um aumento de 6,9% nos próximos 20 anos, só na América Latina), os voos comerciais poderiam ser responsáveis por 15 bilhões de toneladas de CO2 anuais até o ano de 2025.
O aumento do custo dos combustíveis já está incentivando as companhias aéreas a buscar mais eficiência. Representantes da indústria destacam um aumento de 70% na eficiência do uso do combustível nas últimas quatro décadas. Entretanto, ainda resta um longo caminho a percorrer.
Com o objetivo de viabilizar voos mais sustentáveis, a indústria aeronáutica está apostando em diferentes caminhos.
Um deles é o desenvolvimento de aviões solares e elétricos, que não necessitam de combustíveis fósseis. Alguns modelos, como o Solar Impulse, já foram testados em voos de média distância, superando a prova satisfatoriamente. No entanto, estas tecnologias são experimentais e estão longe de serem viáveis para a aviação comercial.
Uma alternativa em franco desenvolvimento no âmbito da aviação comercial são os biocombustíveis. O uso de combustíveis de origem vegetal tem o potencial de reduzir as emissões da indústria aeronáutica em cerca de 80%, segundo informa The Wall Street Journal. Como são os biocombustíveis são mais leves que os convencionais, as companhias aéreas poderiam transportar menos combustíveis ou mais passageiros.
Companhias aéreas como a Lufthansa testaram biocombustíveis em voos na Europa, e recentemente, partiu o primeiro voo comercial intercontinental movido por biocombustíveis na América Latina. O mesmo ocorreu com um Boeing 777-200ER da empresa Aeroméxico, que decolou da Cidade do México rumo a Madrid, abastecido com 26 mil litros de biocombustível contendo uma mistura de 25% de bioquerosene parafínico sintético (BioKPS - produzido a partir da planta Jatropa Curcas) e 75% do combustível tradicional.
A aeronave utilizou a turbina GE90, uma das iniciativas ecomagination, plataforma de negócios da General Electric que tem como compromisso criar soluções inovadoras para proteger o meio ambiente, promovendo o crescimento da empresa e das comunidades em que atua.
"Definitivamente, esta é uma mudança importante para o futuro energético sustentável. Temos orgulho de sermos parceiros estratégicos do governo do México, da Aeroméxico e da Boeing, contribuindo para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia", declarou Gabriela Hernández, diretora-geral e presidente da General Electric no México.
É importante esclarecer que os biocombustíveis utilizados na aviação geralmente não são provenientes de cultivos que necessitam de terras aptas à agricultura, destinadas especificamente à produção de alimentos, mas de plantas como Jatropa, Halophytes e Camelina, ou de resíduos como óleo de cozinha usado ou gordura animal.
Sem dúvida, o caminho para uma aviação responsável e menos poluidora é longo, mas a General Electric está contribuindo com suas pesquisas e inovações.
Mais informações sobre a plataforma ecomagination da General Electric:www.ecomagination.com e www.gereports.com.

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