O governo do Japão anunciou em dezembro uma nova doação de US$ 15 milhões (cerca de R$ 30 milhões) para apoiar os esforços dos Pequenos Estados Insulares na produção de energia limpa. Estes países formam um dos grupos mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas.
"Nós estamos muito satisfeitos em participar do histórico programa SIDS-DOCK. Ele poderá ser um divisor de águas para os Pequenos Estados Insulares que estão enfrentando a ameaça imediata das mudanças climáticas. O Japão, que também é uma ilha, há muito tempo tem sido um parceiro e um apoiador para os Pequenos Estados Insulares, e está animado para estender esse apoio também a essa iniciativa", disse Naoko Ishii, Vice-Ministro de Finanças para Relações Exteriores e Conselheiro Especial do Ministro da Fazenda para Assuntos Ambientais Internacionais do governo japonês.
As iniciativas que já estão em curso com os parceiros incluem o suporte para o desenvolvimento de energia geotérmica em Vanatu, edifícios energeticamente eficientes em Maurício e estudos de viabilidade sobre energias alternativas em todo o Caribe, bem como sobre a interligação dos mercados de eletricidade nesta mesma região.
"A parceria SIDS-DOCK gera um ganho triplo para as pequenas ilhas: ao apoiar os países a implementar políticas e tecnologias de energia limpa nós reduzimos a importação de combustíveis fósseis, reduzimos a emissão de gases de efeito estufa e liberamos recursos para esforços de adaptação", disse Helen Clark, Administradora do PNUD.
Iniciativa SIDS-DOCK
A Iniciativa de Energia Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento foi lançada na Conferência Climática da ONU em Cancún, em 2010, fruto de uma parceria entre a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), o Banco Mundial e o PNUD. O objetivo é fornecer aos Pequenos Estados Insulares um mecanismo institucional coletivo capaz de apoiá-los, tanto financeira quanto tecnicamente, na transformação das matrizes energéticas nacionais em catalizadoras do desenvolvimento econômico sustentável neste momento de adaptações às mudanças climáticas.
A segunda parte da sigla – "DOCK" – está ligada ao termo em inglês "docking station" que, em português, poderia ser traduzido como "estação de acoplagem" ou "ponto de ligação". No caso da SIDS-DOCK, a referência se deve à "ligação" que a iniciativa pretende fazer entre o setor de energia nestes países e o mercado global para financiamentos, as tecnologias para energia sustentável e os mercados de carbonos de grandes emissores, como Estados Unidos e União Europeia.
Fonte: Pnud
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