terça-feira, 6 de março de 2012

Logística reversa sai do papel


Começa a sair do papel, pelo menos no estado de São Paulo: o governo estadual acaba de assinar termos de compromissos com quatro setores da indústria para efetivamente levar a cabo a tarefa de recolher e dar destinação adequada aos seus produtos, depois do devido consumo. A chamada logística reversa é o elo que faltava na cadeia de produção, aquele que fecha o ciclo e não permite que materiais recicláveis ou contaminantes acabem nos lixões. Ou na pior das hipóteses – mas não raramente – nos bueiros das ruas, na rede de esgotos, nos lençóis freáticos, nos rios e oceanos.
Não é lei, mas um acordo em que os fabricantes se comprometem a recolher os resíduos de sua produção. As indústrias envolvidas são as de embalagens de agrotóxicos, de óleos lubrificantes, de pilhas e baterias, além de produtos de higiene pessoalcosméticos,perfumaria e material de limpeza.
É o início de um processo que segue para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a ser implantada totalmente (ao menos é o que se pretende) até o início do segundo semestre de 2014. Com a nova norma em funcionamento, apenas resíduos que realmente não possam ser reaproveitados serão depositados nos aterros sanitários.
Enquanto os fabricantes se mobilizam para atender ao PNRS, a cidade de São Paulo ainda sofre com o quase inexistente sistema de coleta seletiva do lixo doméstico. Vamos caminhando, devagar – e já bem atrasados – na direção de resolver uma das questões mais problemáticas da sociedade moderna e compulsivamente consumista: como diminuir drasticamente as montanhas de lixo que produzimos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário