quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Equador consegue financiamento para não extrair petróleo da Amazônia


Enquanto países como Argentina e Brasil continuam em busca de reservas petrolíferas, o governo do Equador apresentou há dois anos uma proposta de desenvolvimento revolucionária: evitar a exploração de 850 a 900 milhões de barris que se encontram debaixo do Parque Nacional Yasuní em troca de um incentivo econômico da comunidade internacional. 
Quatro meses atrás, parecia que o esforço não daria em nada, tanto que o governo abriu a proposta às pessoas físicas para que fossem realizadas doações para a campanha Yasunízate.
Mas essa semana chegaram boas notícias: uma aliança formada por autoridades europeias locais, governos nacionais, estrelas de cinema americanas, empresas japonesas e companhias de bebidas russas conseguiram juntar 116 milhões de dólares para evitar a destruição de uma das reservas naturais biologicamente mais ricas do mundo. 
De acordo com o The Guardian, a contribuição foi feita por governos regionais da França e da Bélgica, por um banqueiro de Nova York, estrelas de Hollywood como Bo Derek, Leonardo DiCaprio e Edward Norton, e o ex vice-presidente dos Estados Unidos e ativista Al Gore. Além de Alemanha, Itália, Chile, Colômbia, Turquia, Peru, Austrália e Espanha.
Apesar de o projeto enfrentar caluniadores que viram a proposta como uma espécie de ameaça, outros garantem que a ideia pode marcar o início de um novo modelo de preservação da natureza.
O fato é que enquanto no marco das negociações da ONU continuam debatendo mudanças climáticas e quando e como será dado auxílio econômico para que as nações em desenvolvimento diminuam as emissões de carbono e se adaptem às mudanças, o Equador já conseguiu evitar a emissão de 400 milhões de toneladas de CO2.
Não é surpresa que países com reservas de petróleo, como Nigéria, Camarões e Gabão estejam pesquisando esquemas parecidos.
Para se ter uma ideia da riqueza natural de Yasuní: estima-se que um segmento de seis quilômetros quadrados do parque tenha 47 espécies de répteis e anfíbios, 550 pássaros, 200 mamíferos e mais espécies de insetos e morcegos que em qualquer outro lugar do hemisfério oeste. Que bom que o Equador propôs e levou adiante essa iniciativa.
Fonte TreeHugger Brasil

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