quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Costa Concordia, um ano depois: como será a recuperação ambiental da região


Um ano depois do acidente com o luxuoso navio Costa Concordia na Ilha de Giglio, Itália, ainda prosseguem os trabalhos para evitar um impacto ambiental maior e proteger os animais marinhos e plantas que vivem ao seu redor.
A história é conhecida. Em 13 de janeiro de 2012, a embarcação em que viajavam 4.200 pessoas naufragou diante da ilha de Giglio, que faz parte do Parque Nacional do Arquipélago da Toscana. Conhecida por sua biodiversidade, esta região de águas cristalinas é um refúgio natural para golfinhos, ostras-gigantes, enguias, lagostas, mexilhões e caranguejos, além de abrigar uma extensa vegetação marinha.
Depois do naufrágio e do resgate de passageiros, foram empreendidas diversas operações para evitar impactos ambientais. O potencial vazamento das 2.400 toneladas de combustível a bordo representava um sério risco para a fauna e flora locais. Em março de 2012, o combustível foi retirado dos tanques, mas até hoje não foi possível endireitar e rebocar a embarcação de 114.500 toneladas.
Embora o Costa Concordia ainda represente uma ameaça para a região, empresas como Titan Salvaje e Micoperi estão trabalhando para finalmente remover o navio até o final deste ano. Para isso, criaram um plano que consiste em estabilizar a embarcação por meio de uma plataforma submarina, inserindo recipientes cheios de água na parte externa do casco até que o navio esteja fora d´água.
Segundo explica a Micoperi em seu site, “ao longo da operação de salvamento, a proteção do meio ambiente terá prioridade. Quando o trabalho principal estiver concluído, o fundo do mar ficará limpo e a flora marinha será recomposta”. Em sintonia com essa proposta, já estão em andamento algumas operações para reduzir o impacto: há dois meses, foram transportadas cerca de 200 ostras-gigantes que estavas presas sob o barco.
Além das complicações geradas pelo navio, os próprios trabalhos de recuperação criam novos problemas que podem afetar a biodiversidade da região. Por exemplo, o ruído das máquinas perfuradoras pode perturbar os cetáceos. Para minimizar o impacto, os especialistas instalaram dois tubos submarinos que bombeiam ar comprimido e geram uma espécie de “parede de bolhas” que absorve o som.
O grande objetivo é fazer o navio flutuar novamente, minimizando o impacto ambiental e devolvendo ao local seu aspecto natural. No entanto, ainda não se sabe até que ponto será possível recuperar o estado original das águas de Giglio. As empresas prometem recuperar cem por cento da região, mas será preciso esperar ao menos seis meses para saber se essas promessas se tornarão realidade.
Fonte:TreeHugger Brasil

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